Recebemos a versão antecipada de Final Fantasy VII Rebirth no PC, cortesia da Square Enix. O jogo, que até então era exclusivo do PlayStation 5, traz novas possibilidades gráficas e de desempenho para quem decidiu esperar pela versão do PC.
Testei o título em diversas configurações, incluindo uma GeForce RTX 4080, uma RTX 4060 e até mesmo em um dispositivo portátil, o ROG Ally. Assim espero conseguir explicar como o jogo está rodando no PC de diversos portes, uma vez que a Square Enix não é lá conhecida por conseguir otimizar seus games na plataforma. Mas será que com Final Fantasy VII Rebirth deu certo?
Vocês também podem ler nosso review de Final Fantasy VII Rebirth para PS5 aqui. Lembrando que o review abaixo é muito mais focado em como o game se comporta no PC e se você quiser saber mais detalhes sobre o jogo em si, seria de suma importância que você também acompanhasse o review da versão PS5.
Desempenho e Configurações
Começando pela RTX 4080. Com tudo configurado no máximo, a experiência visual de Final Fantasy VII Rebirth é excelente. A resolução 4K combinada com o uso de DLSS oferece gráficos impressionantes, com texturas de alta qualidade e uma nitidez que só conseguimos ver na versão PS5 no modo gráfico. No entanto, senti falta de mais opções de personalização gráfica, pois são poucos controles no geral.
A configuração dinâmica de resolução, por exemplo, poderia ser mais intuitiva, como na maioria dos jogos que chegam ao PC. Eu realmente fiquei um pouco confuso no começo. No geral, consegui rodar com tudo no máximo e DLSS em 66%, que é referente ao qualidade. Ainda tive algumas quedas de FPS, mas nada demais. No geral eu senti falta de um Frame Generation também, que pudesse dar mais opções ao jogador.
Já na RTX 4060, naturalmente o desempenho caiu consideravelmente. No modo ultra, as taxas de quadros ficaram em torno de 30 FPS, exigindo ajustes para configurações médias e uso de DLSS em modo equilibrado para alcançar uma jogabilidade mais fluida. No entanto devemos lembrar que o modo gráfico do PS5 roda em 30FPS, então com uma 4060 você consegue um visual melhor que do console com a mesma taxa de quadros.
Mas ajustando a resolução para 1440p e tudo no médio com DLSS em equilibrado tive resultados excelentes mantendo o jogo a 60FPS. Sinto até que em configurações de PCs menos robustas o jogo se comporta de forma melhor.
E no Rog Ally? Será parecido para o Steam Deck?
Por outro lado, no ROG Ally, um dispositivo portátil com especificações mais modestas, o jogo rodou razoavelmente bem nas configurações médias e baixas, com ajustes e uso do TAAU para manter uma taxa de quadros estável em torno de 28-37 FPS com uma imagem bastante nítida.
A inclusão do FSR e Frame Generation pelo driver da AMD ajudou a suavizar a experiência, mas é algo mais avançado que nem todos os jogadores terão paciência para fazer. Contudo, no baixo o visual fica muito bom na tela do Rog Ally e com a opção do uso das ferramentas via driver eu consegui alcançar até mesmo os 60FPs. Imagino que no Steam Deck com tudo no baixo o comportamento seja bem parecido e o resultado valerá a pena.
Gráficos e Qualidade Visual
Graficamente, Final Fantasy VII Rebirth no PC é impecável em muitos aspectos, mas não sem falhas. Enquanto os personagens e cenários principais são bem detalhados, percebi problemas em texturas de segundo plano e efeitos de “pop-in” em áreas mais abertas, como ocorre no PS5.
Isso é particularmente perceptível em configurações gráficas médias, onde elementos como grama e pedras aparecem repentinamente na tela, quebrando a imersão. Se sua configuração permitir rodar com tudo no ultra, essa é a vantagem mais clara do PC para o PS5: o efeito de pop-in diminui muito e quase não se nota mais. Mas ainda existe.
O modo desempenho no console não oferece a nitidez visual esperada e é algo que não consigo entender até hoje o motivo de a Square não ter melhorado isso e apenas no PS5 Pro veio a solução (o que não é uma solução) e o PC compensa com o uso de DLSS. No entanto, a ausência do FSR nativo no jogo é uma oportunidade perdida, considerando que muitos usuários de hardware AMD poderiam se beneficiar desse recurso diretamente, além de ser uma opção e opções nunca são demais.
Jogabilidade e Experiência Geral
A transição para o PC trouxe uma experiência mais refinada, mas exige atenção. Durante os testes, notei quedas de desempenho dentro das cidades que possuem muitos NPCs, especialmente em configurações gráficas altas. Embora o jogo ofereça várias opções para ajustar a performance, a otimização ainda precisa de melhorias leves.
No geral, a experiência é positiva para quem tem um PC robusto. A diferença visual em comparação com o PlayStation 5 é perceptível, com texturas mais nítidas e efeitos gráficos superiores. Para máquinas intermediárias ou dispositivos portáteis, a experiência também é muito boa e fiquei surpreso que a Square está finalmente conseguindo dar uma atenção melhor para o PC. Espero que até ajustem algumas coisas durante os próximos meses e adicionem mais opções gráficas.
Conclusão
Final Fantasy VII Rebirth no PC é, sem dúvida, uma versão mais completa e visualmente impressionante em comparação com sua versão original no PlayStation 5.
No entanto, ligeiros problemas de otimização e a ausência de opções mais completas para personalização gráfica deixam a desejar. Mas quando se fala de Final Fantasy e ainda mais do VII, o coração fala mais alto e só de essa versão existir, livrando o jogo das amarras da exclusividade no PS5 e dando chances de mais jogadores continuarem a aventura de Cloud, já é algo a se comemorar.
Final Fantasy VII Rebirth – PC: A Square Enix conseguiu fazer um bom trabalho com a versão PC de Final Fantasy VII Rebirth após alguns deslizes na plataforma. Ainda não é um trabalho excepcional por conta de falta de opções gráficas e de desempenho, mas no geral temos um port com gráficos incríveis, muito acima do PS5. A versão definitiva de Rebirth está no PC sem dúvida alguma. – M@xpay