Like a Dragon: Infinite Wealth – Review

Like a Dragon: Infinite Wealth

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Em 2020, a RGG Studio tomou a decisão de levar sua popular franquia, conhecida por seu aspecto beat’em up, para o gênero de RPG com combate em turnos. Yakuza: Like a Dragon foi um experimento que injetou um novo fôlego na série, que há anos seguia uma fórmula bastante repetida.

Com a excelente recepção de Yakuza 7 (2020) pelos fãs, o novo título da franquia mantém a fórmula de seu antecessor e expande os conceitos de RPG e seu combate em turno. Like a Dragon: Infinite Wealth representa o amadurecimento da franquia no gênero RPG, embora o desgaste gráfico comece a se tornar perceptível.

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Previsto para chegar ao mercado em 26 de janeiro de 2024, nas plataformas PS5, PS4, Xbox Series, Xbox One e PC, Like a Dragon: Infinite Wealth é tudo isso mesmo?

Nova aventura repleta de confusão e porradaria

Like a Dragon

Passando alguns anos após os eventos de Yakuza: Like a Dragon, Ichiban Kasuga recomeça sua vida trabalhando na Hello Work, uma agência de trabalho temporário, onde se esforça para dar uma segunda chance para ex-yakuzas após os acontecimentos do jogo anterior.

Contudo, o que parecia ser um recomeço, acaba levando Kasuga novamente a uma nova aventura repleta de confusão e confrontos, desta vez, fora do Japão, no Havaí. Vale destacar que, se você não jogou o game anterior, não há problema, pois grande parte da jornada de Kasuga ocorrerá no Havaí. A continuação se esforça para manter o jogador atualizado com os eventos que antecederam o jogo, mesmo que desconheça os eventos do título anterior.

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Para aqueles que jogaram o título anterior, muitos elementos são herdados, com a presença de rostos familiares e uma Yokohama mais digital do que em 2019. A narrativa incorpora elementos atuais, como o uso de redes sociais, o termo “viralizar”, criadores de conteúdo, o fenômeno do cancelamento e a popularidade do serviço de entrega.

Similar ao seu antecessor, Infinite Wealth começa de forma lenta, mas de maneira carismática, preparando os jogadores para a jornada no Havaí, cuja motivação não será detalhada aqui. A escolha deste lugar paradisíaco como cenário revela a intenção do estúdio de inovar em sua temática, explorando uma nova cultura e criando um novo design de mundo com uma atmosfera mais tropical e turística.

Em resumo, a narrativa de Like a Dragon: Infinite Wealth está repleta de reviravoltas, momentos carismáticos e marcantes. Além disso, explora ainda mais seus personagens, enquanto aproveita para fazer críticas às más práticas do povo havaiano em relação aos japoneses.

Em Infinite Wealth, o Havaí não é o paraíso como muitos dizem

Like a Dragon: Infinite Wealth

Agora chegamos ao grande ponto de destaque de Yakuza: Like a Dragon – Infinite Wealth, que estabelece a franquia como um JRPG de grande envergadura. Isso é alcançado por meio de sua abordagem agressiva nas missões secundárias e nas mecânicas de combate. Em relação ao combate, o experimento iniciado em 2020 expandiu-se, incorporando adições que tornam o combate por turnos ainda mais fluido e interativo, afastando-se de uma abordagem mecânica. Novas animações ocorrem durante os combates, com novas combinações de golpes integrando o cenário como uma extensão dos ataques. Além disso, é possível utilizar objetos do ambiente, e os inimigos podem ser atingidos por veículos que trafegam pelas ruas durante os combates no Havaí.

Se o tom lúdico foi o grande atrativo deste novo capítulo de RPG, Infinite Wealth se entrega completamente à criatividade, proporcionando momentos engraçados e repletos de originalidade com o toque característico japonês.

