Jogamos! Resident Evil 2 Remake é a reimaginação de um clássico

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Resident Evil 2 Remake faz um ótimo trabalho em reimaginar um clássico

A primeira coisa a se dizer sobre Resident Evil 2 Remake é que não se trata de uma conversão nos moldes de Crash Bandicoot N.Sane Trilogy. Não se trata de um jogo recriado fielmente com gráficos atualizados. Trata-se de uma reimaginação. A nova versão expande áreas e conceitos do game de PS1, quase como o que aconteceu com o remake do primeiro RE.

A demo começa com o então novato Leon Kennedy no hall da delegacia de Raccoon City. Embora seja uma área familiar para qualquer um que tenha jogado o clássico, não demora nada pra perceber que muito foi modificado. No original, o cartão que abre as primeiras portas é dado por Marvin, o policial negro que está ferido. Agora, esse cartão não existe mais e Leon precisa explorar uma área inédita para encontrar um outro policial. E bem, digamos que ele tem um fim não lá muito agradável. Algo envolvendo perda de partes BEM importantes do corpo.

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A propósito, Marvin também reaparece. A interação entre ele e Leon é menos superficial que no clássico. O realismo das expressões faciais e a escolha de melhores dubladores permitem um senso de urgência e uma carga dramática mais acentuada às situações que os personagens enfrentam.

A mudança de câmera

O game adota a câmera dinâmica por cima do ombro. Ela é similar a que vimos em RE 4, 5 e 6. Não pensem, porém, que Resident Evil 2 Remake foi transformado em game de ação. Se a câmera fixa dos originais ajudava a esconder as possíveis ameaças, neste há ambientes completamente escuros, quase impossíveis de serem atravessados sem uma lanterna. O eventual ranger de objetos e demais ruídos estranhos contribuem no clima claustrofóbico. Tudo isso garante que o horror de sobrevivência continue intacto. O que também significa outra coisa: o desperdício de munição precisa ser evitado.

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Com o poder da RE Engine, usada pela primeira vez em RE7, os zumbis parecem realmente ameaçadores. O gore pode até causar um certo desconforto. Desde vísceras até cabeças dilaceradas, nunca a série mostrou carne humana que parecesse tão real. Também é impressionante notar como os danos são aparentes nos zumbis e até no próprio Leon. Buracos são permanentes independente da área em que o zumbi tome o tiro. Ao atacar com a faca, até a roupa do morto-vivo vai ser cortada. E quando um deles ataca, além do zoom dramático para o momento, as marcas de mordida ficarão no personagem.

Aliás, a faca também pode servir como item de defesa, similar ao visto em RE remake. Para se desvencilhar de um ataque, Leon pode cravar a lâmina na cabeça do zumbi e poderá pegá-la de volta assim que o matar. E se prevenir é melhor que remediar, um tiro bem dado no joelho pode até arrancar a perna do infeliz. Assim ele não terá outra alternativa a não ser rastejar pelo chão.

Tudo diferente, com velhas mecânicas conhecidas

Demais elementos reconhecíveis da série estão lá. Ervas de cura, a combinação de itens e a máquina de escrever para gravar o jogo são partes do game.

Apesar de curta, a demo deixou clara o aspecto desta reinvenção de Resident Evil 2. Até o momento tudo parece uma sequência de decisões acertadas: reimaginar ao invés de recriar, câmera dinâmica ainda que mantendo o horror, oferecer uma sensação de familiaridade com um twist novo e manter o que se considera intocável. O que fica no final é um contraditório sentimento de querer saber mais ao mesmo tempo do desejo de ser surpreendido com o resto do jogo.

A Capcom pode até ter ficado em silêncio absoluto desde que anunciou o início do projeto há 3 anos. Mas o que ela está prestes a entregar indica que a espera terá valido a pena.  

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