Análise: Forza Motorsports 6 – Porque corremos?

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O Xbox One começou sua vida com um exclusivo que, no passado, conseguiu bater de frente e tirar o trono de um gigante da época dos 32 bits. Forza Motorsports nasceu já com uma tarefa: ser tão relevante quanto Gran Turismo, um jogo estabelecido, amado e que não precisava provar mais nada. Normalmente na vida as coisas são assim, o mais novo precisa provar porque é melhor que aquele que já está por aí, vivido, e Gran Turismo era o cara a ser batido.

A ascensão da série exclusiva da Microsoft foi gradativa, até que na época do Xbox 360 Forza Motorsports 4 cravou de uma vez a sua superioridade contra a série da Sony, trazendo mais recursos que Gran Turismo, criando a sua própria legião de fãs. Não que Gran Turismo seja ruim, eu inclusive sou grande fã da série da Sony e tirei todas as cartas possíveis e imagináveis na época do PSOne no segundo jogo. Se existisse platina naquela época, esse teria sido o meu primeiro troféu deste tipo. No entanto, é inegável que a Turn 10 e a Microsoft estão conseguindo levar a sua franquia de corridas para novos patamares e novos públicos, com receitas até mesmo simples, porém muito bem executadas.

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Forza está de volta!

Porque corremos? O melhor slogan de um jogo de corrida.

Hoje em dia, Gran Turismo nem estreou ainda na nova geração e o concorrente mais poderoso dos consoles para Forza é Project Cars, que apesar de ser um ótimo jogo – foi muito bem avaliado por nós –, ainda falta o “charme” de Gran Turismo e Forza nele. Então, já que o mercado de simuladores de console – que fique bem claro, já que são um pouco diferentes de simuladores como Asseto Corsa –  estão em menor quantidade nesta geração, Forza Motorsports 6 chega com um conceito interessante: Porque corremos?

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Vamos tentar descobrir.

O primeiro destaque, como vem acontecendo nos últimos jogos da franquia, vai para a localização. Bia Meinberg, nossa grande amiga, que inclusive nos concedeu uma entrevista quando trabalhou em Forza Horizon, retoma para seu papel de “narradora” da versão brasileira do game, quase uma Cortana da série Forza para nós, explicando com muitos detalhes como cada coisa funciona em Forza 6.  O jogo já nos coloca dentro da Carreira, pilotando na nova pista situada no Rio de Janeiro, um dos grandes destaques desta versão de Forza. Com cenários vibrantes e traçado sinuoso, o circuito consegue trazer o desafio necessário para este tipo de jogo, mantendo a sensação de que se trata realmente de um videogame, na intenção de ser divertido, sem perder a pegada da simulação. É possível reconhecer pontos turísticos importantes da cidade maravilhosa, como o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar e as diversas praias do Rio, tudo em uma corrida ensolarada que faz parecer que o asfalto está derretendo.

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A pista no Rio de Janeiro é uma pintura!

Apesar de não possuir gráficos extremamente detalhados como em DriveClub, Forza 6 consegue manter a excelência da série e melhorar ainda mais o que vimos em Forza Horizon 2, que eu acho que possui um visual alegre altamente cativante. Os carros são muito bem reproduzidos, efeitos como chuva são legais de se ver, mas novamente não são tão absurdamente detalhados como no concorrente da Sony. Há a sensação que o Xbox One pode fazer mais, mas não houve tempo hábil pra explorar o poder do console ao ponto de se chegar no nível de DriveClub. Entretanto, sinceramente é satisfatório, principalmente quando você é fisgado pela jogabilidade que falaremos mais adiante.

