Análise | Crackdown 3 não surpreende, mas traz boa dose de diversão

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Crackdown 3 é um dos grandes lançamentos do começo de 2019

A Microsoft vem sendo cobrada por não ter tantos jogos exclusivos de peso no Xbox One. O cancelamento de Scalebound agravou este cenário. Contudo, outro jogo vinha passando por diversos problemas em seu desenvolvimento e após 5 anos conseguiu ver a luz do nascimento. Estamos falando de Crackdown 3.

Embora não seja realmente um tipo de jogo que pudesse se esperar algo grandioso, Crackdown 3 acaba sendo cobrado indiretamente pela falta de outros jogos no catálogo da Microsoft. E claro, pela velha guerra de consoles. Quando peguei o game para analisar, fui de mente aberta, ainda que eu não esperasse muito dele. O resultado: fui surpreendido pela diversão e jogabilidade do game, mas é impossível ignorar seus defeitos.

Crackdown 3 é o Metal Slug em 3D que faltava

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Uma coisa é fato: Crackdown 3 é um jogo divertido. Falando inicialmente da campanha, tive belas 20h de diversão, embora as últimas 6 horas mais ou menos tenham sido mais arrastadas. O jogo tem missões muito parecidas umas com as outras, o que acaba deixando o jogador um pouco enjoado de fazer o mesmo a todo momento. Contudo, a movimentação do personagem, as diversas armas, explosões e quantidade alta de inimigos mantém o interesse.

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Na campanha, temos uma grande corporação tomando conta de uma cidade e devemos, como um agente modificado, derrubar todos que estão por trás da organização Terra Nova. Para isso, é preciso completar diversas missões, onde cada uma delas é atrelada a algum chefe. Em um formato que lembra bem de longe o sistema de chefes de Shadow of Mordor, os chefões estão alinhados dos mais fáceis aos mais difíceis, assim como as missões que os representam. Assim, o mapa de Crackdown 3 não deixará o jogador parado por nenhum momento. Tudo é válido de se executar e o melhor é que qualquer ação lhe traz experiência. O objetivo aqui é ficar mais forte, mais ágil e assim, alcançar lugares mais altos.

Inclusive, alcançar lugares altos é um dos pontos mais divertidos de Crackdown 3. Subir em prédios, pular de um para o outro usando propulsores e JetPack, tudo é bem divertido. O grande ponto alto de Crackdown 3 está em seus controles. Despretensioso, o negócio aqui é apenas dar tiros, explodir tudo e eliminar qualquer coisa que se mexa na sua frente. Ao melhor estilo Arcade, o game lembra os clássicos jogos em 2D com temáticas parecidas.

A presença de Terry Crews

Após muitos anos em desenvolvimento, a equipe de Crackdown 3 adicionou ao jogo a figura do Pai do Chris. Terry Crews, um ator cheio de carisma, seria a cara de Crackdown. Embora ele apareça em uma cena de abertura muito interessante, mostrando como o personagem poderia ser, no jogo mesmo o que a gente vê é que Terry Crews é apenas uma skin. Não é algo ruim, mas tira o potencial de a história ser contada com o ator, fazendo uso do seu carisma e trejeitos.

Mesmo nas cenas muito bem-feitas que são utilizadas para contar a história, Crews não aparece. É uma pena ver que a maior participação do ator aconteça fora do jogo, nas campanhas de marketing do novo exclusivo da Microsoft.

A destruição de Crackdown 3

Tudo que foi falado de Crackdown 3 para fazer uso da nuvem e processamento externo ao do console onde ele roda, está realmente presente, mas somente no modo online. Com dois tipos de jogo até o momento, sendo o mata-mata em equipes e o de capturar zonas no mapa, o multiplayer, chamado de Wrecking Zone, traz um visual diferente do que a gente vê na campanha. Embora seja mais simples, entrega toda a promessa de um ambiente totalmente destrutivo. Mas o custo disso é alto, onde mesmo no Xbox One X o game corra com um desempenho questionável.

Na campanha não temos esta destruição e o jogo se mostra mais consistente tanto no visual quanto em desempenho. Mas mesmo assim o mundo é morto, sem nenhum carisma, NPCs sem graça e muita repetição.

Assim, o futuro de Crackdown 3 pode estar no multiplayer. Mas atualmente o modo é simples demais e enjoa fácil.

Vale a pena por conta do Game Pass

Crackdown 3

Se fosse um jogo lançado apenas com a opção de comprar a preço fechado, eu diria que Crackdown 3 não valeria a pena. Mas hoje, com a facilidade de se contratar o Game Pass, o jogador pode experimenta os exclusivos da Microsoft. Então Crackdown 3 acaba valendo a pena por conta do mercado que a Microsoft inventou para si própria.

Contudo, com outros jogos melhores na plataforma e na biblioteca do Xbox, cabe ao jogador imaginar se vale a pena investir seu tempo controlando Terry Crews. Certamente um jogo com boa jogabilidade e diversão, principalmente para quem decidir investir em aumentar as habilidades do personagem com todos os locais secretos do mapa em busca das orbs verdes e azuis. Mas a repetição, os chefes sem carisma e com ideias batidas e o multiplayer bem mais ou menos, nem todo mundo vai se sentir tentado a chegar até o final.

Por fim, Crackdown 3 chegou diretamente no Game Pass, fazendo dele mais uma boa opção no serviço. Seu mérito está em ser um jogo diferente, quase não temos exemplos de jogos parecidos com ele. Mas sua execução não é das melhores.

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