Análise: Battlefield 1 – Uma guerra emocionante e memorável

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Quando anunciado, Battlefield 1 trouxe muita curiosidade e expectativa ao revelar que retrataria um marco na história da humanidade, a Primeira Grande Guerra, a qual ocorreu entre os anos 1914 até 1918. É interessante lembrar que poucos materiais de qualidade buscaram romantizar a primeira guerra, portanto estávamos carentes de games que fizessem esse trabalho bem feito – algo que Valiant Hearts fez com MAESTRIA.

Naquela época, o crescimento da economia dos países ricos, possibilitava maior aparato tecnológico e, como a história nos conta, os países mais poderosos queria subjugar os fracos, portanto o conflito tornou-se iminente. Essa guerra foi marcada pela transição do armamento bruto para o moderno, da troca da espada para a arma de fogo, do cavalo para o tanque e assim por diante.

A escolha de voltar no tempo

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Enquanto seu principal concorrente segue num ramo futurístico, BF1 voltou 100 anos atrás, para recuperar a guerra real, a veracidade e a visceralidade. Essa escolha não aconteceu do nada, pois há muito tempo, os jogadores já clamavam para voltar às guerras antigas, pois já estavam um pouco cansados de atirar com armas e que ainda não foram inventadas, quiçá serão um dia.

Desde o princípio, a desenvolvedora, DICE, sabia que estava no caminho certo, pois teve total apoio dos jogadores. Vídeo a vídeo, imagem a imagem que a empresa disponibilizava, recebia o aplauso da crítica especializada e dos fãs. A decisão não podia ser mais assertiva e positiva para a industria, a qual parece começar a repensar os planos.

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A MELHOR Narrativa em um jogo de guerra

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Acredito que o ponto forte do jogo. A DICE revelou algumas semanas atrás que havia desenvolvido a melhor e mais profunda narrativa para a franquia Battlefield, e sem dúvida, o fizeram. A Primeira Grande Guerra tem uma história muito rica e cheia de personagens icônicos e feitos heroicos e, pensando nisso, a desenvolvedora trabalhou bem vários pontos cruciais dos combates.

Os protagonistas apresentam um carisma muito interessante e inseridos num contexto muito bem aplicado e tratado com o devido respeito. No total, 5 histórias principais, com 5 personagens diferentes, contam o andamento das batalhas, como tudo se desenrolava, armas, equipamentos, veículos e missões.

Cada personagem retrata uma forma e um ponto de vista e, acima de tudo, maneiras diferentes de encarar o terror das batalhas. São eles, Edwards TowsendClyde BlackburnLuca VincenzoFred Bishop e por fim, Zara Ghufran. Cada um representa uma fração dos conceitos de batalha da época – Towsend opera o tanque de guerra, Blackburn piloto de avião, Vincenzo infantaria com uma armadura protetora, Bishop com suporte marítimo e Zara, comandando a parte do deserto.

Nenhum desses personagens tem algum tipo de relação na narrativa contada em BF1, mas todos tem algo em comum – a percepção da guerra, a tristeza da batalha, a dor de olhar para o lado e ver o amigo ser baleado e, principalmente, não ter a certeza que vai voltar para casa. Esse sentimento foi passado com excelência, mostrando um lado obscuro e cruel, e trazendo uma humanidade pouco antes vista no contexto bélico criado para os games.

A DICE construiu, na minha opinião, a história mais comovente e verdadeira, em um jogo onde a violência prevalece, a qual você se conecta com os protagonistas e, principalmente, com os coadjuvantes.

O Arcaico x Moderno

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Uma das coisas que mais prometia sucesso e deixou muita gente curiosa era como a desenvolvedora iria trabalhar as diferenças tecnológicas da época, e devo dizer que foram muito bem feitas. Está super equilibrado, condizente com a história e muito natural. Quando você controla Zara, uma das integrantes do grupo rebelde liderado pelo icônico Lawrence da Arábia, perceberá bem essa naturalidade em que ela, ora controla uma metralhadora, ora fatia seus inimigos com sua sabre em cima do cavalo.

Outro detalhe importante a ser citado é o cenário que, na maioria das vezes, pode ser destruído. Se você dominar as armas mais potentes como morteiros, anti aéreos, é possível destruir prédios inteiros e dizimar tanques e aviões.

As mecânicas funcionam como um jogo FPS tradicional, com algumas adições muito bacanas, protagonizadas pelos veículos. Dirigir tanques, aviões e operar máquinas com super poder de fogo são as coisas mais legais a se fazer.

Nem toda bala foi certeira

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O modo multiplayer, pelo que pude perceber, é interessante, cheio de batalhas dinâmicas e competitivas – atuando nos modos de capturar os pontos – mas tem alguns problemas a serem consertados. O principal deles é o respawn, que, em algumas das vezes te coloca na frente do inimigo. Por mais que você compreenda que, numa guerra, tem bala para todos os lados, não tem como você voltar à vida posicionado na frente do seu adversário. Isso é algo que precisa ser urgentemente corrigido.

Outro quesito que não me cativou foi a dublagem – principalmente dos protagonistas. Detalhe que esse elemento é um dos que mais me chama a atenção e um dos que mais admiro, poi acho os dubladores brasileiros sensacionais, porém em Battlefield 1, escorregou. Obviamente nem todas estão ruins, mas algumas não conseguem alcançar o nível de excelência que o jogo, a narrativa e a Primeira Grande Guerra, exigia.

Aplausos para a trilha sonora e para os gráficos

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Coisa linda de se ouvir. A trilha sonora é tocante, bela e realmente te faz entrar na atmosfera criada pelas histórias dos personagens. A música acompanha muito bem os personagens e os sentimentos de cada ação e desespero provocado pelo terror das batalhas. Seja quaisquer terrenos, céu, mar, terra, dentro do tanque de guerra,, ou destruindo fortes e cidades, você se sente inserido naquele universo.

Os gráficos estão extremamente bonitos em boa parte do jogo, porém, se focar a atenção em certos detalhes, algumas partículas sofrem com um problema de renderização – principalmente fogo e quebra de paredes – algo que provavelmente será corrigido pela DICE em breve. Tirando esse pequeno detalhe, cenários muito bem modelados, ambientação incrível, design das armas, veículos, texturas, tudo com alta qualidade que a atual geração permite. Em todo a trajetória na campanha e no multiplayer, quase nenhum bug foi encontrado, ou seja, é um jogo tecnicamente redondo.

Concluindo, Battlefield 1 é um dos jogos de FPS que ficarão marcados na história dos games por possuir uma ótima narrativa, personagens muito carismáticos, gameplay interessante, bons gráficos e uma trilha sonora espetacular. Altamente recomendado.

Confira o trailer do jogo logo abaixo

https://youtu.be/ufpDw_nE8Bw

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