TRILHA SONORA PRATICAMENTE PERFEITA

Ainda na parte sonora, já que falamos da narração da nossa querida Bia “Cortana” Meinberg, outro ponto de grande destaque e que torna as corridas épicas é a trilha sonora de Forza Motorsports 6. Lembro-me da época de Gran Turismo 2, que eu fazia um comparativo entre aquele jogo mais voltado pra simulação e Need For Speed, e não conseguia entender como as músicas não me atrapalhavam a fazer as curvas difíceis, como aquela de Laguna Seca em que você praticamente tem que entrar reduzindo para a primeira marcha, mesmo quando eu estava cantando as canções da trilha sonora. Com Need For Speed eu entendia o fato da música não me atrapalhar, pois eu capotava e o carro voltava a milhão, mas em um simulador eu tinha na cabeça que não tinha porque ter músicas, por melhores que elas fossem, e Gran Turismo 2 conseguia ser diferente. Em Forza 6, apesar de não possuir músicas cantaroladas como em GT2, elas possuem um tom de filme de ação misturado com uma dramaticidade ímpar, que faz você ficar ansioso por alcançar logo o primeiro lugar e sentir que aquela música está tocando pra te incentivar, que a música toca para você e para seu sucesso em cada pista. A Turn 10 acertou em cheio neste quesito.

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A personalização dos carros vai de complexa à tranquila. Tudo depende do quanto você quer se aprofundar nas alterações dos veículos.

Temos que dar destaque também para a personalização dos veículos, onde é possível tunar cada carro, adicionar cards de melhorias que deixam o veículo com mais frenagem, mais aceleração, mais tração e muitos outros quesitos importantes. Existem cards que possuem efeitos em determinadas pistas e escolher cada um deles no momento certo é uma estratégia mais do que necessária para se obter sucesso no jogo, principalmente se você é do tipo que gosta de mais desafios e vai desligar muitas das assistências que Forza 6 oferece. Existem cards que tiram a eficácia de algo, mas te recompensa com mais pontos de experiência. Então se você é bom em determinada pista e consegue sair das curvas com vantagem contra os adversários, é aí que você deve usar um destes cards de efeitos inversos para subir mais rapidamente seus pontos de XP.

Pra quem realmente gosta de um bom jogo de simulação, é importante dirigir sem a ajuda do jogo, mas como fazer isso usando um controle do Xbox One e não um volante ultra mega caro? Pois é, me vi neste dilema, já que há anos não compro um destes caros e necessários volantes para simuladores. Então, na tela de ajustes de assistências percebo que o jogo auxilia o jogador a deixar tudo no mínimo possível de ajuda, mas até onde é satisfatório jogar com o controle. Algo como deixar as assistências em 10%, ao invés de desligar tudo e se frustrar com o game. Como a grande maioria dos jogadores vai acabar jogando num joystick e não num volante, achei as opções muito bem explicadas e intuitivas, me fazendo jogar Forza 6 como um exímio simulador, até onde meu cenário me permite. Para quem possui volante, pedais e embreagem, é mais do que recomendável desligar todas as assistências e partir pro treino, pois a jogabilidade será divertida e recompensadora.

OLHA SÓ O PAINEL DESSE CARRO!

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Quer dificuldade? Pilota na chuva manolo.

A jogabilidade é realmente muito boa, mesmo com a visão dentro do carro. Gosto muito de jogar desta forma e adorei a visão interna de Forza 6. Os espelhos funcionam muito bem, adicionando uma pitada de realidade e ajudando no visual do game. Existem também algumas condições que vão te atrapalhar a pilotar bem seu carango, como quando você passa por cima da grama, que geralmente é fácil fácil rodar e perder o controle do carro. Até aí tudo bem, a maioria dos jogos são dessa forma, mas Forza 6 consegue um nível muito bacana quando estamos na chuva. Pode não ser novidade pra muita gente, mas enquanto está chovendo, além da visibilidade ser bastante comprometida, as pistas vão criando poças d’água que fazem o carro perder o contato com o chão e por fim, bater. Então, você acaba precisando decorar onde cada poça está para evitá-las. Talvez o único e maior pecado de Forza 6 é não possuir a mudança climática em tempo real, presente em Project Cars.

