Análise | Kingdom Hearts 3 é fantástico e facilmente o melhor da franquia

Compartilhe

Kingdom Hearts 3 levou mais de uma década pra sair, mas agora, finalmente, foi lançado para PlayStation 4 e Xbox One. O prometido final da chamada “Saga Xehanort” trouxe diversas emoções, mas a principal delas foi, certamente, o divertimento.

Apesar de não ser perfeito, o game consegue nos levar por uma jornada incrível e extremamente prazerosa. Seja por sua história ou gameplay, Kingdom Hearts 3 consegue inovar e renovar a franquia mais do que seus antecessores poderiam sonhar.

- PUBLICIDADE -

Enfim, que tal começarmos pela parte que todo mundo esperava: como está a história do jogo?

Kingdom Hearts 3 possui uma história corrida, mas emocionante

Como já dissemos anteriormente, o final da Saga de Xehanort era carregado de expectativas. O enredo foi sendo desenvolvido ao longo de mais de uma década. Com isso, muitos que vem acompanhando a jornada de Sora tinham esperanças de ver várias pontas soltas amarradas.

- PUBLICIDADE -

Em resumo, diversas partes do enredo são encerradas, ao mesmo tempo que várias portas para o futuro são abertas. A todo momento vemos que Kingdom Hearts ainda está longe de terminar. Mesmo que a história não envolva mais Xehanort e suas ambições, descobrimos que o universo da franquia é ainda mais vasto.

Cada mundo também conta com seus respectivos mini enredos. Essas histórias abordam os filmes da Disney ou possíveis “continuações”. Por exemplo, o mundo de Operação Big Hero narra eventos que ocorreram depois do filme e isso deixa tudo muito mais interessante. A adaptação de Sora, Donald e Pateta em cada um desses mundos também fica bem natural.

Entretanto, se for pra levantar um ponto negativo, devemos falar da fluidez da história. Não que ela seja ruim, longe disso, mas é acelerada demais em algumas partes. Resoluções que poderiam ter sido feitas ao longo do título são deixadas para o final. O último mundo do game tem tantas reviravoltas seguidas que parece final de novela mexicana. Claro, tudo é muito emocional e o jogador se sente recompensado por ver esses “finais”, mas a coisa toda poderia ter um compasso melhor.

Gráficos magníficos e uma trilha sonora de cair o queixo

A primeira coisa que já captura a atenção de qualquer um no game são os visuais. Nunca Kingdom Hearts esteve tão lindo e amplo. O uso da Unreal Engine 4 foi, definitivamente, um acerto por parte da Square Enix.

Todos os mundos da Disney estão fantásticos, inclusive quase não se sente diferença entre jogo e filmes. Vários vídeos comparativos estão circulando pela internet e é unânime: os mundos do game estão com a mesma qualidade gráfica que os filmes que os inspiraram.

No entanto, tanto poderio tem um custo um pouco caro. Testamos o jogo no PlayStation 4 básico e notamos muitas quedas significativas de frames em diversos pontos do game. Eles não prejudicam a experiência, mas geram um certo incômodo no longo prazo. Isso é notado quando temos muitos inimigos na tela, e não são poucos os momentos em que isso acontece. Nada que um patch não conserte, claro.

E por falar em “concerto”, o que dizer dessa trilha sonora? Mesmo que a franquia seja conhecida por suas músicas fantásticas, o novo jogo conseguiu superar expectativas. Cada tema de batalha possui um ritmo frenético, que contrasta muito bem com os temas de ambiente. Aliás, todos eles remetem muito aos filmes da Disney, mantendo sempre a melhor imersão possível em cada mundo.

Os pontos mais importantes e dramáticos da história e lutas de chefes com certeza merecem destaque nesse quesito. Muitos dos temas de personagens antigos voltam remixados e melhorados em diversos aspectos. A parte de som do jogo definitivamente fez jus à sua excelente reputação.

Jogabilidade de Kingdom Hearts 3 é inovadora

Quando foram revelados os primeiros trailers do título, muitos ficaram fascinados e curiosos com as novas mecânicas de combate. O modo como Sora alterna suas Keyblades e as transforma no meio das lutas é um espetáculo visual. Todos esses efeitos apenas enaltecem o quão divertido o título consegue ser em seus combates.

Em suma, a Square Enix pegou tudo que deu certo em termos de jogabilidade dos títulos anteriores e desenvolveram o sistema mais refinado já visto na franquia. É extremamente satisfatório ver que cada Keyblade é única e possui muito mais do que uma mudança de status. Cada uma das armas de Sora pode se transformar uma ou duas vezes durante os combates e essas mudanças podem ser a diferença entre a vitória e a derrota. Além disso, é muito divertido testar cada uma dessas formas e ver como elas funcionam na hora de enfrentar os inimigos.

Um outro diferencial marcante é que Sora pode ter até três Keyblades equipadas ao mesmo tempo. Isso permite que, caso seja preciso, o jogador alterne entre elas rapidamente, apertando apenas um botão. Com isso, é possível mudar de estratégia no meio do combate, de acordo com a necessidade do momento.

Apesar de tudo isso, você pode estar se perguntando: e se minha Keyblade favorita ficar muito fraca com a progressão da história? Agora é possível melhorar suas Keyblades com a ajuda de materiais especiais. Graças a isso, você pode selecionar as suas favoritas sempre, sem medo que elas fiquem obsoletas.

Existem pontos fracos no jogo?

Além da já mencionada queda de frames,  e do ritmo atrapalhado do enredo, alguns aspectos do jogo poderiam ter sido melhor trabalhados. Um exemplo disso é o modo de “A História Até Aqui” do menu principal. A não ser que tenha jogado todos os games da série e acompanhado a progressão da história, Kingdom Hearts 3 pode ser uma experiência muito confusa. Essa parte poderia ter explicado alguns aspectos da lore de maneira melhor e mais didática. Isso afetou muito àqueles que não tiveram contato prévio com a série.

Infelizmente, mesmo que sejam vastos e cheios de atividades, o jogo conta com poucos mundos visitáveis. Jogadores de longa data podem sentir saudades de lugares como Halloween Town, Radiant Garden e outros. Agora que a Disney também é dona de outras propriedades, teria sido extremamente divertido um mundo de Star Wars ou com os heróis da Marvel.

Além disso, a história termina com um tom meio forçado. Claro, já sabíamos que vão ter outros jogos da franquia, mas ainda assim, poderiam ter feito um final um pouco diferente.

Afinal, vale a pena jogar?

Definitivamente. Mesmo sendo um dos primeiros grandes títulos do ano, Kingdom Hearts 3 se firma como um dos jogos mais divertidos da atualidade. Mesmo com suas falhas, o jogo sempre consegue surpreender de maneira positiva. Certamente valeu a pena esperar 13 anos para jogar esse, que é o melhor título da franquia! Agora é esperar mais 13 anos pelo próximo.

Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

LIVES

TODOS OS DIAS

O melhor conteúdo do mundos dos Games para você! São LIVES diárias com os melhores jogos de luta, Últimos Lançamentos, Notícias, Temporadas da “Guerra das Torres (Mortal Kombat)” e da “Guerra das Ruas (Street Fighter)” com os melhores players do momento e muito mais! É só colar e mandar aquele “Salve”