Westworld: Episódio 8 – A Guerra começou

[ALERTA DE SPOILERS] – A primeira temporada de Westworld chega próxima ao seu fim e as principais questões envolvendo anfitriões e humanos ainda precisam ser resolvidas.

Confira aqui as críticas do Episódio 1, Episódio 2, Episódio 3, Episódio 4, Episódio 5, Episódio 6 e Episódio 7

O lado negro da força

Mais do que nunca, Robert Ford (Anthony Hopkins) demonstra todo seu lado controlador e cruel para que as coisas ainda continuem ao seu controle. No capítulo passado, o criador do parque obrigou o recém robô descoberto por nós, Bernard (Jeffrey Wright), a matar Theresa, personagem que estava ameaçando tirar o controle das mãos de Ford. Após essa atrocidade, vimos um Bernard quase simulando uma autoconsciência, remorso culpa e outros sentimentos que pertencem apenas aos humanos, e podemos concluir que, há grandes chances de Arnold ter chegado lá (voltamos a isso depois).

Robert sabe o que tem que fazer para continuar sustentando sua megalomania e seu desejo de colocar em prática sua nova ideia de narrativa, por isso, tratou de cobrir seus rastros e colocar Bernard de novo em seu posto. O grande problema é que toda essa história despertou um interesse investigativo por parte dos funcionários, o que pode gerar grandes problemas para o criador.

De uma forma ou de outro, isso coloca Ford numa posição de vilão que até então apenas desconfiávamos. Será ele a verdadeira deturpação da moral e da ética que a série propõe?

A Guerra Começou

Um dos núcleos mais interessantes e que ditarão uma das principais linhas da narrativa são os feitos de Maeve (Thandie Newton). A cafetina, que consegue a cada capítulo se libertar das amarras construídas pelos seus criadores, está extremamente motivada a atingir seu principal objetivo: sair do parque. Alguns capítulos atrás, pensar isso pareceria loucura, mas com o progresso feito pela anfitriã, podemos ter uma verdadeira e fortíssima antagonista, pois nesse momento, sabemos que Maeve tem total controle sobre os robôs do parque, só não sabemos se seu comando de voz prevalece ao de Ford.

Uma das coisas mais importantes que aconteceram nesse episódio foi a quebra das leis da robótica, pois a androide feriu mortalmente um humano, Sylvester, o que realmente poderá ser o início da guerra e também prova que ela está livre para praticar qualquer ato.

O mais intrigante disso tudo é que a garota caminha para, enfim, ter um exército para travar uma batalha contra os humanos, deixando um rastro de morte.

A máquina que conhece sua própria natureza

Bernard, Maeve, Dolores e Teddy fazem parte de um seleto grupo de androides que, em partes conhecem a sua verdadeira natureza. Cada um representa um sentimento humano. Maeve inteligência e capacidade de resolver problemas, Bernard o conhecimento e lealdade e Dolores a curiosidade e intuição. Esses são conceitos apenas desenvolvidos por humanos, que mesmo a mais profunda programação não poderia alcançar, exceto pelo fato de que Arnold pode ter atingido o seu objetivo principal – desenvolver a auto consciência.

Há vários capítulos que ouvimos falar de Arnold, do seu grande desejo de tornar os robôs tão perfeitos quanto os humanos e a cada episódio podemos crer que isso está bem perto da verdade. Todos esses personagens que tem ou consciência plena ou flashes de consciência, irão se voltar contra seu criador?

Nesse capítulo conhecemos um pouco mais da história do homem de preto, mas ainda insuficiente para entendermos qual é o verdadeiro significado de sua missão dentro daquele parque. Sabemos que o labirinto está prestes a ser encontrado, se é que ele existe no formato que realmente pensamos. Ao que tudo indica, o labirinto, citado por eles como Arnold’s Game (O jogo de Arnold) é algo mais profundo, mais intenso e que pode mudar as regras do jogo.

Mais dois capítulos separam-nos da descoberta dos segredos que a série esconde – ou talvez não – pois felizmente, semana passada, ficamos sabendo da confirmação da segunda temporada de Westworld.