Análise: Assassin’s Creed Chronicles: Russia finaliza a trilogia com chave de bronze

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Desenvolvido pela Climax Studios e pela Ubisoft Montreal, Assassin’s Creed Chronicles é uma trilogia de games da saga da Ubi com um formato diferente. Adotou o que chamamos de 2.5D adaptando a jogabilidade que conhecemos da série principal em três localidades distintas, cada uma em um jogo. O primeiro a ser lançado foi Assassin’s Creed Chronicles: China, contando a história de Shao Jun após ela ter recebido a Caixa de Ezio, um artefato misterioso e cheio de poderes. O segundo foi Assassin’s Creed Chronicles: Índia, que não traz uma história muito interessante, porém gira em torno também da Caixa de Ézio, mas como falamos em nossa análise consegue dar uma renovada na jogabilidade para se manter relevante.

O terceiro e último game da trilogia da Climax, ao menos por enquanto é Assassin’s Creed Chronicles: Russia, que traz Nicholai Orelov em 1918. A história do game começa em torno de Orelov tentando se aposentar da vida de Assassino e partir da Russia com documentos falsos com sua família, mas pra isso ele precisa realizar uma última missão para a irmandade e adivinhe só o que ele precisa encontrar? A maledeta Caixa de Ézio, que deu a volta no mundo, viu o mundo girar e foi parar na Russia, nas mãos dos templários. Orelov se vê em meio a uma trama de intrigas e traições, já que ele passa a duvidar a irmandade e de suas decisões, adiando o seu plano de aposentadoria.

OS MESMOS DEFEITOS

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Assassin’s Creed Chronicles: China e Índia sofrem dos mesmos problemas que seus irmãos maiores, uma jogabilidade que acaba se repetindo demais e no visual em 2.5D existem alguns novos problemas. No jogo que se passa na Índia a jogabilidade até melhorou bastante, com cenários mais desafiadores na medida certa, enquanto que o da China era mais fácil. Um compensava o outro: enquanto China tinha uma história melhor, Índia é mais agradável de se jogar. Mas os velhos defeitos de Assassin’s Creed continuam lá, intactos nos dois games.

A dúvida que pairava era pra onde Assassin’s Creed Chronicles: Russia iria e o jogo consegue ser uma mescla dos dois games anteriores, mas peca onde um game não pode errar: na jogabilidade.

MOMENTOS FRUSTRANTES NA PELE DE UM ASSASSINO RUSSO

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Não pense que tudo é perdido em Assassin’s Creed Chronicles: Russia em termos de jogabilidade, isso não é verdade. O que acontece é que o jogo erra em momentos chave, como em alguns desafios que são mal produzidos, deixando o jogador a mercê da sorte, como ao passar por alguns dos níveis cheios de guardas com uma dificuldade que não é feita para entreter e que tira uma parcela da diversão do jogo.

Mas o maior dos problemas está quando o game tenta ser diferente, em cenas de correria desenfreada. Nestes níveis eu não tinha mais dúvidas que os produtores tentaram deixar o jogo mais difícil, mas erraram a mão e deixaram cair uma dose muito grande de frustração, com pulos que falham, movimentos do personagem que não condizem com aquele momento e a solução encontrada foi ficar pulando igual um maluco e rolando no chão para ganhar mais velocidade, pois correr parece ineficiente. Deu certo, mas não é o ideal.

Fora que quando Orelov decide usar seu rifle, o game não deixa você usar nenhum tipo de cobertura, e somente alguns locais são passíveis de usar a arma, e ele fica lá, de pé a mercê dos tiros dos inimigos. Apesar de ser uma boa novidade o uso do Rifle (que também esteve em menor escala em Índia), a mecânica precisava de ajustes pra ficar desafiante e divertida ao mesmo tempo.

A DIVERSÃO PODERIA SER MAIOR COM UMA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL MELHOR

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O grande problema da série Chronicles inteira é a inteligência artificial, que no primeiro jogo (China) não chegava a atrapalhar na diversão, pois era uma novidade jogar um Assassin’s Creed em 2D daquela maneira. No segundo jogo (Índia) tivemos uma dose maior de desafios vinda do próprio cenário e nem tanto dos inimigos, mas quando eles estavam na tela, os mesmos erros de IA continuavam.

