High on Life traz o humor de Rick and Morty para os videogames – Análise | Review

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Um jogo do criador de Rick and Morty

High on Life foi anunciado de surpresa durante o evento do Xbox em junho de 2021, chamando muita atenção por trazer armas falantes, planetas alienígenas, mas também por ser desenvolvido pelos criadores da cultuada série Rick and Morty.

Desenvolvido pela Squanch Games, conhecidos por títulos como Accounting e Trover Saves the Universe, o FPS estreou oficialmente no dia 12 de dezembro no Xbox Series X/S, PC e Cloud, via Game Pass.

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Mas afinal, será que o jogo é tudo isso mesmo? Me acompanhe e descubra se High on Life é tão cativante quanto Rick and Morty!

Sem localização em PT-BR não dá

High on Life

É fato que o público brasileiro é um grande consumidor de Rick and Morty. A série é bastante conhecida no país e, após muitos conhecerem a existência de um game dos criadores desta obra, houve muita curiosidade. Infelizmente, diferente da série da Adult Swim, High on Life não possui localização em PT-BR, seja na dublagem e nas legendas.

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Tal ausência fez com que a imersão de seus diálogos cômicos e ácidos perdesse todo o impacto, pelo menos para os jogadores que não dominam os idiomas disponíveis no game. Particularmente, deixar o Brasil de fora desta experiência foi uma tamanha falta de atenção, para se dizer o mínimo. Afinal, muitos esperavam que o título fosse lançado com o nosso idioma local.

Pelo tamanho do Brasil dentro do mercado de games, é difícil entender como os estúdios de hoje (e a Nintendo se inclui nisso) não se esforcem para oferecer tal recurso. Dito isso, High on Life perdeu uma grande chance de ser adorado pelos jogadores do país.

Mas o que é High on Life?

high on life

Em High on Life, controlamos um personagem – que pode ser do gênero masculino ou femino – recém saído do ensino médio, sem emprego e sem ambição. No entanto, tudo muda quando um cartel alienígena invade a Terra, que diz que a humanidade é a droga “mais forte” do cosmos. Assim, cabe a você e a um grupo de armas carismáticas e falantes derrotar o cartel de drogas alienígenas do G3 e salvar a humanidade.

De antemão, a história de High on Life é totalmente despretensiosa e despreocupada. A ideia de um cartel de drogas alienígenas pode não fazer muito sentido a princípio, já que inesperadamente o jogador se torna um caçador de recompensas intergaláctico. No entanto, o que melhora a experiência são as armas cômicas e o humor ácido cheio de sátiras do jogo, algo característico da série Rick and Morty.

Portanto, não se preocupe com a narrativa do título, já que ela é o que há de menos importante dentro do jogo.

As armas falantes são as grandes protagonistas da experiência

As grandes estrelas de High on Life são as armas falantes. Cada arma possui seu design, temperamento e forma de interação quando o jogador decide usá-las. Por exemplo, há uma mais tagarela e outra mais contida. Porém, as linhas de diálogo que cada uma possui são de um carisma sem igual – o que serve de uma grande válvula de escape para a experiência limitada e repetitiva que o gameplay de High on Life oferece.

Em suma, há sempre boas piadas vindo delas, momentos engraçados e palavrões que a gente não espera acontecer. Porém, minha única ressalva está na decisão de não dar voz ao nosso personagem. Eu até entendo a escolha de silenciá-lo para dar imersão e protagonismo ao jogador, porém seria excelente ver uma troca de ideias e discussões entre as armas e o jogador.

Cansativo para um dedéu

Como destacado acima, o grande ponto positivo de High on Life está nas armas falantes que controlamos. Porém, se o jogo tivesse alguma opção de “calar a boca” delas, não sei o que seria do título. Embora High on Life tenha um level design criativo – que é bem aproveitado em alguns momentos – jogar é algo cansativo.

A estrutura de suas missões nos colocam em cenários artisticamente bonitos, porém o que está inserido neste espaço é repetitivo. E, embora possuam um perímetro extenso, não há muito o que se explorar, a não ser buscar baús com moedas para você usar na compra de equipamentos.

Ou seja, tudo é muito simples e linear, e isso só piora com a repetição de inimigos ao longo do gameplay. No entanto, para compensar esta limitação, as batalhas contra os chefes trazem um desafio mediano e inimigos com designs criativos, porém, não ofuscam a experiência limitada e cansativa que o game entrega do início ao fim.

Mas afinal, High on Life é tudo isso mesmo?

High on Life é uma experiência que sobrevive graças ao seu excelente roteiro cômico e ácido. E, se o título não tivesse este grande ponto positivo, sua experiência seria uma tragédia graças a um gameplay limitado e cansativo.

Além disso, a falta de uma localização em PT-BR coloca High on Life ainda mais fora do alcance dos jogadores brasileiros e dos fãs de Rick and Morty, que podiam facilmente apreciar os belos diálogos presentes no game.

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