Dreamcore, desenvolvido pelo estúdio argentino Montra Luz, é um jogo que busca explorar o fascinante e desorientador gênero de Backrooms, disponível para PC, PS5 e Xbox Series. Como alguém que nunca havia se aventurado neste tipo de jogo, dei uma chance a Dreamcore por ser uma criação sul-americana. Infelizmente, minha experiência foi peculiar e, no final das contas, bastante insatisfatória.
Premissa e Primeiros Passos


O jogo apresenta dois cenários iniciais: uma piscina e uma vila. A experiência começa com o jogador explorando essas áreas vastas e silenciosas, sem instruções claras ou objetivos definidos. No cenário da piscina, a sensação de andar em círculos foi constante, como se nunca houvesse um progresso real. Você eventualmente encontra uma lanterna, que permite acessar áreas mais escuras, onde deve procurar por uma saída.
Ainda assim, mesmo com essa progressão, a experiência não se torna mais interessante. Por mais que seja possível compreender a ideia de criar um labirinto com aproximadamente 500 salas para explorar, o vazio dos ambientes rapidamente transforma a jornada em algo entediante.
Gráficos e Som


Visualmente, Dreamcore apresenta um estilo que mistura um filtro de VHS com um senso de realismo. Apesar de o jogo ser pequeno em tamanho de arquivo, o cenário é rico em detalhes e cria uma atmosfera intrigante. Contudo, essa qualidade visual é limitada pelo vazio constante dos ambientes.
O design de som também merece destaque. Muitos momentos dependem do áudio para guiar o jogador por caminhos ou dar dicas sutis de direção. Entretanto, mesmo com esses elementos bem executados, o som não é suficiente para compensar a falta de tensão, horror ou suspense, que deveriam ser pilares de um jogo nesse gênero.
Jogabilidade e Ritmo


A jogabilidade de Dreamcore é funcional, com uma movimentação de câmera fluida e um personagem que responde bem aos comandos. Porém, além de andar, correr e desligar/ligar a lanterna, não temos mais nada pra fazer e os poucos comandos prejudicam severamente a experiência. Passar horas andando por cenários vazios, sem qualquer recompensa significativa ou progresso palpável também em gameplay, torna a experiência monótona e cansativa.
E olha… talvez eu não esteja conseguindo demonstrar em palavras o quanto foi cansativo.
Embora o conceito de explorar salas vazias e desorientadoras seja central ao gênero Backrooms, Dreamcore falha em criar um engajamento emocional ou mecânico. O jogo não oferece um senso de perigo ou uma narrativa convincente que justifique a exploração, resultando em uma experiência que não prende o jogador.
Conclusão


Dreamcore tem uma premissa interessante e alguns aspectos técnicos bem executados, mas a experiência geral é decepcionante. A monotonia da exploração, o vazio dos cenários e a falta de engajamento tornam o jogo frustrante. Com apenas dois cenários disponíveis na versão de review e a promessa de mais três, questiona-se se realmente é um jogo completo. Talvez não seja para todos, mas até mesmo para fãs de Backrooms, Dreamcore não atinge seu potencial.
Com uma nota de 4/10, Dreamcore é difícil de recomendar, a menos que você seja um entusiasta do gênero disposto a enfrentar uma experiência repetitiva.
Dreamcore: Dreamcore tem uma ideia interessante e até apresenta boas execuções em termos de visuais e design de som, mas a experiência geral deixa muito a desejar. O vazio dos cenários, a monotonia da exploração e a falta de elementos que realmente engajem o jogador tornam o jogo frustrante e pouco divertido. Infelizmente, é difícil recomendar este jogo, a menos que você seja um grande entusiasta do gênero. – M@xpay
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