Zombie Army 4 deixa de lado a essência de Sniper Elite e arrisca sua própria identidade | Análise

Zombie Army

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Originária de uma vertente adicional da franquia Sniper Elite, Zombie Army aos poucos arrecadou sua própria atenção frente aos fãs da Rebellion. Previamente o título serviu como uma alternativa para a base estabelecida em Sniper Elite, mas com o passar do tempo, o game claramente se tornou auto-suficiente graças a sequência de jogos no mesmo formato. Em determinado momento, nos deparamos com a trilogia Zombie Army, em um título que parecia mais do que encaminhado.

Porém, contrariando o que havia apresentado até então, a Rebellion decidiu inovar, e optar por uma reformulação radical em Zombie Army. Sendo assim, Zombie Army 4: Dead War chega com a promessa de reinvenção e uma nova identidade para a saga. Mas será que o título realmente faz jus ao próprio nome e suas origens?

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É isso que você descobrirá ao longo desta análise, que tem como foco o lançamento mais recente da Rebellion.

Uma narrativa sem segredos, e fácil de entender

 

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Pouco do que vimos nos trailers de Zombie Army 4 diziam respeito a história do game. Em suma, o marketing do projeto girou em torno da insanidade de hordas inimigas e armas brutais.

E de certa forma, ao jogar o novo título da Rebellion, podemos entender o porque dessa falta de evidência por trás da trama.

Seguindo a base dos jogos anteriores, Zombie Army 4 o coloca no papel de um soldado – à escolha do jogador. Conforme avança, sua missão é dizimar as hordas infernais de Hitler por meio de múltiplos recursos diferentes. Inclusive, alguns objetivos resultam na utilização de armas de destruição em massa, em prol do progresso referente à história.

Mas voltando ao tópico principal, nos encontramos em meio a uma guerra disputada por humanos e – logicamente – zumbis. Fora isso, não há muito o que pontuar, considerando que a trama não possui momentos marcantes o suficiente para considera-la uma narrativa de peso, ou até mesmo, profunda. Claramente o roteiro não foge muito daquilo que conhecemos, se baseando no velho clichê de “salvador da pátria” indiferente ao personagem escolhido pelo jogador. Embora retrate algumas histórias interessantes por meio de cutscenes, tanto o ambiente quanto a narrativa parecem precisar de uma grande injeção de “ânimo“.

Por consequência da falta de originalidade, o jogador pode facilmente se encontrar disperso, prestando pouca atenção aos detalhes desta trama.

Esqueça Sniper Elite definitivamente

 

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Se por um lado a narrativa de Zombie Army 4 se concentra em “mais do mesmo“, por outro, seus elementos de jogabilidade fogem largamente daquilo que conhecemos em Sniper Elite – ou nos jogos anteriores da mesma vertente. Neste caso, a Rebellion realmente transformou o game em algo próprio, enfatizando o aspecto que torna sua experiência uma espécie de Arcade contínuo.

Diferente dos jogos anteriores, Dead War propõe uma tendência muito mais destrutível do que o habitual. Enquanto em Zombie Army Trilogy teríamos que nos esconder e encontrar posições adequadas para o confronto, neste novo game, o jogador só precisa de um bom equipamento e boa mira para causar estragos. Além disso, em determinado momento, é quase imperceptível a falta do clássico rifle que nos acompanhou por 3 jogos diferentes.

Neste novo projeto, é visível que a Rebellion enfim cortou as amarras que ligavam Zombie Army à saga Sniper Elite, e de certa forma, podemos dizer que foi definida uma nova vertente para a saga – com base em elementos arcade.

Todo esse toque de originalidade pode ser um grande adendo para novos jogadores, mas caso você tenha experiência prévia com os títulos anteriores, perceberá que algo está muito diferente do costumeiro confronto à longa distância.

Tudo gira em torno do auxílio ao jogador

 

Por ter adotado um aspecto Arcade, Zombie Army 4 provém tudo e mais um pouco para o jogador. Isso significa que, indiferente ao modo de jogo, sempre há recursos que podem beneficiar sua jornada – seja dentro ou fora de uma missão.

Por exemplo, é possível adquirir kits de aprimoramento para suas armas por meio da evolução de patente. Neste caso, o upgrade serve para um equipamento específico, mas se o jogador resolve utiliza-lo – seja no modo Horda ou até mesmo na Campanha – todo o progresso e as melhorias também serão mantidas.

