Crítica | Power Rangers – Filme consegue capturar a essência da série de TV com competência

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Com o advento da tecnologia e na onda dos filmes de super-heróis, eis que grandes franquias do passado começam a retornar, primeiro pelo fator nostalgia e segundo pela oportunidade de criar um universo rico e divertido nas telonas, algo que hoje em dia gera uma grana monstruosa para os bolsos das produtoras de cinema. Claramente baseando-se no sucesso da Marvel com seus heróis mais famosos dos quadrinhos que invadiram o cinema, a Sabam FilmsToei Company, Lionsgate e Paris Filmes se uniram para levar para as telonas um dos maiores sucessos da TV da década de 90, um grupo de amigos que juntos formavam os Power Rangers e protegiam não somente a Alameda dos Anjos, como também todo o planeta Terra em lutas que envolviam muita faísca, pulos inacreditáveis e roupas de lycra.

No entanto, sabemos muito bem como este projeto, que mexe com muitos fãs e tenta reviver uma franquia há muito esquecida e meio morna, poderia ser uma tragédia. Afinal, adaptar para um filme todos os conceitos da série de TV já é algo que tentaram no passado, com filmes bem meia bocas. Mas agora, com 120 milhões de orçamento ficava a dúvida se os Power Rangers poderiam se dar bem no cinema e a resposta é um agradável “deu certo”!

Mostrando a origem de tudo

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Power Rangers começa de uma forma surpreendente, nos dizendo como foi a origem dos Rangers, de Zordon, como o meteoro caiu na Terra e um pouco de Rita Repulsa. Já nos cinco primeiros minutos a impressão que dá é que a Sabam e a Toei partiram para um caminho perfeito para contar a história dos Power Rangers no cinema de uma maneira que poderia ser épica. O longa mostra cada um dos personagens principais gradativamente, o que de cara gera uma dose geral de nostalgia para quem acompanhava a série de TV nas manhãs da Globo, onde os personagens como Jason Scott / Ranger Vermelho, (Dacre Montgomery), Kimberly Hart / Ranger Rosa (Naomi Scott), Trini Kwan / Ranger Amarela (Becky G), Billy Cranston / Ranger Azul (RJ Cyler) e Zack Taylor / Ranger Preto (Ludi Lin) eram inesquecíveis. Aos poucos o filme te faz gostar de cada um deles de uma maneira individual, com atuações competentes e muito carisma, mesmo que tudo pareça meio familiar e já executado em outros filmes do gênero (de heróis). Antes de mostrar a máscara, trabalharam muito bem o que haveria debaixo dela.

Assim, a produção nos leva em uma viagem pra lá de interessante e empolgante onde finalmente podemos dizer que sim, os Rangers agora são como super-heróis, possuem super força, pulos ainda mais absurdos do que na série de TV, criando diálogos onde até os personagens citam Homem de Ferro e Homem Aranha como comparativo de suas novas fases. No entanto, para quem pensava que o filme seria sobre os Power Rangers, pode ficar um pouco incomodado ao perceber que, na verdade, a obra se trata de uma história sobre tudo o que acontece até que aquele grupo de adolescentes se tornem os Power Rangers.

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Fidelidade é o que conta

Quem conhece os Rangers já queria ver desde o começo todo mundo de armadura e batalhas coreografadas cheias de inimigos, mas temos que imaginar que Power Rangers também é uma maneira de mostrar para quem ainda não conhece esse universo do que realmente ele se trata. Então, o roteiro viaja por fases importantes de desenvolvimento dos personagens e da mística ao redor dos Rangers, o que faz com que a gente passe a se importar com eles como seres humanos e posteriormente como protetores do bem.

No entanto, há uma lentidão neste desenvolvimento da história que pode agradar quem quer mais detalhes ou deixar um pouquinho decepcionado quem esperava ver mais dos Rangers de verdade, vestidos com suas armaduras. Porém, no final das contas é nítido que toda a contextualização deu certo e ficamos sabendo detalhes dos personagens que antes não imaginávamos, enriquecendo a origem dos Rangers liderados por Jason Scott, deixando-os ainda mais interessantes que os personagens originais da TV. Zordon, interpretado por Bryan Cranston, ficou ótimo e serve para aumentar ainda mais o currículo do ator que já participou também da série de TV, isso sem contar com todo o carisma de Alpha 5, extremamente importante para manter a atenção do espectador e uma espécie de tutor dos Rangers, e não somente um alívio cômico boboca.

É Hora de Morfar!

Devo dizer que eu queria ver mais dos Rangers morfados lutando contra o exército de Rita Repulsa, mas o tempo que sobra para a batalha é um pouco limitado. A impressão que dá é que faltou dinheiro para colocar mais efeitos no filme e com isso a produção teve que se manter presa à evolução dos personagens enquanto aprendiam a lutar e a desenvolver laços, para então chegar a hora de limpar a mente e deixar a armadura surgir. O visual dos Rangers ficou muito bom, além dos Zords e o Megazord atenderem totalmente às expectativas. Simplesmente não há invenção, há um respeito enorme por tudo que se fez até aqui com a franquia antes dela retornar ao cinema e o resultado agrada bastante e renova a imagem da saga diante dos velhos fãs e traz uma cara mais charmosa para quem ainda não os conhecia.

Tudo que poderíamos esperar de um filme dos Power Rangers está lá, inclusive batalhas com seres gigantes, cooperatividade entre os heróis e muita nostalgia. Tudo parece demais com tudo que já vimos antes, em diversos filmes diferentes, mas nunca vimos nada parecido em um longa dos Power Rangers, então isso deve contar muito na hora de julgar a forma que o filme foi produzido. Neste primeiro momento é necessário números o suficiente para fazer com que Power Rangers possa se tornar uma franquia no cinema, para então a produção tentar pensar em coisas diferentes em prováveis sequências. Embora tenha um ritmo questionável e alguns efeitos especiais que poderiam ser um pouco melhores, Power Rangers agrada bastante, principalmente quem era fã da série de TV e vai assistir a um filme repleto de homenagens e ideias que podem levar este universo muito além do que poderíamos imaginar.

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