Jogo estreará em janeiro de 2024
A tentativa da Ubisoft de reviver Prince of Persia não ocorreu exatamente como planejado, com Prince of Persia: The Sands of Time Remake tendo que reiniciar o desenvolvimento e, como resultado, ainda distante do lançamento. Contudo, os fãs da franquia terão algo para aguardar em um futuro relativamente próximo. Em julho deste ano, a publisher anunciou Prince of Persia: The Lost Crown, um novo jogo de plataformas 2D de ação e aventura side-scrolling que promete retornar à fórmula clássica da série com diversos elementos modernos.
O jogo se passará no Monte Qaf, um local “outrora maravilhoso”, inspirado na mitologia persa, que se tornou “amaldiçoado e hostil”. Os jogadores explorarão um mundo feito à mão em seu próprio ritmo, apresentando uma variedade de biomas altamente detalhados, cada um com sua própria identidade, maravilhas e perigos, como a majestosa Cidadela do Conhecimento e as paisagens coloridas da Floresta Hircaniana.
Com cenários expansivos e mudanças de biomas que proporcionam uma verdadeira sensação de exploração, os jogadores assumirão o papel do protagonista Sargon, membro de um grupo de guerreiros de elite conhecidos como Os Imortais. Enviados ao Monte Qaf para resgatar o Príncipe Ghassan, eles descobrirão que “o próprio tempo será um inimigo traiçoeiro e que o equilíbrio do mundo deve ser restaurado.”
O Combo Infinito teve a oportunidade de entrevistar Joseph-Antoine Clavet, Líder Cinematográfico do jogo, e trouxemos mais detalhes interessantes sobre este aguardado título, que estreará em 18 de janeiro de 2024 para PC, PlayStation 5, Xbox Series X|S, Nintendo Switch, PlayStation 4 e por fim, Xbox One.
Um jogo desafiador, mas pensado para todos os públicos
A Ubisoft já afirmou anteriormente que os jogadores poderão adquirir novos poderes de tempo e desbloquear habilidades adicionais para utilizar em combate e desafios de plataforma. O combate acaba descrito como um sistema “profundo e envolvente”, permitindo aos jogadores desencadear uma variedade de combos contra “inimigos míticos, chefes gigantescos e armadilhas cruéis”.
Assim, questionado sobre a decisão de tornar o jogo desafiador e como isso contribui para a experiência do jogador, Joseph comentou:
“Nós projetamos o jogo para oferecer funcionalidades que permitem a combinação de poderes, super habilidades, e expressão do estilo de jogo individual para derrotar inimigos e chefes desafiadores que inserimos no jogo. Assim, queríamos que a experiência fosse acessível, tanto para jogadores experientes no gênero quanto para novatos. Desenvolvemos diversas características e implementamos medidas para acolher pessoas menos familiarizadas com este tipo de jogo.
Se você experimentou a demo, perceberá que o jogo possui dois modos. O primeiro é o modo de exploração, projetado para apresentar menos informações no mapa, proporcionando uma sensação maior de descoberta e exploração. Reconhecendo que isso pode ser um desafio para alguns jogadores, incluímos um modo guiado que fornece, por exemplo, o próximo objetivo no mapa, facilitando a memorização e compreensão.
Assim, temos um jogo desafiador, porém equitativo, que também incorpora recursos de acessibilidade para proporcionar uma experiência adaptável a diferentes preferências.”
Um mundo vivo e cheio de caminhos para explorar
Prince of Persia: The Lost Crown apresenta um mundo de jogo interconectado, repleto de salas e áreas secretas, bem como locais que podem acabar desbloqueados ao atender a determinados critérios. Os jogadores podem esperar que os quebra-cabeças desvendem segredos, abrindo salas ocultas e concedendo novas habilidades. Segundo Joseph, o Monte Qaf é um vasto mundo com marcos gigantescos, biomas detalhados e uma riqueza de maravilhas, perigos e tesouros.
Assim, ao indagar sobre como a verticalidade, a diversidade de biomas e os cenários impactam a sensação de exploração e a jogabilidade em Prince of Persia: The Lost Crown, Joseph respondeu:
“Acreditamos que é fundamental instigar a curiosidade dos jogadores em diferentes níveis. Seja ao descobrir os biomas, explorar as interconexões da estrutura metroidvania ou ficar intrigado com as possibilidades de retorno e desbloqueio de caminhos. Tudo isso integrado à narrativa e à história. Para alcançar esse objetivo, criamos grandes pontos de interesse que mantêm o jogador constantemente pensando nas possibilidades e em maneiras de retroceder, tudo de maneira intuitiva.
Além disso, adicionamos um elemento crucial para a sensação de exploração: não há apenas uma trajetória linear para seguir na história. O jogo oferece numerosas side-quests, permitindo que os jogadores descubram mais sobre personagens, lugares pequenos e, evidentemente, surpresas.”
Altas expectativas
Prince of Persia é uma franquia historicamente significativa nos videogames, e, mesmo diante do tumultuado desenvolvimento do remake de The Sands of Time, The Lost Crown assume os holofotes como um projeto de escala e orçamento mais modestos, sugerindo ser o retorno grandioso que a série tanto precisa e merece.
Dessa forma, sabendo que o jogo foi destacado pela mídia brasileira como um dos mais aguardados de 2024, perguntamos a Joseph quais são suas expectativas em relação ao desempenho do jogo no mercado brasileiro:
“Este jogo deve atrair diferentes tipos de jogadores, desde os fãs de metroidvania até novatos. Não sou um especialista em marketing, mas tenho certeza de que, aconteça o que acontecer, seremos bem recebidos pelos jogadores. Uma parte de mim está tanto curiosa quanto interessada na comunidade de speedrunning. O que eles farão com esse jogo? Sempre tivemos em mente que o jogador possa se expressar e jogar o jogo como desejar, seja explorando, resolvendo quebra-cabeças ou aproveitando o sistema de combate.”
“Então, como um direcionamento, acredito que o jogo se sairá muito bem. Até agora, parece que a comunidade está bastante interessada e curiosa sobre o jogo, o que nos deixa muito felizes.”
