The Last of Us da HBO emociona e impacta tanto quanto o game e se torna facilmente a melhor adaptação de jogos na TV ou Cinema – Análise | Review SEM SPOILER

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The Last of Us vem há uma década emocionando quem controlou Joel ou/e Ellie em suas jornadas. Embora os videogames sejam muito populares hoje em dia, muita gente não tem noção do que se trata essa história. É aí que uma adaptação de games para a TV ou cinema se faz importante. E quando falamos em “adaptação”, me refiro a três elementos importantes: ser fiel ao que importa na narrativa da obra original; ser cuidadoso o suficiente para remover, alterar ou adicionar elementos na mesma história; e por fim, pegar o universo que a obra se passa e criar uma história nova.

Normalmente tudo fica mais rico se houver adições ao que já conhecemos. Afinal, quem jogou o game não vai se surpreender, narrativamente, com os fatos mais importantes da história, pois já sabe o que ocorre. Então não adianta apenas ser fiel em tudo… Mas ao mesmo tempo, com adições, alterações ou até a remoção de algo, podemos ser pegos de surpresa, agregando ainda mais valor para a adaptação. 

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Pensando em tudo isso, será que The Last of Us da HBO, um projeto ambicioso que tem um orçamento gigantesco, consegue fazer diferente a todo o histórico de adaptações de games no cinema e TV? Exemplos recentes como Resident Evil da Netflix deixam todo mundo apavorado. Mas, afinal, como se sai The Last of Us?

Um sucesso estrondoso fez de The Last of Us algo marcante no PS3, PS4 e PS5

The Last of Us

Em 2013 nascia das mentes brilhantes da Naughty Dog uma franquia corajosa e diferente de tudo que o estúdio havia criado até então. Embora exista todo um background no mundo de The Last of Us, a história segue a vida de Joel e Ellie. Porém, primeiro assistimos como o mundo entrou em colapso com o Cordyceps, um fungo parasita que existe realmente em nosso planeta. Do nada, esse fungo sofre uma mutação e começa a usar humanos como hospedeiros. Então o mundo se transforma, os humanos passam a ser inimigos de si mesmos e Ellie surge como uma esperança em meio a tudo isso.

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Quem jogou os games sabe que The Last of Us é especial por misturar sentimentos. Em diversos momentos somos convidados a sorrir, a ver o mundo por outro ângulo. Mas logo em seguida somos jogados no meio da realidade do ambiente apocalíptico, como se a natureza estivesse expulsando os humanos de dentro do planeta. Esse complexo paralelo pode até ser poético se questionarmos quem realmente é o parasita: o Cordyceps ou o ser humano?

Ainda assim, em meio a tudo isso, temos o instinto de sobrevivência dos humanos que é colocado à prova em diversos momentos, onde devemos usar todas as ferramentas que nos forem oferecidas dentro do jogo para sobreviver. 

Tudo isso saiu da cabeça de Neil Druckmann e sua equipe, onde o próprio Neil, em uma inédita iniciativa, teve o desafio de adaptar o jogo para uma série da HBO ao lado de Craig Mazin (Chernobyl, também da HBO). Perante ao fato de que Druckmann é quem inventou tudo isso, temos a segurança de que a série poderá ser incrível?

Adaptando fielmente, alterando, modificando ou se tornando um The Last of Us completamente diferente?

Embora a gente espere que uma série ou filme seja fiel ao que a gente viu nos games, nem sempre as coisas são desta maneira. Mas com The Last of Us, tenho a felicidade de dizer que sim, eles conseguiram adaptar muito bem tudo que a gente viu no game e muito mais. Contudo o desafio deve ter sido enorme, pois para conseguir criar uma narrativa mais concisa, Neil Druckmann e Craig Mazin tiveram muita coragem. 

Eles mexeram em elementos que eram pilares nos games, e fizeram funcionar para a série da HBO. Como já vimos em declarações dos próprios produtores, mudanças importantes, como a maneira que o fungo se comporta, poderia ter colocado tudo a perder. No entanto, ainda que algumas pessoas possam questionar as mudanças, funciona perfeitamente na narrativa de The Last of Us. 

A série também consegue adicionar diversos momentos narrativos que são inéditos aos jogadores – e obviamente, eu não vou dizer quais são. Mas é importante, caso você seja fã dos games, entrar de cabeça aberta e com o sentimento de que, em termos narrativos, essa pode ser a melhor experiência de The Last of Us até agora (falando apenas da história do primeiro game).

Uma produção de encher os olhos! The Last of Us da HBO é lindo!

Se há uma coisa que os jogadores prezam, é pela fidelidade de ambientação quando se fala de uma adaptação de games para outras mídias. Assim, novamente, não estamos falando apenas de contar uma história parecida, mas de se sentir naquele mesmo mundo que você estava enquanto jogava os games. Isso ocorre o tempo inteiro com a série, seja com o uso de VFX e efeitos especiais ou simplesmente com a roupa dos personagens. É espetacular perceber cada um dos cantinhos que a gente passou jogando, representados numa série como essa.

Mas apesar de toda essa fidelidade, existem várias coisas que precisaram ser removidas por conta da adaptação, e claro, por estamos diante de locais em sua maioria realistas. Porém, podem ficar despreocupados que praticamente tudo está extremamente bem feito e os novos lugares são prova de que a produção da série sabia que tinha que respeitar o material original. 

