O gênero souls-like foi uma das grandes criações dentro da indústria de games. Nascido com um subgênero do RPG em 2008, com Demons Souls, este estilo de gameplay criado por Hidetaka MIyazaki passou por inúmeras mutações até ganhar uma forma cristalina e se tornar um gênero universal, e atingir sua massificação em 2022, com Elden Ring. Entretanto, se o souls-like foi algo atípico dentro da indústria de games, podemos estar diante de um fenômeno idêntico, com “Monster Hunter-like”.
O termo nada oficial foi nomeado por sua característica única em games da franquia Monster Hunter, que consiste na caça de criaturas de forma solo ou cooperativa. Com a natureza de estilo de jogo japonês, a franquia é uma febre no Japão e passou inúmeros anos presos em consoles da Nintendo, porém, Monster Hunter World quebrou este paradigma.
Monster Hunter World globalizou a franquia
Como forma de aumentar ainda mais o nicho de jogadores, a Capcom lançou a franquia enraizada no território japonês para ocidente nas plataformas da PlayStation, Xbox e PC. Como era de se esperar, o resultado desta decisão resultou em uma popularidade incrível, que rendeu ao game a marca de mais de 20 milhões de unidades vendidas desde sua chegada ao mercado, somadas as mais de 10 milhões de unidades de sua DLC “Iceborne”, lançada em 2019.
O sucesso sem precedentes de Monster Hunter World se tornou algo marcante dentro da indústria e um caminho oportuno para a Capcom no investimento na franquia. Sobretudo, a chegada de MHW e a ideia da Capcom de entregar sua popular série para o resto do mundo influenciou a criação de novos títulos que respiravam de seus conceitos.
Monster Hunter-like pode ter o mesmo caminho que o Souls-like
Com a popularidade de MH no ocidente, novas IPs surgiram com o espectro da dinâmica de caçar criaturas gigantes em cenários vastos com personagens customizáveis. Contudo, era algo genérico e sem muito alarde. Dauntless, por exemplo, lançado em 2019 e desenvolvido pela Phoenix Labs, trouxe uma experiência caricata e não conseguiu conquistar a atenção do público.
De todo modo, há um movimento se formando e Wild Hearts, novo jogo da EA Originals em parceria com Koei Tecmo, é uma grande evidência que o “Monster Hunter-like” pode se tornar um novo subgênero.
Desenvolvido pela Omega Force, conhecida pela franquia Dynasty Warriors, este título traz tudo que a franquia Monster Hunter tem, porém com a implantação de mecânicas de auxílio para os jogadores. Embora a EA e a Omega Force não vejam por este lado, é indiscutível a influência de MH para o título. Afinal, a franquia é a ‘galinha dos ovos de ouro’ da Capcom e se tornou um grande sucesso entre os jogadores. E é claro que a indústria verá como tendência.
Além de Wild Hearts, que chegará em fevereiro deste ano, a Guerrilla Games confirma que está trabalhando em projeto multiplayer de Horizon, que ainda não fazemos ideia do que se trata. Contudo, as más línguas sugerem que este terá uma experiência similar à Monster Hunter, com a presença de inúmeros jogadores caçando as famigeradas criaturas metálicas.
Em suma, com todas estas evidências é nítido que este estilo de jogo criado por Monster Hunter está se massificando, e prova disso são as vendas colossais de outros títulos da franquia, como MH Rise e Stories 2. Sobretudo, é certo que a indústria também está vendo este destaque e se interessando pelo gênero, e Wild Hearts é um grande exemplo disso.
Eis o nascimento de concorrentes para Monster Hunter
Vale destacar: tudo aqui não passa de uma previsão. Então, não leve todas essas informações ao pé da letra, mas também não descarte a possibilidade. Só saberemos se, de fato, estaremos diante do nascimento de um um fenômeno idêntico ao que o Souls-like foi para a indústria, após o lançamento de Wild Hearts e a chegada do multiplayer de Horizon – e que fim ambos poderão conquistar.
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