Durante os eventos secretos do Play Days em Los Angeles, tivemos acesso exclusivo a uma apresentação de Code Vein II, o novo soulslike da Bandai Namco. Apesar de ter sido uma demonstração hands-off, ou seja, sem controle em mãos, foi possível assistir ao gameplay e anotar vários pontos importantes — e intrigantes.
O local da apresentação, aliás, um ambiente bem decorado e confortável, mas com uma apresentação inicial pouco clara. As falas estavam em volume baixo, e a exibição começou com slides de PowerPoint, o que gerou receio. Felizmente, o que veio depois compensou.
A surpresa maior foi o simples fato de Code Vein estar de volta. O primeiro título, lançado em 2019, foi um soulslike com visual anime e boas ideias, mesmo sem alcançar um grande sucesso. Ainda assim, sua identidade visual deixou uma marca no gênero.
Nesta nova versão, a estética evoluiu. O protagonista tem agora o apoio de uma parceira — aquela mesma do trailer — que serve como suporte e decoy no combate. A presença dela traz novas dinâmicas e possibilidades. A Bandai mostrou também um pouco da lore, mas em porções pequenas, quase simbólicas.
Combate, poderes e um toque de Devil May Cry?
O combate ainda se apoia nas bases do estilo soulslike, mas com adições notáveis. Há novas habilidades chamadas jails e formers, que geram efeitos visuais impactantes, como uma asa gigante. Também surgem finalizações e um braço com garras que remete à ação intensa.
Essas adições levantam a suspeita de que a Bandai esteja tentando uma mescla entre o estilo punitivo dos Souls e a agilidade de Devil May Cry. Talvez não chegue a ser um hack and slash, mas flerta com um sistema mais rápido e menos castigador, com foco em movimentação e estilo.
Outro ponto curioso apresentado é a dinâmica entre passado e futuro. Há momentos em que o cenário aparece organizado no passado e destruído no presente, sugerindo mecânicas de exploração e narrativa interligadas no tempo. Porém, como o material exibido foi limitado, ainda não é possível cravar como isso se desenrola na prática.
Expectativas para o futuro
O conteúdo apresentado foi visualmente atrativo e cheio de potencial. No entanto, a Bandai entregou pouco em termos de profundidade, o que nos deixou querendo mais. A sensação é de que ainda há muito a ser revelado. Por ora, a impressão é positiva, mas com um pé atrás — principalmente pela falta de contexto maior sobre a trama e progressão.
Mesmo assim, Code Vein II parece mirar em um caminho promissor, com combate mais estilizado, visuais mais polidos e um sistema de apoio bem-vindo. É uma aposta segura da Bandai, que ao invés de lançar uma nova IP, optou por resgatar uma marca com base consolidada.
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