O conteúdo secundário é o ponto alto deste novo título e, de fato, destaca-se em toda a experiência de Infinite Wealth. As missões secundárias são inseridas durante o progresso das missões principais, promovendo uma abordagem de “farmar” e subir de nível de forma indireta, preparando os jogadores para estágios mais avançados da campanha que exigem um nível mais alto. As masmorras, por exemplo, são introduzidas pela primeira vez como parte de uma missão principal e, posteriormente, tornam-se uma atividade secundária.

Dessa forma, Infinite Wealth integra missões secundárias ao longo da campanha, mantendo a coerência com o contexto da trama principal.

Um jogo dentro de um jogo

Há uma quantidade significativa de missões secundárias com histórias inéditas, incluindo o retorno de ícones do jogo anterior, como os Sujimons, uma paródia de Pokémon. Contudo, o destaque absoluto no avanço do conteúdo secundário é a introdução da Ilha Donkodo. Esta ilha é, na verdade, um novo jogo dentro de Like a Dragon: Infinite Wealth, oferecendo mecânicas de construção semelhantes a jogos como Minecraft.

Dentro da Ilha Donkodo, os jogadores participarão de atividades de construção, semelhantes a jogos de fazendinha, onde deverão montar um resort e ajudar os moradores a combater a ameaça de invasores que estão ameaçando a ilha. Se você aprecia esse tipo de abordagem, ficará satisfeito com as mecânicas de construção, criação, pesca, coleta e muitas outras.

A Ilha Donkodo é uma experiência separada do RPG principal de Infinite Wealth e certamente atrairá um novo público.

Mas nem tudo são flores…

like a dragon: infinite wealth

Apesar de se destacar pelo combate e pelo extenso conteúdo secundário, a apresentação visual de Infinite Wealth reflete um notável cansaço, em parte devido ao fato de o JRPG ser lançado também para consoles da geração anterior (PS4 e Xbox One).

Além disso, como consequência de trazer uma abordagem mais densa e expansiva, a experiência visual de Infinite Wealth é marcada por NPCs repetitivos, objetos e veículos aparecendo e desaparecendo de forma abrupta, além de uma notável disparidade na qualidade das animações e no jogo em si.

Tornou-se evidente que o estúdio optou por dar mais detalhes e profundidade aos personagens principais, enquanto a maioria dos NPCs possui um design tosco e de baixa qualidade. Durante a exploração, as sombras de certos objetos ganham qualidade à medida que nos aproximamos, e NPCs e veículos costumam desaparecer e aparecer de forma aleatória. Todos esses elementos contribuem para uma física ultrapassada, com movimentos mecânicos e não suaves, resultando em cenas toscas e robóticas.

Em resumo, isso serve como um alerta para a franquia, que há anos vem utilizando este motor gráfico, e reutilizá-lo em um escopo maior resultou em uma apresentação visual que deixou a desejar.

Mas afinal, Like a Dragon: Infinite Wealth é tudo isso mesmo?

Like a Dragon: Infinite Wealth se consolida como uma experiência de RPG com sua vastidão em conteúdo secundário e um sistema de combate por turnos que veio para ficar. Sua narrativa é um misto de reviravoltas, com a RGG Studio estabelecendo uma visão clara para o futuro da franquia.

No entanto, o cansaço gráfico persistente é uma presença negativa que compromete a imersão que o mundo tenta proporcionar.

Em resumo, Like a Dragon: Infinite Wealth é uma excelente experiência de RPG (passando de 50 horas na campanha principal, além do conteúdo secundário) que reflete o estado atual visual da franquia, indicando a necessidade de uma mudança. Se vale o investimento? Se você procura uma experiência longa e repleta de conteúdo, este JRPG tem muito a oferecer e consumirá horas da sua vida.

Like a Dragon: Infinite Wealth: Mais um gigante game da Sega dentro do universo do antigo Yakuza, que com nome de Like a Dragon rompeu barreiras e entrega mais uma grande experiência, que mesmo com alguns elementos como o gráfico que poderia ser melhor, mostra que conteúdo não falta. Jão

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von 10
2024-01-23T12:37:14-0300

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