Como se não bastasse a utilização de armas drasticamente melhoradas e até o uso de equipamento dos inimigos, também é possível acoplar vantagens de acordo com o nível, e modificações referentes ao equipamento básico. Por sua vez, tais melhorias podem resultar em combos maiores, redução de dano recebido, aumento de atributos das armas e vários recursos diferentes. E em adição, isso também inclui execuções que podem gerar vida automaticamente, e até mesmo habilidades brutais capazes de dizimar uma horda inteira com apenas um tiro de rifle.

Sendo assim, Zombie Army 4 tenta garantir ao máximo que o jogador terá recursos suficiente para cumprir sua missão com êxito (ou completar alguma onda desumana no modo Horda). Além disso, a adição de novas armadilhas no cenário também viabilizam opções adicionais de destruição e execução do inimigo, agregando uma certa necessidade de se atentar aos detalhes do ambiente onde o jogador se encontra.

Divertido de jogar, mas pouco atrativo ao assistir

 

Infelizmente Zombie Army 4 não se encaixa entre os jogos mais belos desta geração. Embora tenha sofrido uma drástica melhoria se comparado aos jogos anteriores, o novo game da Rebellion se mantém em um parâmetro mediano de produção. Isso significa que não há compromisso com belas cenas em sua história e tampouco cenários absurdos para se observar durante a campanha.

Quanto aos inimigos, todos possuem visuais críveis, mas nada digno de menção quanto ao quesito gráfico. Basicamente, Dead War se encontra em uma zona de conforto onde não pode ser considerado um jogo essencialmente feio, mas ao mesmo tempo, também não se trata de uma grande produção chamativa. Considerando os jogos anteriores, podemos dizer que ocorreu uma grande melhoria, mas frente a outros jogos do mesmo formato – como o próprio World War Z – é evidente que seu design não se esforça para surpreender o público.

Além disso, a trilha sonora do game possui algumas batidas interessantes, mas no geral, é possível tirar proveito apenas de uma ou duas músicas enquanto enfrenta hordas incessantes de zumbis. E inegavelmente, isso é um demérito, tendo em vista que as poucas músicas boas realmente fazem diferença durante os confrontos.

Sinto que eu já vi isso antes…

Outro ponto importante que devemos ressaltar, é o formato das missões que desbravamos durante a campanha. Dead War sofre um grave caso de repetição, e em capítulos específicos, o jogador é obrigado a cumprir o mesmo tipo de objetivo de forma constante.

Inclusive, notei que há de fato uma missão onde tudo se resume em buscar itens e entregar em um determinado ponto. Infelizmente, a ação recorrente (graças ao surgimento ininterrupto de zumbis) não é o suficiente para deixar de lado a impressão de “mesmice” durante o modo de história.

O modo Cooperativo é a melhor forma de aproveitar Zombie Army 4

 

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Em adição aos objetivos maçantes, o modo cooperativo de Zombie Army 4 explora todo seu potencial. Não há como negar que, ao enfrentar diversas hordas de inimigos com o auxílio de outro jogador, parece que a experiência ganha uma sobrevida. Muito disso se deve ao fato de que, quanto mais jogadores, maior a necessidade de delimitar estratégias para concluir seus objetivos.

Seja no modo campanha ou até mesmo no modo Horda – ou eventos semanais – a adição de um parceiro ou até mesmo um grupo de jogadores pode tornar a experiência muito mais proveitosa. Sendo assim, o destaque do game fica por conta das possibilidades que englobam a jogatina entre amigos.

Veredito

 

Zombie Army 4 é o jogo perfeito para aqueles que não estão familiarizados com a obra, mas em contrapartida, pode deixar à desejar para os fãs de longa data da franquia. Além de se distanciar muito do que conhecemos por Sniper Elite, boa parte do game parece uma adaptação genérica do formato de hordas que já é bem explorado em outros jogos.

Sua experiência cooperativa certamente aumenta a diversão do produto, e garante um desejo maior de continuidade. Porém, ao desbravar o jogo em modo solo, é fácil notar os pontos importantes onde o game deixa à desejar.

Em conclusão, este pode ser um ótimo título para jogar com os amigos. Contudo, o impacto da experiência solo tende a mudar sua perspectiva com o passar do tempo.

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