Crítica | Sete Homens e um Destino leva Denzel Washington e Chris Pratt ao velho oeste

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O que se perdeu no fogo, será encontrado nas cinzas

É uma pena que o gênero de filmes de faroeste seja tão pouco explorado no cinema atual. Antigamente, este tipo de produção era até comum, principalmente com a chegada daqueles faroestes spaghetti de Sergio Leone, que ajudou a revitalizar o jeito de se fazer um filme no velho oeste. Mas felizmente, mesmo com o gênero em baixa, só neste ano teremos no mínimo três grandes produções que tem os mais rápidos no gatilho como foco principal.

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No começo do ano, tivemos os 8 odiados, de Tarantino. Não é um filme excelente, mas o diretor levou muitos dos conceitos que fazem estes filmes um sucesso na sua essência. Na segunda metade do ano teremos a série da HBO, Westworld, que também terá foco no velho oeste (ou uma parte dela vai se passar nessa temática). E agora a Columbia, Sony e a MGM nos trazem a refilmagem de The Magnificent Seven, que no Brasil tem o nome de Sete Homens e um Destino. Parece nome de novela da globo, mas o conteúdo está muito além disso.

Cadê o roteiro?

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Com Denzel Washington no papel principal de Sam Chisolm, Sete Homens e um Destino traz um elenco de peso, com Chris Pratt (Josh Farraday), Ethan Hawke (Goodnight Robicheaux), Byung-Hun Lee (Billy Rocks), Vincent D’Onofrio (Jack Horne), Peter Sarsgaard (Bartholomew Bogue) e ainda traz a imagem da donzela, Haley Bennet como Emma Cullen, que manda muito bem e serve de contrapeso pra tonelada de testosterona que surge na tela, além de estar muito longe de seguir aquele paradigma de quem precisa de ajuda por ser frágil. A propósito, já está virando uma constante o cinema trazer mulheres fortes e Emma é uma delas.

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Após Bogue invadir uma pequena vila que conta com recursos minerais diversos, os habitantes são obrigados a deixar o local que tanto sofreram para conquistar. Sam Chisolm surge do nada e da cabo de um homem procurado em uma cidade vizinha, então a Emma, pensando que ele era um caçador de recompensas, pede pelos serviços dele. Sabendo do risco e sabe-se lá o motivo, Sam decide ajudar, mas antes precisa juntar forças com alguns amigos, formando um grupo de sete homens (com um destino) pra retomar o local das mãos de Bogue. E pronto, esse é o roteiro do filme, algo bem raso, direto, sem tentar fazer poesia.

As motivações dos personagens não são boas, fazendo disso a pior parte do filme. Apenas o personagem de Denzel tem um motivo aparente para estar ali, enquanto que os demais não deixam muito claro o porquê de terem aceitado a missão. O filme consegue se segurar mesmo assim, por conta das cenas de ação, tiroteios e a diversidade de cada um deles, com um índio, um Mexicano, um negro, um boa pinta, um tiozão experiente, um japonês habilidoso com facas e um cara bom com machados. Os caras se completam.

Piscou morreu

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Em um mundo como este, a reputação é sua maior aliada e Sam mostra isso logo no começo, em uma cena clássica em um Saloon. A fotografia de Sete Homens e um Destino é algo a se notar e se destacar pela qualidade em todas as cenas, e nesta inicial em especial, com todo o clima do faroeste. Estamos diante de um filme bonito em muitos aspectos, mesmo que os sete homens e o vilão não sejam os melhores estereótipos de personagens do velho oeste. Falta a fala caipira, o jeito rude, mas sobram habilidades com armas e é onde o filme se apoia, com grandes cenas de tiroteio, muita tensão com duelos a todo momento, deixando o espectador aflito sobre quem vai puxar o gatilho primeiro.

Denzel Washington, Chris Pratt e Ethan Hawke são os destaques do filme em termos de atuação, até pela importância de seus personagens e dos próprios atores. Mas também temos Vincent D’Onofrio, o Rei do Crime da série do Demolidor, que está irreconhecível em seu papel em termos visuais, com uma voz diferente, parece inclusive menor em estatura. Eu demorei pra confirmar que era ele mesmo no filme. Realmente D’Onofrio vem se provando um ator e tanto, uma pena que seu personagem apareça pouco e não tenha tanta importância.

Conclusão

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Sete Homens e um Destino não é um filme ruim, mas carece de uma história melhor. Talvez o original funcionasse em sua época e fosse necessário trazer um pouco mais de novidade para a refilmagem, mais atenção ao vilão, mais espaço de cena para alguns personagens. No que se propõe, o filme faz muito bem, empolga, mantém a atenção do espectador até pouco mais da metade do filme e depois o fraco roteiro começa a pesar. A preparação para o ato final é longa demais e poderia ter sido melhor trabalhada, apesar de suas consequências serem responsáveis pela ótima e longa cena final.

As cenas de tiro são convincentes, os personagens são carismáticos e Denzel Washington mais uma vez mostra porque é um dos melhores atores de Hollywood. Sem dúvida alguma Sete Homens e um Destino vai te divertir, a não ser que você queira ir ao cinema pensando encontrar algo mais poético, mais cheio de sentido e com diálogos profundos, o que não é o caso deste filme. Desligue a mente e vai meu filho, pois aqui é algo como os Vingadores do velho Oeste.

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3 respostas

  1. Verdade..o filme não é ruim, mas não supera o clássico que deixa grande parte da ação para o final!

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