A quantidade de conteúdo que Forza 6 oferece é excelente. Além do modo online, que possui por si só seus chamativos próprios – e funciona muito bem -, temos a carreira, que somos jogados nela logo no começo, várias categorias de corridas que devem ser disputadas com determinados carros e também eventos especiais, como o primeiro deles que é correr em Indianapolis em um carro de Fórmula Indy. Apesar da corrida ser bem mais curta que a da vida real, com apenas 7 voltas você sente toda a emoção de estar correndo nesta lendária pista com estes lendários carros. Forza 6 me ganhou neste evento, pois mesmo eu tendo jogado muito Nascar, que usa bastante dos circuitos ovais, como é Indianapolis, nenhum jogo me deixou tão fissurado na tela a fim de ganhar tempo, andar no vaco dos adversários e com tremenda sensação de velocidade, que só é possível porque Forza 6 roda em 1080P e 60 FPS no Xbox One e esta quantidade de frames por segundo para um jogo de corrida é algo excelente!

CAI NESSE CARRO LOCO AÍ VAI!

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Vai vai vai vai vai!

Ao correr, vamos ganhando pontos de experiências gerais, que se aplicam à você como piloto, e a sua experiência com os carros. É empolgante jogar as corridas pensando em fazer bons movimentos, curvas precisas e ultrapassagens legais a fim de conseguir mais experiência. Mesmo se você estiver perdendo a corrida e não conseguir mais chegar entre os 3 primeiros, que te classifica nos eventos, vale a pena terminar a corrida, colher seus pontos de XP e tentar a sorte numa espécie de roleta sempre que você sobe de level. Estas roletas possuem dinheiro do jogo, novos carros bacaninhas e na sua maioria possuem algum carro lendário, que te deixa babando pra ver a roleta caindo nele. Até agora não tive essa sorte.

ENFIM, PORQUE CORREMOS?

Forza Motorsports 6 consegue entregar uma experiência sólida, misturando uma jogabilidade de simulador com um game de corrida de consoles que com certeza vai agradar à gregos e troianos. Com gráficos na medida, não consegue ter um visual de um DriveClub, ficando a sensação de que o Xbox One pode fazer mais, mas a Turn 10 entrega um jogo em 1080P e 60 FPS com efeitos muito bonitos e agradáveis. Com muitos carros pra conquistar, muitos eventos e corridas, narração excelente e condizente com a qualidade do jogo, jogabilidade empolgante e pistas que misturam a realidade com a ficção, como o caso da pista no Rio de Janeiro, temos mais um exclusivo de peso para o Xbox One, que acaba por ofuscar Forza 5, que não era perfeito, mas fazia bem seu papel. No entanto, agora Forza 6 volta a botar a série de simulação nos eixos e só não é perfeito por pequenos detalhes que com certeza veremos melhorados nas próximas versões.

E afinal, porque corremos? Assim como a abertura – linda por sinal – nos diz, não sabemos porque corremos. Será por superação? Para provar que somos os melhores? Testar nossas crenças? Fazer parte de algo maior ou apenas pela paixão que temos pela velocidade? Acho que nunca saberemos ao certo, o único fato é que sempre correremos.


Galeria de imagens e trailer: Forza Motorsports 6

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4 respostas

  1. FORZA 6 NÃO ESTA AO NIVEL DE DRIVE CLUB ????? SÉRIO…KKKKK

    JOGABILIDADE DO DRIVE C. RUIM ..NÃO ..PESSIMA….
    FISICA DO DRIVE C. FICOU NA PRANCHETA DO ENGENHEIRO..AH AH AH AH .

    PROJECT CARS FALTA CHARME??? E A JOGABILIDADE???
    JOGABILIDADE PARECE CAVALO DOIDO VOCE TOCA A DIREÇAO E O CARRO PULA PROS LADOS..

    DESCULPE AI FUI…..JOGAR FORZA..AH AH AH

    1. Nelson, você leu a análise? Você viu a nota que o jogo recebeu? Você por acaso leu que a comparação do Forza e do DriveClub foi referente aos gráficos?

      Muito fanboy hein… É legal gostar de games e de uma marca em específico, mas não precisa exagerar amigão.

      Obrigado por comentar e participar conosco. Volte sempre!

  2. OI GENTE CADE A ANALISE DO ….DO DRIVE CLUB…??????
    QUERIA VER QUAL FOI A NOTINHA…..KKKKKK

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