Análise: Assassin’s Creed Syndicate apaga vexame de Unity com novidades bem vindas

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Não adianta! Assassin’s Creed tem uma fórmula, vencedora por sinal, e não vai mudar a cada novo lançamento da Ubisoft. E na verdade, a missão de Assassin’s Creed Syndicate, o mais recente título da franquia e o segundo nativamente pensado na nova geração, nem era de mudar as coisas, de trazer novidades, mas sim colocar a série nos eixos, trazer a confiança do jogador novamente e quem sabe, inventar mais alguma coisa na jogabilidade batida, mas ao mesmo tempo viciante que a Assassin’s Creed possui.

Contando apenas os jogos lançados nos consoles, então colocamos aí o jogo do Vita que foi remasterizado, já são 10 jogos da saga da dev francesa, já contando com Syndicate. Não é fácil manter o interesse de todo mundo com tantos anos no mercado, mas a Ubisoft faz um ótimo trabalho neste sentido, sempre trazendo cenários incríveis, personagens marcantes e história empolgante. Mas claro, vez ou outra vai ocorrer algum erro e, pra mim, o primeiro deles foi com o Assassin’s Creed 3, o mais fraco até hoje. Unity, por incrível que pareça eu não passei pelos problemas dos bugs, pois quando joguei já haviam trocentos patchs para concertá-los. De todo modo, eles existiram e Syndicate tinha uma missão acima de qualquer outra: ser impecável tecnicamente e apagar o vexame que foi Unity.

NOVAMENTE LONDRES, NOVAMENTE A ERA VITORIANA

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Ahhhhh Londres!

Apenas este ano, já é o terceiro jogo de grande expressão a ter como cenário a cidade inglesa de Londres (The Order 1886, Bloodborne – apesar de não haver nada que confirme que realmente era Londres –  e agora Syndicate). A era escolhida pela Ubi é a Vitoriana, que traz nomes importantes como Darwin, Dickens, Karl Marx e Grahan Bell e todos eles vão interagir com os novos personagens do universo de Assassin’s Creed.

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As construções estão sensacionais, incrivelmente belas e aproveitando do poder da nova geração pra criar aquele clima típico de Londres. Apesar de muita gente dizer que Syndicate não ficou tão bonito quanto Unity, vejo diversos avanços, como a chuva e a maneira com a qual as ruas ficam molhadas e empoçando, além do draw distance que parece maior. Outra grande diferença é que, apesar de contar com muitos personagens na tela, Syndicate não traz as multidões nas ruas como era na época da revolução francesa com a qual Unity trata. Só isso já traz mais recursos na hora de produzir o jogo.

OS IRMÃOS FRYE

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Ahhhhhhhh Evie Frye… (suspiro)

Como sempre, a Ubisoft acertou em cheio na forma de criar os personagens e trouxe dois dos mais carismáticos até hoje na franquia, os irmãos FryeJacob e Evie. Enquanto Jacob é o personagem mais briguento, a fim de aventura e um pouco sem responsabilidade, Evie é sensacional, o toque feminino que a série precisava como protagonista, pois apesar de em Assassin’s Creed Liberation jogarmos com uma personagem feminina, faltava um pouco de carisma. Ela é mais contida, está interessada na história dos Assassinos e dos Templários e principalmente, a Piece of Eden, artefato responsável por tudo que a gente vê acontecendo na série Assassin’s Creed e que Ezio pensou ter deixado guardado pra sempre, mas a cada novo jogo está num lugar diferente.

Podemos escolher entre um dos dois personagens para jogar no mapa de forma livre, enquanto ficamos soltos para andar por aí, e cada missão extra que você fizer vai levar experiência para este personagem que você escolheu. Assim, se você pretende evoluir os dois de forma igual, terá que alternar entre eles enquanto estiver no mapa, já que durante as missões não é necessário e o próprio jogo te direciona e escolhe o personagem da vez para você. No entanto, como falamos aqui nesta matéria especial sobre as 10 dicas importantes para jogar Assassin’s Creed Syndicate, o ideal é focar em um deles e evoluir até onde puder.

Outro fator que ajuda a fazer com que Evie Frye e Jacob Frye sejam personagens carismáticos é a dublagem em português, que é excelente, talvez a melhor da série até aqui.

ESCALAR NUNCA MAIS

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Ahhhhhhhhhhhh que legal se movimentar por aí desse jeito.

Como falamos lá em cima, é complicadíssimo esperar mudanças significativas na jogabilidade de Assassin’s Creed, pois a Ubi já tem uma fórmula e vai com ela até o fim. Mas graças ao estúdio de Quebec, responsável principal pelo desenvolvimento de Syndicate, o jogo traz algumas melhoras importantes, como é o caso do gancho que agora você pode usar para subir em prédios sem precisar escalar. Isso é ótimo em fugas, mas não pense que ficou mais fácil. Os guardas ou inimigos de outras gangues conseguem subir por escadas que ficam dentro dos edifícios e chegam ao topo com certa velocidade.

Além de escalar, é possível ir de um prédio a outro usando o gancho e escorregando pelo fio, criando novas oportunidades na jogabilidade.

GTA DE CARROÇAS

Syndicate traz mais uma grande novidade para a série, que é o uso de outros meios de locomoção, além do gancho, apesar de não serem motorizados. Se você jogou, deve se lembrar que Assassin’s Creed 1 tinha um mapa muito grande e trazia um cavalo para o jogador se locomover. Em outros jogos da série, as carroças surgiram como parte de alguma fase ou missão, e agora em Syndicate as coisas melhoraram muito. É possível roubar ou pegar alguma carruagem e percorrer os cenários de forma mais rápida. Alguns combates também ocorrem enquanto você está nelas e muitas missões se utilizam do novo recurso de forma muito bem adaptada.

