Um card game promissor
Desenvolvido pela Leonardo Productions e distribuído pela Leonardo Interactive, Shattered Heaven é mais um jogo de cartas que busca seu espaço. Tive a oportunidade de testar uma build – que também esteve presente na BGS 2022 – e pude entender como este novo título fará para se destacar num onde títulos como Gwent e Hearthstone são as grandes referências.
Deste modo, diferente dos habituais card games, Shattered Heaven mescla essa tônica com um combate em turnos com uma dinâmica de jogos de tabuleiro em masmorras geradas proceduralmente. Mas calma, eu irei destacar os pontos altos de minha experiência, bem como os negativos, das inúmeras horas que estive com Shattered Heaven.
Um combate intuitivo
Em Shattered Heaven controlamos 3 personagens que possuem um deck de cartas, habilidades e itens que podem ser usados durante os combates, onde tanto os personagens, quanto os inimigos possuem turnos para aturarem. Embora pareça complexo, à primeira vista, o combate de SH é intuitivo e mostra de forma visual quem poderá agir nos próximos turnos, bem como quais personagens os inimigos irão atacar.
Todo esse rito proposto por Shattered Heaven, como um game de cartas, vai te exigir estratégia, onde nem sempre você terá que atacar. E isso está atrelado ao sistema de combate em turnos.
De forma geral, a maneira como Shattered Heaven mesclou o sistema de card games com o combate em turnos é o grande brilho desta experiência. Pelo menos foi o que eu senti nesta build. Assim, juntar os detalhes de efeitos passivos e ativos nas cartas com todas as coreografias dos envolvidos nos combates por turnos é cativante e vai te induzir a se aprofundar mais e buscar estratégias.
O visual é um adereço que abrilhanta ainda mais o combate
Se o combate em turnos, com a influência das cartas, me convenceu, o visual dos inimigos e dos protagonistas, bem como dos cenários só aumentou meu interesse nos combates evitando. Isso porque cada criatura tem seu design bem característico, além dos efeitos visuais dos ataques. Quanto às animações, elas funcionam com imagens estáticas com uma estética incrível, que se estende para os visuais criativos das cartas. Todos estes detalhes enaltecem o visual do game que aposta em um combate 2D.
Em resumo, Shattered Heaven é detentor de um visual chamativo que agrega não somente em sua aparência, mas também nas coreografias dos combates.
Um roguelite com inúmeras escolhas
Adotando um aspecto de um game de tabuleiro, o mapa funciona como masmorras onde cada quadrado te proporcionará algo. Por exemplo, conforme você avança nos quadros, assim como em um tabuleiro, você pode ser levado para uma batalha ou para tomar decisões que irão beneficiar ou maleficiar sua jornada.
Cada masmorra possui um caminho que te leva para a saída, porém há ramificações neste tabuleiro que podem te levar a batalhas adicionais, a coleta de itens ou a decisões que influenciarão em sua empreitada.
Por fim, como todo roguelite, se você falhar em uma masmorra, ao retornar nela o design das rotas será alterado.
Veredito
Shattered Heaven é um título promissor que soube aproveitar bem seu sistema de cartas com um combate em turnos. Além desta alegórica, o título apresenta um visual elegante inserido num arcaico game de tabuleiro. E não me entenda mal. Optar por esta estrutura deu ao game muita originalidade e um aspecto cativante.
Minha experiência com o game pode ser resumida em dois aspectos: combate envolvente, mesmo para um game de cartas em um combate de turnos, e por um visual elegante.
Por fim, uma grande ressalva está no tamanho das legendas nas descrições das cartas que estão com fontes bem pequenas. Além disso, uma localização para o idioma Português do Brasil para o game proporcionará ao título um maior alcance dos jogadores amantes do gênero, bem como em um novo público aqui.
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