Velozes e Furiosos: Hobbs & Shaw eleva a fórmula do exagero | Crítica

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Velozes e Furiosos de um jeito diferente ou mais do mesmo?

Quando se pensa em Velozes e Furiosos, já imaginamos os filmes antigos. O primeiro longa foi um espetáculo. A ação era toda voltada para os carros. Embora ainda exista essa ideia como um background, o foco mudou para os personagens. O conceito de família foi introduzido e nunca mais deixou de existir.

Quando The Rock entrou para o elenco, que já era grande, vimos um embate de egos entre Vin Diesel e Dwayne Johnson. Ambos levam um grande público para o cinema, mas já não se davam mais bem no mesmo enquadramento de câmera. Para não perder uma de suas duas estrelas, a Universal mandou bem demais ao levar a história de um deles para uma nova direção. Logo, Hobbs passou a se tornar um dos protagonistas, o que não deixava Toretto muito feliz. Ao inserir Statham ao elenco, estava claro que Velozes e Furiosos estava criando o seu próprio universo. Afinal, ter tantas estrelas num mesmo céu seria um desperdício. Seria necessário dar espaço para cada um brilhar sem um ofuscar o outro.

Assim nasceu Vozes e Furiosos Hobbs and Shaw
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Velozes e Furiosos

Quem acompanha o Combo Infinito sabe que tanto o Alepitecus quanto eu não somos fãs da franquia Velozes. Gostamos muito do primeiro filme. Então as coisas foram pra um lado absurdo demais. Mas mesmo assim, eu vi todos os longas e passei a aceitar o exagero como forma de entretenimento. Mesmo sabendo que isso tira a imersão e decai a qualidade do filme. Mas o grande público adorou essas mudanças e Velozes e Furiosos tem hoje grandes números em bilheteria. É o Vingadores da Universal em termos de importância financeira. Então ao criar uma nova franquia derivada de Velozes, a grande dúvida era: para onde iria tudo isso?

Hobbs and Shaw traz um homem da lei e um fora da lei com a responsabilidade de salvar o mundo. Exatamente como a franquia Velozes se desenvolveu. Se antes tínhamos Paul Walker como o policial e Vin Diesel como o fora da lei, agora temos The Rock como o homem da lei e Statham como o ilegal. A diferença aqui é que os dois últimos não escondem o ódio que sentem pelo outro. Hobbs e Shaw não são amigos, mas possuem agora objetivos semelhantes. Embora cada um tenha seu motivo, no final das contas será necessário trabalhar juntos.

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Um Velozes e Furiosos exagerado como sempre

Velozes e Furiosos como conhecemos foi para um caminho sem volta. Não há mais corridas. O negócio agora é salvar o mundo. Assim, os personagens se transformaram e verdadeiros super-heróis, mesmo que não tenham poderes ou capa. Mas quem precisa de poderes quando o roteiro está a seu favor? Logo, quando Hobbs and Shaw foi anunciado, com o diretor David Leitch, pensei que o rumo do filme poderia ser diferente. Era a oportunidade de fazer algo novo, uma vez que não se trata da franquia principal. Ledo engano, as coisas aqui são AINDA MAIS exageradas. Partimos agora para super-humanos, abraçando de vez a ideia de que as coisas no universo de Velozes e Furiosos não são nada normais.

Então, se você for ao cinema e já é um fã da franquia, irá se deleitar com tudo que ver. Como eu já aceitei que não há volta para esse formato, apenas abri a minha mente e tentei me divertir o máximo possível. Existem trocentos problemas em Hobbs and Shaw, que vão desde roteiro raso, cenas absurdas e diálogos terríveis, até momentos bem conhecidos do cinema, como um vilão cheio de palavras prontas. Mas as cenas de ação e a construção da “nova família” podem convencer. Ao menos me deixou satisfeito com o que vi. Abraçando a ideia de que o exagero é inevitável, me senti vendo um Velozes e Furiosos sem muitos carros, mas com vários brucutus fazendo o que mais sabem: dar porrada, tiro, gritos e muito mais.

Mas tudo isso vem acompanhado de diversos momentos que nos fazem lembrar que Hobbs and Shaw se trata de um filme da saga Velozes e Furiosos. Cenas com carros, motos, perseguições e muito mais são constantes.

Um filme feito para entreter, e não para pensar

Assim como os demais filmes da saga Velozes e Furiosos, Hobbs and Shaw é pensado para entreter e nada mais. A Universal sabe que tem nas mãos uma franquia que permite que façam quase tudo. E agora, com a nova ideia de um mundo tecnológico, o céu é o limite. A grande dúvida é se a saga principal, com Vin Diesel, será afetada pelo que vemos em Hobbs and Shaw. Ouso dizer que o derivado agora me chama mais atenção do que a saga principal.

Assim, não digo que Hobbs and Shaw é um total desperdício, mas também não é um ótimo filme. Tem um elenco muito de peso, com grandes surpresas, mas perdeu em não tentar ser diferente. Na verdade é diferente ao ser ainda mais exagerado do que eu previa. O vilão é legal, a história é “ok”, mas os personagens são bem interessantes. Mesmo que no final das contas The Rock e Statham nem pareçam estar interpretando algum personagem. Talvez nem seja essa a ideia no final das contas.

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