COMBATES

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Ahhhhhhhhh vem aqui seu verme (sotaque britânico)!

Assassin’s Creed não é um jogo difícil, desde que você preste atenção em alguns detalhes, principalmente nos combates. Tudo é mostrado para o jogador com o intuito de alertá-lo de algo que pode ocorrer, como se fosse uma habilidade dos Assassinos. Isso é legal, mas torna tudo bem fácil. Os combates de Unity evoluíram, se parecendo inclusive com os jogos da Warner Bross, apesar de não ser tão bom quanto um Batman por exemplo.

Syndicate evolui praticamente tudo no combate, com mais movimentos, finalizações, contra-ataques, uso de outras armas e contagem de combos. As espadas dão lugar a socos e pontapés e a maior dificuldade é quando há algum atirador por perto, pois se depender do mano a mano quando o combate é direto, o jogo não é difícil. Ainda assim, se há alguém atirando em você, o jogo te dá a opção de desviar ao apertar o triângulo / Y. O grande problemas dos combates é se apoiar muito no uso do Quadrado/X, sem possibilitar variar os movimentos, o que acaba ocorrendo de forma automática.

SE NÃO FOSSE POR ISSO E AQUILO…

Senão fosse por alguns detalhes, Syndicate poderia levar facilmente uma nota máxima. No entanto, a facilidade que o jogo traz e alguns bugs que ainda surgem – acredite, eles ainda existem, numa quantidade menor, tiram o brilho que poderia ser impecável do jogo. Não há sentido por exemplo, você matar alguém na rua e as pessoas não se desesperarem por haver um assassino do lado delas e simplesmente dizerem: “oh, minha nossa!” e continuar andando normalmente. Fica estranho e é algo que a Ubisoft deve dar uma atenção para o próximo Assassin’s Creed. Afinal, há um assassino à solta, as pessoas devem correr ou tentar pegar o Assassino.

A história no mundo “real” já não faz sentido desde que o arco de Desmond foi finalizado. É como se nesse sentido, a Ubi não soubesse mais pra onde levar o jogo. Acho até que não precisávamos mais dessa parte, apesar de ir de encontro com tudo que a gente viu até hoje em Assassin’s Creed, que é uma pessoa do mundo moderno revivendo memórias do passado através de uma máquina. Sinto saudade da época em que a realidade era tão importante quanto o fato histórico da franquia.

A RETOMADA DA SÉRIE

Torno a dizer que Unity não era um jogo ruim, está muito longe disso, mas como a grande maioria sofreu com os problemas causados pelo game, é fato que foi um momento turbulento na história de Assassin’s Creed. Syndicate já nasceu questionado por causa disso, e principalmente por ser um jogo anual. Diferente do que muitos poderiam pensar, AC: Syndicate não somente é um ótimo Assassin’s Creed, como pode ser facilmente colocado lado a lado aos melhores. Tem personagens muito bons, jogabilidade com elementos novos e história muito interessante, envolvendo personagens do passado da série. Além disso, consegue trazer novamente a confiança do jogador para com a série, o que para a Ubisoft já pode ser considerada uma missão cumprida.


 Galeria de imagens: Assassin’s Creed Syndicate

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6 respostas

  1. Não poderia descrever melhor… Foi uma análise “na medida certa”. Parabéns!

    Realmente o jogo não está difícil… Acho que o Unity estava um pouquinho mais hard…

    Acho que uns inimigos mais habilidosos, como por exemplo, aqueles ninjas do Batman Arkham Knight… Que pula e dá umas “espadadas”… Inimigos que desafiam a sua jogabilidade, sua atenção e sua concentração… Faltou isso nos inimigos…

    As missões da expansão Penny Dreadful que você investigas cenas de crime também achei sensacional…

    E também tem uma missão que não posso falar pra não dar spolier… Não sei se você chegou já nessa parte… Que é bem foda!!!

    Mais uma vez parabéns pela análise.

    1. Valeu Ricardo! Não diga spoilers mesmo, até pela galera que ainda não jogou. Todas as missões que você citou são incríveis, o que diferencia esse dos demais jogos da série.

      Volte sempre o/

  2. Comecei a jogar esses dias.
    Uma coisa que não curti muito é que as vezes aparece umas missões lá na Put@ qui pariu e demora pra chegar.
    Daí você me diz: Ah mas vai de carroça!
    Eu digo: Não é tão prático andar de carroça lá, é lotado de carroça, maior “trânsito” kkk mesmo em vias largas, e fica menos prático ainda quando é uma rua estreita, aí lascou tudo mesmo. Praticamente inviável ficar andando de carroça lá.
    Eu percebi que o nosso Trem também faz um percurso pelo mapa e dá pra aproveitá-lo, porém o trem é leeeerrrdooo pra burro kkk
    O jeito é ir á pé mesmo, o que demora também mas os outros modos de locomoção eu achei menos viáveis do que a pé, então… =

  3. Comprei Unity tardiamente e já com todos os patchs lançados. Não sofri tanto como os primeiros usuários embora tenha mantido uma relação de amor e ódio com ele…rsrs Não posso negar: foi meu primeiro AC da vida, eu fiquei apaixonado. Diverti-me muito!! Quando veio Sindicate comprei logo de cara. Os combates nele são melhores, tem uma pegada melhor, os gêmeos são carismáticos: me apeguei logo. Apesar de o jogo ser lindo, ainda tenho a impressão tb que o Unity seja melhor neste quesito; talvez pela característica arquitetônica da França que apetece mais ao meu gosto. A arte francesa era linda.

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