Elon Musk diz que Twitter não revela total de robôs e ameaça desistir da compra
Adicionando mais uma reviravolta à sua oferta de aquisição do Twitter, o bilionário Elon Musk ameaçou desistir da compra de US$ 44 bilhões (R$ 211 bilhões), acusando a rede social de “frustrar” seus direitos de acesso à informação. Ao mesmo tempo, a plataforma também estaria descumprindo suas obrigações e violando termos acordados no acordo de aquisição da companhia.
Em uma carta enviada ao diretor jurídico do Twitter, Vijaya Gadde, em 6 de maio, o representante legal de Musk, Mike Ringler, escreveu que em eventos classificados como quebra de acordo, Elon Musk tem o direito de não honrar seu compromisso de aquisição e “rescindir o acordo de fusão”. A assessoria jurídica de Musk citou a violação do acordo de que o Twitter não forneceu a ele os dados e informações sobre contas de spam que ele havia solicitado.
“O Twitter é obrigado a fornecer dados e informações que Musk solicita em relação à consumação da transação”, argumentam os advogados na carta. Dessa forma, o Twitter estaria quebrando o contrato fechado com o bilionário ao não apresentar as informações solicitadas sobre o número de robôs e contas falsas na plataforma. Segundo o Twitter, menos de 5% de todos os perfis seriam bots, mas Musk não acredita nos números.
O porta-voz do Twitter, Brian Poliakoff, disse que a empresa vem cooperando com Musk e continuará compartilhando informações. “Pretendemos fechar a transação e fazer cumprir o acordo de fusão no preço e nos termos acordados”, escreveu por fim.
Problemas
Vale lembrar que, algumas semanas atrás, o bilionário chegou a suspender o processo de compra da empresa após suspeitar que a quantidade de robôs no Twitter poderia representar até mais de 20% de todos os perfis. Assim, Elon Musk afirma que não pode avaliar corretamente quantas contas são monetizáveis na rede social; algo que afeta diretamente o valor total da compra e as condições do financiamento.
Um dos problemas do grande número de contas falsas ou bots (robôs programados virtualmente) estão nas ações irregulares que elas podem causar na rede social. Esses perfis acabam sendo utilizados para disseminação de fake news (notícias falsas), postagens incitando ódio ou até golpes.
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Fonte: The Verge
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