Em Rússia, como um terceiro jogo da trilogia, o mínimo que poderíamos esperar era alguma melhora neste sentido. Porém, tudo está igual: guardas tontos que não conseguem te ver só porque estão falando um com o outro e movimentos iguais a todo momento, fazendo o jogador pegar o padrão facilmente. Existem pontos em que tem tantos inimigos no mesmo ambiente que você vai errar, muito. A morte é sua companheira em Assassin’s Creed Chronicles: Russia e repetir os locais sofrendo com os mesmos probleminhas chatos de inteligência artificial também é frustrante e enjoativo.

Para se divertir mesmo com a jogabilidade sendo como é, o jogador precisa de uma concentração acima do limite, jogando com os problemas que o game tem. Por sorte, os puzzles continuam muito interessantes nos fazendo esquecer dos problemas pontuais em determinados momentos.

UMA VELHA CONHECIDA

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O que me fez ficar em Assassin’s Creed Chronicles: Russia até o final e esquecer dos problemas do game foi a história, que de longe, é a melhor dos três jogos. O grande chamativo de Assassin’s Creed é esse, e a Climax conseguiu criar um arco muito interessante entre os três títulos, apesar do segundo game (Índia) praticamente não contar nenhuma novidade neste sentido.

No entanto, Assassin’s Creed Chronicles: Russia consegue criar um elo entre o primeiro jogo (China) de uma forma surpreendente. Eu realmente arregalei os olhos quando vi e logo pensei nas possibilidades que aquilo trazia pra franquia. Essa ligação permite que o jogador controle dois personagens a partir de determinado momento do game, cooperando um com o outro e para você ter uma ideia do quanto o estúdio mandou bem demais na história que construiu, nós jogamos com Orelov e uma velha conhecida de Assassin’s Creed Chronicles: China. Porém, Russia se passa em 1918, como mencionamos lá em cima, e Assassin’s Creed Chronicles: China em 1526.

Mas como cara? Pois é, jogue e verá. A história de Assassin’s Creed Chronicles: Russia faz valer a jogabilidade inconsistente e os problemas que encontramos no jogo.

OUTRAS LIGAÇÕES

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Fora toda a empolgação que a história nos trouxe, ver um game da saga Assassin’s Creed tratar diretamente de Ézio é altamente satisfatório. O Assassino italiano é um dos mais queridos ao lado de Altair (pra mim é o melhor de todos) e possui influência direta nos acontecimentos de todos os jogos que vieram depois de Assassin’s Creed 2, Brotherhood e Revelations.

Além disso, o jogo possui um segredo que leva a uma ligação excelente com Assassin’s Creed Rogue, que saiu junto com Unity para a geração passada em 2014. Então, se você é fã de Assassin’s Creed e toda a mitologia que envolve a história da Irmandade e dos Templários, não só Assassin’s Creed Chronicles: Russia é indicado para você, como toda a trilogia da Climax.

CONCLUSÃO

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Assassin’s Creed Chronicles termina seu ciclo com Assassin’s Creed Chronicles: Russia, depois de três jogos que tiveram muitos altos e muitos baixos. Mas assim como a própria Ubisoft deu umas escorregadas com a série, tanto que não teremos um jogo da linha principal esse ano, a Climax passa perdoada pela tarefa que lhe coube por conseguir adaptar a jogabilidade de um jogo em 3D tão complexo nas “limitações” de um game em 2D.

O visual simplório, mas cheio de arte empolga nos três jogos, e Russia traz consigo uma energia diferente, com tons vermelhos e cinzas. Se não fossem as falhas na jogabilidade, cruciais para gerar diversão e entreter o jogador, teríamos uma pérola fechando com chave de ouro a trilogia Chonicles. Mas até que se pense em novas histórias de Assassin’s Creed com progressão lateral, fechemos com uma chave de bronze.


Galeria de imagens: Assassin’s Creed Chronicles: Russia

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