Mônica e a Guarda dos Coelhos é um novo título da Turma da Mônica, lançado para PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch e PC. A turminha do bairro do Limoeiro continua a história do clássico Mônica no Castelo do Dragão, do saudoso Master System.
A princípio, o jogo pode parecer um pouco bobo, sendo um tower defense básico. Entretanto, o jogo se revela desafiador conforme você avança pelas fases e se vê suando para defender o castelo.
Os objetivos de cada fase são simples: inimigos virão da direita e da esquerda, você deve utilizar canhões para lançar coelhos neles e impedir que destruam os portões.
São vários tipos de munição, personagens jogáveis, inimigos e obstáculos, mas vamos falar deles aos poucos. Por ora, vamos focar na primeira coisa que chama a atenção: o visual.
Mônica e a Guarda dos Coelhos é uma obra em 8-bits
Pra quem se sentia órfão de jogos com um bom visual retrô, Mônica e a Guarda dos Coelhos é um prato cheio. O gráfico do game é algo nostálgico, remetendo muito aos games da era do Nintendinho. Um ponto positivo para esse visual é a facilidade para se identificar na tela. São muitos momentos em que a tela está cheia de coisas acontecendo, mas são poucas as vezes que você se perde. É fácil se adaptar a qualquer uma das fases do título.
Além disso, os visuais também garantem que as sessões de jogo sejam ainda mais longas. É muito difícil cansar a vista com esses visuais leves e ambientes amplos. Também devemos ressaltar o quanto o visual dos personagens se adaptou ao gráfico de maneira natural. E por falar em personagens, que tal falarmos um pouco deles?
A turminha do Limoeiro está em peso!
São 16 personagens jogáveis no título e todos são icônicos. Claro, temos Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali. No entanto, ao longo do gameplay, você pode desbloquear outros como Franjinha, Jotalhão, Bidu, Floquinho e Piteco.
Infelizmente, foi perdida a oportunidade de dar habilidades únicas para cada um desses personagens. Todos eles possuem a mesma velocidade, movimentos e altura de pulo. Imaginem se cada um dos personagens da Turma da Mônica tivessem alguns detalhes levados das páginas dos quadrinhos? Com certeza o jogo ia ficar mais interessante se Mônica pudesse jogar blocos mais longe com sua força descomunal, ou se Franjinha pudesse criar coisas mais rápido que os outros?
Deixar todos em pé de igualdade pode ter sido um tiro no pé e tira um bocado das possibilidades da mesa. Inclusive, isso é um dos fatores que atrapalham um pouco o principal elemento do jogo: a cooperatividade.
Trabalho em equipe é a chave para a vitória (e para a derrota)
O fato do jogo possuir um modo cooperativo faz com que você e seus amigos criem estratégias para vencer as batalhas. É uma dinâmica muito legal ter até quatro pessoas dividindo tarefas e trabalhos em conjunto para derrotar as hordas de inimigos.
Entretanto, nem tudo são flores. É fácil que o mesmo caia em discórdia quando “alguém não cumpre o papel”. A parte engraçada é que isso faz parte da diversão. Mesmo quando um plano não dá certo, é fácil discutir o que deu errado, tentar de novo e seguir adiante.
É bom lembrar que o jogo só tem um modo cooperativo local, ou seja, sem modo online. Além disso, jogar esse game sozinho é uma tarefa extremamente monótona. Para apreciar o título da melhor maneira é melhor reunir os amigos e começar a jogatina.
O jogo não é exatamente perfeito, mas é divertido
Infelizmente, o jogo sofre com a sua maior vantagem. Ele é extremamente divertido quando se joga com amigos, mas jogar sozinho é o extremo oposto. A experiência de se divertir sozinho pelos castelos é inexistente.
Tudo que um jogador no modo solo consegue é frustração. Claro, para os amantes de dificuldade, desafiar esse jogo sozinho em seu modo mais difícil é um prato cheio. Nesse momento você sente um real desafio do jogo, entretanto, não é tão divertido quanto fazer estratégias com seus amigos no sofá.
Esse pode não ser o melhor jogo da história da Turma da Mônica, mas certamente é um passo certo rumo à títulos mais promissores.
