Stalker 2: Heart of Chornobyl – Review

Stalker 2: Heart of Chernobyl

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Uma Imersão Tensa e Promissora na Zona de Exclusão

Após anos de espera, Stalker 2: Heart of Chornobyl chega carregado de expectativas. A franquia, que já se destacou no passado por sua abordagem única de sobrevivência e atmosfera imersiva, retorna em um momento delicado para seu estúdio, a GSC Game World, que desenvolveu o jogo em meio ao cenário de guerra na Ucrânia. Com tamanha bagagem emocional e técnica, o jogo tem tudo para ser marcante, mas será que entrega o que promete?

Uma Zona de Exclusão viva – e mortal

STALKER 2

A ambientação é, sem dúvida, o ponto forte de Stalker 2. A recriação da zona de exclusão de Chernobyl não é apenas visualmente impressionante, mas também opressiva, com cenários que exalam desolação e perigo a cada esquina. Desde tempestades radioativas até dungeons claustrofóbicas, a sensação de vulnerabilidade é constante.

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O ambiente se torna um verdadeiro personagem, moldando a narrativa e o gameplay. Caminhar por áreas devastadas, onde o silêncio pode ser interrompido por inimigos ou fenômenos naturais inesperados, é uma experiência que causa tensão genuína. É impossível não sentir que algo pode dar errado a qualquer momento – uma marca registrada da franquia que permanece intacta.

Uma narrativa impressionante

Atrelado a uma ambientação marcante, Stalker 2 faz jus de uma narrativa intrigante e repleta de nuances que influencia de forma persistente o rumo de sua jornada. Um exemplo disso é a presença de missões secundárias que apresentam novas missões que oferecem formas diferentes de se concluir. Fato é que Stalker 2 é um playground onde o jogador é dono de sua jornada e de suas escolhas, o que consequentemente lhe trará um destino bom ou ruim.

Ademais, a complexidade deste mundo reflete fortemente na complexidade de seus personagens. Como um Stalker em uma missão de colocar um receptor dentro da Zona de Exclusão de Chernobyl. Skif, nosso protagonista, é surpreendido por um grupo de ladrões e salvo por um membro de uma das facções presente na Zona. A parit disso, a jornada de Skif ganha um novo rumo onde ele deve criar um vinculo com esta facção, o que lhe renderá algumas missões, enquanto ele tenta encontrar o paradeiro de seu receptor.

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Essa jornada pela Zona é um verdadeiro jogo de xadrez onde suas escolhas ditaram seu relacionamento com as inúmeras facções presentes no local e ditarão o rumo de seu verdadeiro objetivo. Explorar cada uma destas facções e seus líderes, cada um com seus dilemas e motivações, é o que há de mais rico dentro da narrativa de Stalker 2, o que faz ele ser um jogo de sobrevivência “fora da curva”.

Um trabalho impressionante, mas incompleto

Stalker 2: Heart of Chernobyl

O estilo visual de Stalker 2 é belo e atmosférico, com uma paleta de cores sombria e texturas detalhadas que capturam o peso da ambientação. Os efeitos de iluminação e o uso inteligente de sombras criam momentos de verdadeiro impacto visual. No entanto, as promessas feitas nos trailers, que sugeriam um realismo quase cinematográfico, não são completamente cumpridas.

Pior ainda, problemas técnicos surgem com frequência. Mesmo em hardware de ponta, como placas RTX 4080, quedas de FPS, carregamento lento de texturas e travamentos comprometem a fluidez da experiência. Esses problemas não apenas afetam a imersão, mas também minam o potencial do jogo de brilhar em seu lançamento. A expectativa é que futuros patches corrijam essas falhas.

Após o patch de Day One, houve algumas melhorias. Não presenciei os bugs que presenciei anteriormente, mas ainda há um longo caminho para GSC Game World percorrer até o jogo estar em sua melhor versão.

Sobrevivência estratégica e intensa

stalker 2

Diferente dos FPS convencionais, Stalker 2 adota uma abordagem metódica, exigindo planejamento e paciência. Aqui, cada bala conta, cada equipamento precisa ser gerido com cuidado, e as decisões podem ser a diferença entre a vida e a morte.

Armas que emperram, a necessidade de monitorar a radiação e o peso da mochila são elementos que contribuem para a sensação de realismo, mas também podem afastar jogadores que preferem experiências mais dinâmicas. O combate, embora intenso, é desafiador devido à inteligência artificial inconsistente – algumas vezes realista e brutal, outras, quebrada por bugs que tornam inimigos imprevisíveis de forma errada.

Contudo, há alguns problemas de design que dificultam ainda mais essa proposta tão realista que o jogo quer lhe apresentar. Como por exemplo o “flash travel” ser um Stalker que lhe cobra um valor especifico para te levar até as bases das facções que você visitou. O problema aqui é que esse Stalker não estar em todo lugar e sue valor não é tão acessível. Outro problema é economia do jogo que não te dar nenhuma chances para melhorar sua armas, compra equipamentos ou itens de cura e afins. Logo, você fica a mercê do encontrar pela Zona explorando, o que não é de muita abundancia.

Uma imersão autêntica

O design de som em Stalker 2 merece destaque. O silêncio opressivo da zona é interrompido por tiros distantes, o barulho de anomalias ou criaturas ao redor, criando uma atmosfera de constante alerta. A escolha da dublagem em ucraniano adiciona uma camada de autenticidade, transportando o jogador ainda mais para a realidade daquele mundo. Comparada à dublagem em inglês, a versão original se sobressai, reforçando a imersão e o impacto cultural do jogo.

Mas afinal, Stalker 2: Heart of Chernobyl é tudo isso mesmo?

Stalker 2: Heart of Chornobyl é uma experiência fascinante e tensa que captura bem a essência da franquia, mas que sofre com problemas técnicos que podem atrapalhar a experiência inicial. Sua ambientação é impecável, e a jogabilidade metódica oferece algo único no gênero de sobrevivência, mas o desempenho irregular e a falta de polimento gráfico impedem o jogo de alcançar todo o seu potencial no momento do lançamento.

Para fãs da série e para aqueles que procuram algo mais imersivo e estratégico, Stalker 2 vale a tentativa, especialmente no Game Pass. Contudo, se você prefere um jogo mais estável e fluido, pode ser sábio aguardar futuras atualizações. Mesmo assim, é difícil ignorar o que este título representa: um testemunho de resistência criativa em tempos difíceis.

VEREDITO: Stalker 2: Heart of Chornobyl é uma experiência fascinante e tensa que captura bem a essência da franquia, mas que sofre com problemas técnicos que podem atrapalhar a experiência inicial. Sua ambientação é impecável, e a jogabilidade metódica oferece algo único no gênero de sobrevivência, mas o desempenho irregular e a falta de polimento gráfico impedem o jogo de alcançar todo o seu potencial no momento do lançamento. Para fãs da série e para aqueles que procuram algo mais imersivo e estratégico, Stalker 2 vale a tentativa, especialmente no Game Pass. Contudo, se você prefere um jogo mais estável e fluido, pode ser sábio aguardar futuras atualizações. Mesmo assim, é difícil ignorar o que este título representa: um testemunho de resistência criativa em tempos difíceis. Jão

7.5
von 10
2024-11-27T11:28:48-0300

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