Ameaça Profunda fracassa ao tentar ser um Alien embaixo d’água | Crítica

Ameaça Profunda

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Muitos filmes tentaram traduzir o silêncio e a solidão do espaço. Assim como “Gravidade” de Alfonso Cuarón e “Interestelar” de Christopher Nolan, algumas questões já foram implícitas, como o mistério, a fronteira, a dimensão do tempo, a percepção, questionando assim, fatores essenciais da humanidade.

A exemplo máximo, o oceano também pode ser palco para as mais diversas idéias cinematográficas, podendo se transformar em um lugar tão intimidador e tão desconhecido quanto o próprio espaço. Em “Ameaça Profunda” de William Eubank (O Sinal: Frequência do medo), somos postos na pele de um grupo de pesquisadores que se encontram em um laboratório subaquático a 11 mil metros de profundidade, que quando um terremoto causa a destruição do veículo, expõe a equipe ao risco de morte, onde são obrigados a caminhar nas profundezas marítimas, com quantidade insuficiente de oxigênio.

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Contudo, credulidade e racionalidade se tornam cruciais para manter a sobrevivência, mas como estamos em um terreno subaquático, há mais diferenças – e criaturas – em jogo.

Uma cópia de Alien?

Trazendo uma premissa diferente do que estamos acostumados a ver em filmes que envolvam monstros marinhos, os roteiristas Adam Cozad (Jack Ryan: Operação Sombra) e Brian Duffield (A Babá) ficaram na imensa responsabilidade de rascunhar o que seria uma versão diferente do clássico de 79, Alien – O Oitavo Passageiro. O espectador, no entanto, não deve esperar algo simil e surpreendente, visto que os problemas no roteiro afetam a imersão e o carisma pelos personagens.

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Kristen Stewart interpreta Norah Price, pesquisadora que faz parte da equipe de sobreviventes subaquáticos. A atuação da personagem é aquela que aceitamos sem reclamar, visto que a mesma se faz uma presença muito sólida, capaz de até segurar sozinha o próprio longa. Contudo, o que realmente faz o telespectador não desgrudar os olhos da tela é o roteiro que faz questão de acentuar, o tempo todo, o vazio e o pânico dos pesquisadores, além de deixar expresso que, em qualquer lugar onde eles estiverem, nunca, de fato, haverá um lugar seguro.

Um filme com efeitos visuais atraentes, mas sem muita originalidade no roteiro

Ainda assim, vale lembrar que a autenticidade dos cenários cria situações bastante claustrofóbicas. Assim, destaca-se o enorme trabalho de reproduzir não apenas a ambientação, mas garantir que o telespectador tenha consciência dos medos dos personagens apresentados. E, dessa forma, garantir que tenha pleno entendimento (já nos primeiros minutos de filme) da situação que move a trama em si.

Contudo, o grande diferencial de Ameaça Profunda repousa na habilidade de Eubank em conseguir tornar um ambiente subaquático totalmente alienígena. Em vez do vácuo do espaço, temos o vazio amedrontador do oceano; e em vez de aliens, temos algo que não sabemos ao certo o que é, mas pelos contatos que se estabelece, nitidamente é uma raça de criaturas instigantes; mas que acima de tudo, são extremamente perigosas. Está longe (muito longe) de ser um filme de terror, como alguns apontaram, mas sem dúvida é eficaz na construção de um suspense.

Vale ou não a pena?

Como longa de ficção científica, Ameaça Profunda é quase perfeito, se não fosse pelo roteiro mal aproveitado. O filme conta com ótimos efeitos especiais e sonoros que são de aplaudir de pé, para nos trazer melodias com um forte ar dramático, mas ao mesmo tempo tão ameaçador. Ademais, conta ainda com criaturas misteriosas e interessantes, isso sem falar no suspense bem construído e nas cenas de ação. Então, qual seria o problema? É justamente a superficialidade e falta de aproveitamento do que poderia ser um projeto divergente dos demais.

Como abordei acima, quem for assistir não deve ficar preocupado em procurar referências à franquia Alien. Mas isso não significa que elas não existem. Com certeza, é uma ficção científica (quase) decente e que resgata o espírito de exploração e sobrevivência que andava em falta em longas recentes.

Ameaça Profunda estreia nos cinemas brasileiros no dia 9 de janeiro. Em seguida, não se esqueça de se inscrever em nosso canal do YouTube e seguir o Combo Infinito nas redes sociais para mais notícias – FacebookTwitterInstagram.

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