A versão que assisti não possuía todos os efeitos especiais concluídos, mas já estava praticamente pronto. Ainda assim, não tive nenhum momento que visualmente a série não tenha me deixado contente de estar de volta ao mundo de The Last of Us.

Mas The Last of Us é muito mais sobre os humanos do que necessariamente o ambiente ou os infectados. Afinal, como se saem os atores da série?

The Last of Us da HBO traz Pedro Pascal como Joel e Bella Ramsey como Ellie

Um dos maiores receios de quem vê uma adaptação de games é não reconhecer nos atores seus personagens favoritos. Lembro-me muito bem do momento em que anunciaram Pedro Pascal como Joel e muita gente torceu o nariz. E o que falar de Bella Ramsey como Ellie? Até hoje, cinco dias antes da série estrear, o que mais se vê por aí é questões e incertezas sobre sua escolha. 

Eu achei os dois FENOMENAIS em seus papéis! Pascal entrega um Joel extremamente emocionante e lotado de camadas extras que talvez só sua interpretação poderia entregar. Não é à toa que Troy Baker (dublador de Joel nos jogos) disse recentemente que gostaria de voltar no tempo para fazer de sua interpretação de Joel algo mais próximo do que ele viu com Pedro Pascal. Além disso, o ator ficou realmente a cara do personagem, mas claro, com alguns trejeitos que são só dele.

Agora o que dizer de Bella Ramsey? Meu amigo, que atriz sensacional! O futuro dessa garota é brilhante! Assim que ela aparece e fala pela primeira vez, você vê a Ellie. Não uma imitação. Então surge a primeira cena mais emocionada e ela SIMPLESMENTE DETONA! A atriz disse em uma entrevista que quando conheceu sua personagem ela sentiu que Ellie já fazia parte dela e agora não tem mais como tirar. 

A união destas duas interpretações e a adição de todos os demais personagens que passam pela trama fazem desta série algo especial. Até mesmo Sarah, que também foi muito questionada, fica em nossas mentes o tempo inteiro com sua interpretação. Nico Parker é incrível e você verá.

Enfim, todos os outros personagens são excelentes. Não há nenhum deles que possa ser questionado. Embora eu saiba exatamente o que vai acontecer com uma parcela do público quando vier o episódio 3 da série…

Fazendo muito com poucos minutos – The Last of Us tem um ritmo INTENSO!

The Last of Us

Um jogo de videogame dura muito mais tempo que um filme. Assim, adaptar uma história inteira para as telonas pode ser muito fora de mão. Alguns filmes já conseguiram essa proeza, como Silent Hill. Mas outros só entregaram bombas. Embora The Last of Us seja uma série de 9 episódios de uma hora, existem momentos em que eu sentia que a narrativa poderia ser corrida demais pelo tempo que o episódio teria e pelo que o episódio estava se propondo a contar.. Mas não, todas as cenas são importantes, todos os diálogos contam e, mesmo assim, vamos sentir falta de alguns momentos do jogo. 

No entanto, existe para mim um único problema da série (que não vou contar aqui para não estragar sua experiência). Mas saiba que tem relação com algo do mundo do game e não com a narrativa ou a história da série. 

Em conclusão, eu gostei de todas as alterações, adições e cenas que The Last of Us da HBO nos entrega. De fato o ritmo é muito bom, mas sinto que poderia ter momentos que lembrariam ainda mais os games e adicionariam mais suspense… Quem sabe daqui alguns meses eu possa discutir melhor com vocês essa minha ligeira “crítica” à série depois que todos assistirem. Porém saibam que, na minha visão, só vai sentir falta do que estou tentando indicar aqui àqueles que jogaram o game. Quem não jogou TALVEZ questione, enquanto outros nem vão perceber.

Conclusão: Estou MUITO curioso pro futuro de The Last of Us na HBO

Tudo na série The Last of Us transpira cuidados. O visual dos locais, a abertura com a música icônica de Gustavo Santaolalla ao melhor estilo Game of Thrones, a trilha sonora em geral, a interpretação de cada um dos personagens e até mesmo os infectados… Absolutamente tudo é The Last of Us. 

Sinto que algumas mudanças poderão não deixar todos contentes, ou ao menos fazer com que questionem as decisões tomadas. Mas no geral, não tem como não reconhecer que o esforço nesta adaptação é para respeitar a obra original. Apesar que nem parece haver um esforço, mas sim algo natural que vem do amor de quem produz tudo que tem relação com The Last of Us. Ou seja, é algo feito para impactar, mexer com quem está assistindo, fazer pensar e claro, emocionar. 

Tenho certeza que quando a última tela de créditos da série subir, você que nunca jogou o game e que não tem ideia de quem é Ellie ou Joel, ficará pensativo como eu fiquei em 2013. Vai questionar suas próprias ideias – afinal, você estará imaginando o que teria feito no lugar deles. E isso são poucas obras que conseguem gerar em nós. The Last of Us já conseguiu fazer isso comigo 4 vezes, no jogo original de 2013, no remaster de PS4 em 2014, no remake de PS5 em 2022 e, agora, na série que estreia dia 15 de janeiro de 2023, que para mim é nota 9,5.

E caso você não tenha jogado os games ainda vai apenas um recado: Tem MUITO mais pela frente. 

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