The Surge 2 evolui e se torna um indispensável derivado da fórmula Souls

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Anunciado em 8 de Fevereiro de 2018, The Surge 2 veio com a promessa de convencer que a fórmula colocada em 2017, com o primeiro jogo, deu certo. Dito isso a Deck 13, responsável pelo desenvolvimento, colocou ingredientes a mais nas técnicas já consolidadas.

The Surge,de 2017, trouxe uma nova faceta ao tão conhecido gênero Souls-like. Pegar este gênero e inseri-lo em um universo totalmente diferente do original despertou muita atenção. No final das contas, The Surge se tornou apenas mais um derivado sem identidade do estilo Souls-like.

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Desta forma, a sequência vem com a missão de tornar a franquia digna de representar o gênero estipulado por Hidetaka Miyazaki. Mas afinal, The Surge 2 é melhor que seu antecessor? Confira o que achamos!

Bem-vindo a Jericho

Em The Surge 2 não continuamos os eventos do primeiro game. Nesta sequência entraremos em uma nova jornada, em um novo local e com novas ameaças. Jericho é uma metrópole super avançada que está sendo evacuada por uma unidade de socorro, a AID, juntamente com fanáticos pertencentes aos Filhos da Centelha.

 

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the surge 2

Após um acidente aéreo, nosso personagem cai nos arredores de Jericho e se vê em meio a um conflito interno. Nosso personagem – que pode ser masculino ou feminino – apelidado de “Guerreiro” tem a missão de encontrar a neta do fundador da CREO, Jonah Guttenberg. Durante sua jornada, “Guerreiro” irá enfrentar grandes ameaças que residem em Jericho. Assim, nosso objetivo é acabar com esta ameaça cibernética que a assola a grande metrópole.

Como todo gênero souls-like, o núcleo narrativo não tem tanta evidência. No entanto,  a trama se desenvolve a partir de diálogos com alguns NPC’s e um “guia”. Este “guia” será nosso companheiro durante toda a jornada em The Surge 2. Quanto aos diálogos presentes no game, nenhum possui um peso narrativo a ponto de mudar o rumo da história. Na verdade, estas opções de diálogos são apenas um pretexto para expandir o universo do jogo.

Evolução e melhorias significativas

A grande surpresa deste jogo se encontra na expansão do sistema de evolução do personagem. No primeiro game, tínhamos uma evolução atrelada ao exoesqueleto já estabelecido para o personagem – onde o mesmo contava com melhorias pré-determinadas.

Desta vez, a composição nos oferece uma gama variada de opções para criarmos nosso próprio exoesqueleto por meio do craft. Não apenas isso, mas implantes e aprimoramentos podem ser aplicados no personagem. Com relação a variedade, é possível delimitar diferentes estilos de jogo. Assim, você pode criar uma versão mais robusta ou uma mais ágil de seu personagem. Uma coisa é certa, este dinamismo relacionado a jogabilidade trouxe uma variedade a mais nos combates, sobretudo, um leque maior de estilos a se adotar durante a jogatina.

 

Por outro lado, as recompensas que o game nos oferece através de implantes e equipamentos, possuem um preço. Nosso personagem tem um limite de sobrecarga em sua bateria que deve ser administrada conforme o personalizamos com os apetrechos. Dito isso, o problema dessa condicionalidade proposta é a limitação de uma modificação que simula grande liberdade. Logo, nem tudo que queremos usar é possível, vista a quantidade de carga consumível que cada equipamento ou implante possui. No fim das contas, essa brincadeira de criar e aprimorar se torna um investimento estressante.

Um combate visceral, mas não isento de falhas

Assim como no sistema de evolução do personagem, o combate em The Surge 2 ganhou uma nova cara. Os confrontos contra humanos tecnologicamente modificados está mais visceral e dinâmico. Desta vez, as tão conhecidas mecânicas de defender e atacar na hora certa estão acompanhadas de animações repletas de desmembramentos. Este momento tão prazeroso, ao melhor estilo God of War, é fruto de uma simples ação após constantes ataques no inimigo. Mas não foi somente isso que o sistema de combate trouxe de novidade.

Durante os embates é possível selecionar a parte do corpo do inimigo onde o acerto ocorrerá. Assim, seus ataques podem ser usados de forma estratégica e direcionada. Por outro lado, a defesa manual também foi aprimorada. Seu personagem agora pode direcionar o bloqueio quando for golpeado. Dependendo do ataque do inimigo – por cima, por baixo ou pelo os lados – você poderá seguir a direção dos golpes utilizando o analógico direito do controle. Basicamente, funciona de forma semelhante aos combates de For Honor – que possuium estilo muito mais voltado para simulação. Já em The Surge 2, esta mecânica torna os combates ainda mais realistas e desafiadores.

 

Ademais, os confrontos estão mais abrangentes no que diz respeito aos armamentos presentes tanto para nós jogadores, quanto aos inimigos. Agora, temos uma gama de equipamentos disponíveis, tais como: lanças, escudos, coquetéis molotov, drones de ataque e reconhecimento, entre outros. Desta forma, esta variedade de equipamentos torna os confrontos dinâmicos e diversificados.

No entanto, nem tudo são flores. O título sofre com uma física problemática e movimentos robotizados – é até irônico citar isso, tendo em vista o estilo cibernético que o jogo adota. Mas digo no que tange plasticidade e o realismo nos movimentos. Inimigos deslizando, movimentações nada realistas e engasgos são alguns dos problemas presentes nos combates em The Surge 2.

Um Cyberpunk digno do gênero

A grande diferença deste título para seu antecessor é sua variedade de locais. No primeiro game, todo o jogo se passava dentro das instalações de uma fábrica. Assim, o título se limitou a apenas um tipo de cenário e toda a temática do gênero cyberpunk não foi explorado como deveria.

 

The Surge 2

Em The Surge 2, este conceito de uma sociedade regredida ao avanço tecnológico fez jus ao gênero. O game não faz questão de esbanjar aspectos de seu ambiente, onde cada cenário representa fielmente as marcas desta realidade alternativa. Somos apresentados a zonas urbanas devastadas, a complexos altamente tecnológicos e zonas vegetativas habitadas por máquinas. Esta variedade de locais expande ainda mais o universo do game, pois cada nova área há uma história por trás.

Em suma, o título não teve medo de expandir seu conceito com novos locais e uma variedade a mais de inimigos e criaturas. E, certamente, isso apenas somou qualidade ao projeto.

Veredito

The Surge 2 traz muitas melhorias se comparado ao seu antecessor. Embora tenha algumas falhas, o título consegue se tornar um derivado da consagrada fórmula Souls. A expansão de seu sistema de evolução e um formato  de combates mais abrangentes foi a tacada certeira da Deck 13. Se isso o qualifica para um terceiro título, apenas o tempo dirá.

Particularmente, não vejo mais o que se explorar em The Surge. Mas uma coisa é certa: a sequência é um título recomendado para os amantes do gênero Souls-like que buscam novas experiências.

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