Masocore um subgênero presente nos videogames
Você já ouviu falar no termo ‘masocore’ nos videogames? Vamos lá, você já jogou um game bastante difícil e apelativo? Títulos como Super Meat Boy, I Wanna be the Guy, Spelunky e entre outros exemplos representam bem o conceito de games masocore por sua dificuldade extrema e levels designs impossíveis de serem concluídos.
Assim, nascido com intenção de trazer a nostalgia dos títulos clássicos, como Castlevania, Mega Man e Ghosts n’ Goblins, o termo que mistura as palavras “masochism” (“masoquismo”, em inglês) e “hardcore” (outro termo em inglês, que significa o comprometimento intenso ou devoto a alguma coisa) se tornou popular em 2008 pela blogueira Anna Anthropy ao comentar alguns posts em um fórum, onde definiu masocore como “um jogo que brinca com as expectativas de quem joga e com as convenções do gênero de jogo que se acredita conhecer”.
Mas o que diferencia o Masocore do Souls-like?
O termo masocore não é tão falado no mundo dos games, principalmente após a FromSoft criar seu próprio gênero em 2009 com o ‘Souls-like’. Desde então, todo game que apresente um level design desafiador com a presença de inimigos e chefes também desafiadores onde nos farão morrer incansáveis vezes é tido como um Souls-like. Contudo, há uma distinção entre esses dois termos.
O masocore são principalmente sidescrollers 2D, remetendo aos jogos de plataforma rígidos retro da Nintendo, embora a definição também englobe, em pouquíssimos casos, jogos totalmente 3D de alta dificuldade, como souls-likes. Já o souls-like, por sua vez, trazem uma seleção de classes, checkpoints espalhados pelos mapas e um sistema de atributos alimentado por uma moeda específica. Por fim, o gênero atualmente se tornou grande referência em títulos 2D e 3D oferecendo experiências distintas e criativas das quais vimos na franquia Souls, Bloodborne, Sekiro e recentemente com Elden Ring.
O masocore será representado por um título AAA em 2023
Depois de muito tempo por trás das cortinas – pela globalização do souls-like – o masocore será representado no próximo título da Team Ninja, criadora da franquia Ninja Gaiden e Nioh, Wo Long: Fallen Dynasty. Wo Long foi anunciado no evento do Xbox e da Bethesda deste ano e, segundo a Koei Tecmo, será um ‘masocore’ com muitos elementos fantasiosos, além de uma excessiva dificuldade.
Dito isso, não é de hoje que a Team Ninja cita o masocore em suas produções. Em 2017, o diretor de Nioh (2017), Fumihiko Yasuda, afirmou que pretendia que o jogo fosse um masocore, então durante o desenvolvimento evitou tornar o jogo fácil.
“Acreditamos que ‘simplificado’ é a melhor expressão. Estamos cientes de tais vozes alegando que ao melhorar os controles e a câmera, o beta pareceu ‘fácil’ para os veteranos da demo alfa, então é por isso que incorporamos missões ‘crepúsculo’ tanto no beta quanto no produto final. Nioh deve ser um jogo masocore, então durante o desenvolvimento, conscientemente evitamos tornar o jogo fácil.”
De fato, a franquia Nioh é muito desafiadora e em alguns aspectos supera os títulos da Fromsoft. Dito isso, com Wo Long, a Team Ninja mergulhou de vez no subgênero e a fará de seu vindouro título uma experiência que represente bem o masocore e tonre esse subgênero mais evidente no mundo dos games.
Wo Long: Fallen Dynasty chega em 2023 para PS5/PS4, Xbox Series/ Xbox One, no Day One via Game Pass, e PC.
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