Análise: Hitman Episódio 1: Paris resgata a jogabilidade clássica do Agente 47

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Hitman: Codename 47 foi um marco para a história dos games, trazendo um personagem misterioso, impecável e cheio de habilidades assassinas. Apesar de ter sim seus defeitos, o jogo chamava muito a atenção pela jogabilidade, sem exageros como saltos absurdos, tiroteio desenfreado. Tudo tinha que ser pensado, planejado e então executado. Lançado no ano 2000, foi um dos primeiros jogos que eu joguei quando comprei minha finada GeForce 5200, que apesar de ter sido lançada só em 2003, três anos depois do jogo, eu também só fui jogar o primeiro Hitman em 2003.

O jogo, desenvolvido pela IO Interactive até hoje, nos coloca na pele do Agente 47 ou somente “47”, um assassino que foi resultado de um experimento em busca de um agente perfeito e implacável, um clone. Trabalhando para a agência ICA, ele vai em busca de seus alvos através de contratos diversos, com muitos alvos diferentes e na grande maioria líderes importantes ou bandidões. O conceito sempre foi de invasões a locais muito bem guardados e muito chamativo.

Hitman se tornou uma série de jogos, recebendo Hitman 2: Silent Assassin, Hitman Contracts, Hitman Blood Money (um dos melhores até hoje) e Hitman Absolution. Todos os jogos seguem o mesmo esquema de jogabilidade, com grandes novidades em Blood Money, que aumentou e muito a quantidade de possibilidades para se assassinar o seu alvo. Absolution já mudou bastante o formato do jogo, trazendo também grandes momentos de ação e tiroteio, mas mesmo assim é um grande jogo. No entanto, os fãs estava sedentos por estratégias, locais difíceis de se acessar e uma jogabilidade próxima do que a série foi em seus primeiros games.

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Um novo recomeço

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Quase 4 anos depois de Absolution, a IO Interactive e a Square Enix prometeram entregar um novo Hitman com a jogabilidade clássica, porém com ainda mais possibilidades. Porém, após uma conturbada divulgação do formato de distribuição do jogo, a Square resolveu transformar o novo Hitman em um game por episódios.

Começando por Hitman Episódio 1: Paris, temos um retorno às origens do Agente 47, mas ao invés de criar um reboot a IO Interactive resolveu contar realmente como Hitman começou na ICA e quais foram suas primeiras missões.

O Teste inicial

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Durante o início do ano Hitman passou por uma fase beta que nos impressionou bastante, como você pode ver em nossa matéria, apesar que tinha alguns problemas técnicos que precisavam de cuidado. Na fase beta, jogávamos duas missões, sendo uma em um cenário construído pela ICA para testar as habilidades do Agente 47 (e a sua, como jogador) com uma espécie de teatro de possibilidades assassinas. Já neste primeiro momento o game trazia uma boa impressão, com diversas possibilidades de se infiltrar no navio e de assassinar o seu alvo.

Depois, o teste se conclui em uma nova fase, mais completa, numa instalação do exército e uma missão mais difícil. Na versão final, este é o tutorial do jogo e já mostrou avanços, apesar de ainda persistirem alguns problemas que detalharemos mais a frente.

Paris e o desfile de moda

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Então, passados os testes e tutoriais, começamos realmente Hitman Episódio 1: Paris. O Agente 47 é enviado para um palácio em busca de dois alvos ao mesmo tempo na cidade francesa, durante um evento de moda em que um grande desfile vem acontecendo. Os alvos, obviamente, estão ligados a história que o jogo nos propõe, que é bem rasa neste primeiro episódio. Porém, o cenário em Paris é tão grande e tão cheio de possibilidades, que você acaba esquecendo que Hitman tem uma história e fica ligado no “playground para assassinos” que a IO Interactive conseguiu criar em um único ambiente.

As possibilidades são tamanhas que a cada novo corredor é possível ouvir conversas que geram oportunidades de assassinar seus alvos de uma forma diferente. Cada forma ou meio de se chegar ao seu objetivo, gera uma lista bem grande de missões dentro da missão principal, como se vestir de cozinheiro, matar alguém usando veneno, passar por determinado lugar ou assassinar seu alvo afogado na privada (minha forma preferida).

