Jogo levará os jogadores ao Monte Qaf, um mundo imaginário inspirado na mitologia persa
Embora tenha surgido nos games no longínquo ano de 1989, a franquia Prince of Persia, da Ubisoft, atingiu seu ápice de popularidade entre o início e meados dos anos 2000, notadamente com a trilogia de jogos das Areias do Tempo – composta por The Sands of Time, Warrior Within e The Two Thrones – que se tornou um sucesso na sexta geração de consoles (PlayStation 2, Nintendo GameCube e Xbox), vendendo mais de 14 milhões de cópias.
Entretanto, nos anos seguintes, as tentativas da publisher de revitalizar a popularidade da franquia mostraram-se infrutíferas, seja com o reboot de Prince of Persia em 2008 ou com o título The Forgotten Sands, situado entre os eventos de The Sands of Time e Warrior Within. Este “resgate”, no entanto, parece que virá por meio de Prince of Persia: The Lost Crown, um jogo anunciado este ano que claramente não possui o mesmo orçamento de um AAA da Ubisoft, mas apresenta sinais de que será um excelente título de ação e aventura 2.5D com elementos de Metroidvania.
O Combo Infinito teve a oportunidade de entrevistar Joseph-Antoine Clavet, Líder Cinematográfico do jogo, e trouxemos mais detalhes interessantes sobre este aguardado título, que chegará em 18 de janeiro de 2024 para PC, PlayStation 5, Xbox Series X|S, Nintendo Switch, PlayStation 4 e Xbox One.
Fórmula familiar, mas com uma narrativa profunda
Já se passaram 13 longos anos desde a última vez que os fãs jogaram um novo jogo Prince of Persia, e durante esse período, muitos expressaram seus desejos mais profundos por uma hipotética próxima entrada na série. Enquanto alguns ansiavam por um retorno aos gráficos 3D que The Sands of Time oferecia, outra parcela da base de fãs esperava por um verdadeiro retorno às raízes. Prince of Persia: The Lost Crown parece que finalmente poderá atender a ambos os desejos.
Situado na misteriosa região do Monte Qaf, toda a jogabilidade do título da Ubisoft Montpellier ocorre em cenários 2D, assim como nos primeiros jogos da franquia, mas com combates mais intensos e ágeis. Puzzles desafiadores, exploração por meio de plataformas e combates estão totalmente presentes aqui, mas em nosso teste, também percebemos que a narrativa é muito mais profunda do que imaginávamos, algo incomum em jogos deste gênero.
Ao ser questionado sobre o principal objetivo por trás dessa rica narrativa, o diretor respondeu:
“Queríamos uma estrutura narrativa sólida para este jogo, porque, muito além da jogabilidade, a história é fundamental, e o jogador se conecta à nossa narrativa, conecta-se com Sargon e sua jornada.
Então, construir uma história com a qual o jogador pudesse realmente se conectar com Sargon foi muito importante para nós. Muitas de nossas influências vêm, obviamente, das antigas lendas persas e seus mitos. Foi aí que nos inspiramos muito e dissemos que queríamos criar algo único.
Assim, não buscamos criar algo historicamente preciso, mas sim algo que se assemelhasse a uma história de jornada épica na qual o jogador pudesse se envolver completamente.”
Uma visão inédita de Prince of Persia
Não se pode viver apenas de remasterizações, e enquanto o aguardado remake de The Sands of Time ainda está em processo, o designer destaca como os elementos fundamentais da série foram modernizados em The Lost Crown. O novo jogo, essencialmente um Metroidvania, incorpora também elementos soulslike nos combates contra inimigos comuns e chefes de fase, além de explorar a utilização de elementos mágicos.
Durante nosso teste, ficou evidente uma abordagem criativa que busca referências nos clássicos Prince of Persia e na trilogia Sands of Time. Ao questionar o diretor sobre o processo de construção do jogo, mantendo essas influências em mente, ele respondeu:
“Nossa intenção era permanecer fiéis ao DNA e aos pilares fundamentais da franquia, que, para nós, compreendem sendo a resolução de quebra-cabeças, a exploração e um sistema de combate acrobático verdadeiramente intricado e ágil. Isso era essencial para nós neste jogo.
Todos nós somos fãs dedicados da marca, crescemos com ela. Então, para nós, tornou-se uma jornada descobrir que versão da história queríamos contar e como poderíamos adaptar esses pilares e esse DNA para uma estrutura narrativa robusta.
Assim, tivemos três pilares fundamentais: a resolução de quebra-cabeças, a exploração e um intrincado sistema de combate. Tudo isso enquanto buscávamos criar nossa própria história e personagem. Não almejávamos fazer um mero “spin-off”, mas sim uma nova entrada que apresentasse uma visão inédita de Prince of Persia.”
Prince of Persia: The Lost Crown está programado para estrear em 18 de janeiro de 2024. Fique atento para mais detalhes da entrevista que serão divulgados posteriormente. Por fim, não deixe de conferir as atualizações do site para obter as informações mais recentes!
