Faltando poucos dias para o lançamento de Fobia St. Dinfna Hotel, conversamos com os devs do estúdio Pulsatrix
Fobia – St. Dinfna Hotel é o próximo game brasileiro de maior destaque atualmente. Com lançamento marcado para o dia 28 de Junho, Fobia contará com versões para Xbox One, Xbox Series X|S, PS4, PS5 e PC. Visualmente falando, o título parece mais do que promissor. Mas não somente isso, como a primeira demonstração do game já deu o que falar. Logo, este se trata de mais um game que vale a pena ficar de olho.
Antes de continuarmos, confira o trailer do game:
Criado pelo estúdio Pulsatrix, Fobia – St. Dinfna Hotel é resultado de um trabalho árduo. O game se manteve em desenvolvimento ativo desde 2018, completando cerca de 4 anos e meio agora que estamos próximos do lançamento. Originalmente, o estúdio começou com 6 desenvolvedores, e com o passar do tempo, atingiu 18 pessoas envolvidas com a produção. Em adição, até mesmo os fundadores do estúdio trabalham ativamente no desenvolvimento do game.
Dito isso, pude conversar com os desenvolvedores e fundadores do estúdio Pulsatrix. Thiago Matheus, Heitor, Fabio Martins e Marco Majer trouxeram mais detalhes sobre o game e o que o futuro reserva para o estúdio.
Ademais, você pode conferir nossa entrevista na íntegra logo abaixo.
Por que começar com um jogo de terror? E quais seriam as maiores referências para vocês?
A ideia de fazer um jogo de terror se mistura um pouco com a história da Pulsatrix. Inicialmente, antes de existir a empresa, o Thiago estava no processo de criar um portfólio pessoal, e dentre as peças que teriam nele, teve a ideia de fazer um jogo de “escape room” com uma pegada de Survivor Horror. Conforme a ideia evoluiu, o Thiago convidou alguns amigos para ajudar com esse projeto, e assim foi se cultivando o que viria a se tornar hoje o Fobia.
Desde então, o jogo passou por várias reformulações até chegar no estado atual. Grande parte disso por conta do enorme leque de referências que cada um de nós tínhamos para agregar ao projeto. São muitas referências! Apontando as que mais se destacam seriam: O Iluminado (filme), Dark (série) e Resident Evil (jogo).
Conte-nos um pouco mais sobre os elementos reais que estão referenciados de alguma forma no jogo – por exemplo, o local
O jogo se passa no Brasil, com todos os personagens sendo brasileiros. E por isso resolvemos escolher uma cidade daqui para que nos inspirasse a criar a nossa cidade onde se localiza o hotel. O nome da cidade no jogo é Treze Trilhas, e ela é inspirada em uma cidade de Santa Catarina chamada Treze Tílias. Realizamos uma série de pesquisas sobre a arquitetura local e história de imigração dessa região e chegamos à conclusão que seria o cenário ideal para a história que gostaríamos de contar. Mas, apesar disso, todo o é enredo é original e totalmente ficcional, portanto, sem relação com o local.
Como a Unreal Engine 4 facilitou o processo de desenvolvimento do Fobia?
Todos nós incialmente já tínhamos alguma experiência com o motor, portanto, do ponto de vista de afinidade com as funcionalidades do programa, isso facilitou bastante. Por outro lado, outra coisa que serviu bastante ajuda foi a parceria da Epic com a Quixel, que oferece um banco de assets (materiais, modelos, texturas) de forma gratuita para uso comercial. Isso poupou muito tempo de desenvolvimento nosso, além de serem assets de ótima qualidade.
Em Fobia, o jogador passará mais tempo fugindo, atirando ou desvendando enigmas?
A princípio pode parecer que o jogo siga mais a linha de apenas fugir do inimigo ao invés de confrontar, na Demo mesmo logo é apresentado ao jogador as mecânicas da câmera fotográfica e isso pode fazer com que o jogador imagine que a partir dali o jogo seria como acontece no Outlast, mas não.
Assim, tentamos mesclar ao máximo momentos focados nesses três aspectos de fugir, atirar e resolver puzzles. Assim, temos inimigos onde é necessário que você mate para avançar, outros não. Temos inimigos onde em alguns momentos você está limitado a apenas fugir, outros não. E da mesma maneira há puzzles essenciais para avançar, enquanto outros são secundários. Cabe ao jogador decidir qual será seu play style e no geral a maioria das pessoas irão terminar o jogo tendo uma experiência em que isso foi equilibrado.
Com Fobia chegando este mês, é natural que a mentalidade do estúdio seja considerar o que vem a seguir. Nesse caso, qual o próximo passo da Pulsatrix? Já existem ideias em desenvolvimento ativo ou mesmo projetos no horizonte?
Temos já algumas ideias no forno. Mesmo após o Fobia ter alcançado a fase Gold o estúdio não parou. Dia após dia estamos realizando testes e pensando em protótipos, mas, a princípio estamos no aguardo de como será a recepção do público quanto ao Fobia. Este é o principal fator que irá guiar nossos projetos daqui em diante.
E dentro do universo Fobia, existe espaço para uma continuação após o Hotel St. Dinfna?
Muito! O Fobia foi concebido incialmente a partir de seu enredo, então antes mesmo de termos qualquer protótipo jogável, a história do mundo, os acontecimentos pré e pós jogo, os personagens que compõem essa história, já estavam todos ali. Então o que podemos dizer é que já há material para sequências e até spin-offs. Cabe agora ver o que o futuro nos reserva.
Enfim, para mais detalhes sobre o game Fobia, você pode conferir as redes sociais do estúdio Pulsatrix.
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