A morte não é o meio, é o fim

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O que devemos lembrar é que Hitman nunca se tratou de um jogo de assassinar todos ao seu redor, como um personagem brucutu dos anos 80. A morte é o resultado do trabalho do Agente 47, que pode fazer todo o resto das missões sem matar um único personagem. Para isso, há diversas estratégias que o jogador pode seguir, como andar na linha realmente, não entrando em locais que seriam proibidos pra ele (afinal, em Paris, você entra como um convidado e o local dos convidados é assistindo ao desfile).

Ou então, simplesmente o jogador pode analisar a situação e perceber que determinados personagens ou “classes”, como cozinheiros, estilistas, modelos, guardas, policiais e tantos outros, podem ter acesso à determinadas áreas sem problema algum. Mas há um preço a se pagar por isso, como alguns personagens que se vestem da mesma forma que você se disfarçou que podem perceber que você nunca fez parte da equipe deles, e fazer de você uma pessoa suspeita.

Inteligência Artificial fraca

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No entanto, essa talvez seja a sua única forma de desafio vinda dos inimigos, o resto virá dos cenários e das estratégias que você vai criar, porque a inteligência artificial dos inimigos não acompanhou a evolução do jogo. Para se ter uma ideia, é possível jogar moedinhas e deixar o inimigo curioso com o barulho, levando-o para onde você quiser, até que ninguém mais lhe veja em um ambiente escuro e propício para um assassinato.

Fora que a distância que os inimigos ouvem ou veem as ações do 47 também parecem limitadas demais, além de que mesmo que você vire suspeito, os inimigos vão atrás de você por pouco tempo e não percebem que se você correu, é porque é culpado (ou deixou o bolinho envenenado no forno).

Uma coisa que incomoda também é o fato dos personagens que são foco, como os alvos, seguirem sempre o mesmo padrão, andando de sala em sala falando e fazendo a mesma coisa. Basta você ficar por perto, ver onde ele se direciona para tomar aquela birita, botar um veneninho de rato na taça preferida do salafrário e boa, aguardar o melhor momento do abate. Isso acaba deixando o jogo fácil em alguns momentos da história.

Hitman Contracts

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Uma boa novidade e que dá uma longevidade interessante pro jogo até que saia o segundo episódio são os contratos extras que aparecem e que podem ser criados pela comunidade, podendo fazer de qualquer NPC do cenário um alvo para o Agente 47.

Os objetivos também trazem mais desafios, como matar determinado personagem com determinada roupa. Tudo ocorre no mesmo cenário, mas mesmo assim não cansa, pois além de um cenário grande, há diversas saídas e entradas, que podem te fazer pensar diferente a cada nova jogada.

Um retorno quase triunfal, porém muito bem vindo

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O grande mérito do novo Hitman é conseguir mesclar algumas mecânicas de Absolution, que ainda faziam dele um jogo stealth, com todas as habilidades e possibilidade de Blood Money exponenciadas com uma evolução clara dentro da franquia. Estamos diante de um novo Hitman com jogabilidade clássica e que é praticamente tudo o que um fã poderia esperar deste game, havendo as falhas técnicas como a IA que podem muito bem ser melhoradas nos próximos episódios.

Apesar do preço um pouco salgado (R$ 60,00 o primeiro episódio) para apenas três cenários, sendo só um deles muito bem trabalhado, que é Paris, o primeiro episódio conseguiu deixar uma ótima impressão, com uma forma livre de jogabilidade e cheia de segredos no mapa ou formas mais fáceis e / ou trabalhosas para se eliminar seu alvo. Apenas os mais dedicados e pacientes conseguirão alcançar todos os objetivos deste episódio ou terminar todos os contratos, mas quem o fizer terá sempre a mão uma nova forma de se jogar, com novas possibilidades de abordagem. Só por isso, Hitman é um jogo que merece a sua atenção, até por que deve passar por novas melhorias nos próximos episódios que vão chegar no decorrer do ano. A única dúvida é como a Square Enix e a IO Interactive vão fazer pra manter o interesse no jogo durante os próximos capítulos, já que a história até agora é bem fraquinha.

Ponto para a IO Interactive e ponto para a Square Enix por trazerem de volta o Agente 47 em sua melhor forma possível!


 Galeria de imagens

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