Cyberpunk 2077 tratará a nudez de uma maneira diferente
A nudez nos games não é algo novo. Já vimos em vários outros jogos, mas em Cyberpunk 2077, tem uma explicação interessante.
Essa é uma discussão bem polêmica, pois cabe questionamentos para entendermos os objetivos das coisas. Antigamente, simplesmente colocavam e por mais que tivesse contextualizado, não ficava tão claro.
A nudez grátis pode incomodar as pessoas, principalmente num tempo de muitas discussões fervorosas sobre esse tema. Foi então que a CD Projekt Red tratou de explicar antes mesmo do alarme manchar a imagem do jogo. Para quem não lembra, a CD desenvolveu o fabuloso The Witcher, o qual tem cenas bem picantes. Segundo a empresa, em Cyberpunk, veremos nudez total, ou seja, irá bem mais longe que o bruxão e suas aventuras com as garotas.
Segundo os produtores, a nudez não será propositadamente para chocar os jogadores. Muito menos para impor qualquer mensagem. A CD revela que nesse universo, o corpo humano não é mais o “templo sagrado”, pois foi modificado absurdamente. Todo mundo mexe aqui e ali, tentando aprimorar seus sentidos.
O diretor do novo game da CD, Adam Badowski, disse em entrevista ao polygon sobre essa profanação do corpo. “A nudez é importante para nós por uma razão. É um jogo cyberpunk, portanto as pessoas melhoram os seus corpos. O corpo já não é sagrado; é profano. As pessoas modificam tudo, estão perdendo a ligação com o corpo, a carne. É por isso que usamos a nudez em muitas situações.”
Durante a E3, algumas cenas explicitas estavam com os órgãos genitais tapados, mas não será assim na versão final. Essa censura foi uma escolha do estúdio para evitar discussões desnecessárias sem uma devida contextualização.
“Durante a apresentação não queríamos as pessoas pensando nisso e rindo. É normal! A nudez torna o jogo mais crível; é por isso que queremos tê-la. Não existe nada de especial nisso.”
Não tenho dúvidas que ainda haverá discussões e tentativas de censura sobre isso. Acontece que esse tema está, cada vez mais, sendo discutido e abordado, o que diminui um pouco o tabu. Videogame não e mais brinquedo de criança há muito tempo, portanto, assim como em filmes, livros, é uma mídia que ganha espaço também por algumas posições ousadas. Acho válido termos obras cada vez mais intensas e que tratem alguns tabus com normalidade, justamente para quebrar essa casca. Claro que a responsabilidade numa ideia assim é redobrada, o que acredito que a CD tem de sobra.
