Rocket Arena é sem identidade e não mostra para o que veio | Análise

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Anunciado em 2019 como um game em primeira pessoa e desenvolvido pela a Final Strike Games e publicado pela a Nexon, o game não foi tão longe por um repentino desacordo entre as duas empresas. Foi somente em 2020, durante o EA Play em junho, que o projeto ressurgiu das cinzas como projeto do EA Originals. Rocket Arena, agora, é um game em terceira pessoa totalmente multiplayer de arenas e com heróis.

A Final Strike Games prometeu uma jogabilidade frenética e livre onde cada personagem possui suas habilidades específicas em diversas mapas onde o foguete é sua principal arma. Em suma, o título lançou em 14 de Julho para PS4, Xbox One e PC com suporte a cross-play.

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Afinal, será que Rocket Arena conseguirá se destacar no cenário tão concorrido e seletivo do multiplayer? Eu me chamo João Antônio, me acompanhe nesta análise e descubra o que achei.

Personagens que não sabemos quem são

Rocket Arena

Com um total de 10 heróis, Rocket Arena traz personagens únicos e, de certo modo, carismáticos. Cada personagem possui suas habilidades, vestimentas e diálogos que lembram muito os integrantes de Overwatch. Todo o design dos personagens são criativos e inesquecíveis, no entanto, o problema é que estes heróis não possuem um background ou uma animação os apresentando. Ao invés disso, jogamos com participantes que nem sabemos quem são, tão pouco suas motivações.

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De fato, esta desatenção prejudica a familiaridade e imersão dentro do universo criado pelo o título – que, afinal, não tem nenhum propósito ou contexto. O game não traz nenhuma informação da premissa e motivação, e o que é Rocket Arena. Você pode até questionar: games online não precisam de narrativa é mais a diversão. De fato, mas vejamos: Overwatch, o mais recente Hyper Scape e Fortnite possuem contextos para existirem. Assim, isso não é desculpa.

Em suma, esta ausência de onde estamos e para que estamos, sobretudo, com quem jogamos faz de Rocket Arena um produto sem identidade e sem imersão.

Um gameplay que não empolga e não nos prende

Rocket Arena apresenta três modos: Arena (modo assimétrico 3v3 onde você tem que atacar e defender sua área); Nocaute (um 3v3 onde quem derrotar o maior números de adversários vence; e, por fim, o Ataque dos Foguetobôs (um modo horda onde devemos derrotar um certo número de inimigos dentro de uma faixa de tempo limite). Uma ressalva: durante minha jogatina presenciei problemas de matchmaking constantes onde não era possível criar partidas nos três modos. Quando tudo normalizou, jogar os três modos foi uma experiência visual desorganizada em arenas desproporcionais as mecânicas de combate.

Os mapas são pequenos, estreitos e comportam personagens que voam e são super ágeis. Então imagina a bagunça nos confrontos. O que vemos é muitas explosões, tiros sem precedentes e por muitas vezes nosso herói sai da área limite do mapa ou por um ataque, ou por movimentos próprios.

Partindo para os modos, quero mencionar o “Ataque dos Foguetobôs” onde este modo poderia ser mais investido. A dinâmica do modo requer muito cooperação e é bem desafiador. Porém, tudo acontece por partidas e não é algo contínuo. Particularmente, o modo deveria ser uma constante com fases cooperativas online onde a cada novo desafio avançaríamos nos 10 mapas presentes no game – que por sinal são bem criativos.

Mas afinal, que fim levará Rocket Arena?

Um dos grandes problemas do game é sua falta de identidade e um gameplay nada chamativo. Não há nada que nos prenda e nos faça avançar nos modos onde os mesmo são poucos e nada empolgantes. Esta deficiência dentro de um cenário acirrado e seletivo do multiplayer será facilmente devorado pelo o esquecimento, visto a grande quantidade de games chamam a atenção neste gênero.

O que mais me impressiona por se tratar de uma obra Indie – não desmerecendo a ousadia de criar uma experiência online em meio ao atual cenário – é não apostar em uma experiência menos seletiva e de fácil aceitação como o single-player. Em suma, Rocket Arena tenta chegar no cenário multiplayer, mas fica no caminho por sua falta de identidade e qualquer empatia com o jogador.

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Uma resposta

  1. “De fato, mas vejamos: Overwatch, o mais recente Hyper Scape e Fortnite possuem contextos para existirem. Assim, isso não é desculpa.”
    Faltou Apex Legends, que tem um background incrível para um jogo online, onde cada personagem com uma lore bem construída e que vai crescendo ao longo das temporadas. Até porquê foi feito encima do universo já existente do Titanfall.

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