A E3 não tem mais sua relevância, mas não é a culpada pelos decepcionantes eventos | Opinião

E3 2022

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De fato, a E3 não é mais o palco de grandes e bons anúncios. Porém, ela não é a culpada por isso.

A E3 2021 chegou ao fim e, novamente, o que presenciamos não atendeu com o que esperávamos de seu retorno em 2021. A edição deste ano aconteceu totalmente em formato digital e serviu de anfitrião para eventos do Xbox & Bethesda, Ubisoft, Nintendo, Gearbox, Take-Two, Warner Bros. Games, Bandai Namco, Razer, Devolver Digital, Square Enix, Capcom. Assim, nada diferente dos anos anteriores, em exceção 2020, o evento deixou de ser aquela empolgação e puros momentos de êxtase ocasionada por belas apresentações, desde 2016.

Mas afinal, a E3, a ESA num modo geral, é a real responsável pela as decepcionantes apresentações e anúncios nas recentes edições do evento? Este ponto deve ser discutido, pois desde 2017, o evento não conseguiu ser um palco de conferências dignas de aplausos. Mas, você tem que entender que a ESA é apenas uma vitrine para as empresas que se interessam em participar do evento. Sempre foi assim. A E3 não é a responsável por fazer grandes anúncios e trazer apresentações épicas. Longe disso, o evento é um estimulante, é o lugar dentre os 365 dias do ano onde as empresas de games trazem suas novidades que aquecem a indústria de games. Portanto, quem faz da E3 ser um local dos sonhos de todo gamer são os participantes do evento, e não o evento em si.

E3 2021: Confira os principais anúncios da edição deste ano!

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Tendo isso em mente, creio que sua crítica com a E3 possa ter mudado. Se não foi o bastante, espero que o que vem a seguir esclareça a real situação da E3, mediante suas recentes edições. Como citei acima, as empresas que confirmam sua participação no evento são as responsáveis por fazer da E3 o que era anteriormente, um local de grandes anúncios. Assim, o  que estamos vendo ao longo deste últimos 4 anos, foram conferências e eventos deploráveis que mostram que as empresas não estão tendo tempo suficiente para entregar seus conteúdos, para apresentarem para o público, até o período da E3.

Essa visão crítica, não vem só de mim, todos que acompanham a indústria de games estão cientes que o mundo evoluiu, a tecnologia também e que mais tempo é necessário para estes novos games. Logo, é nítido que o período da E3, mês de junho, não está sendo o suficiente para as empresas oferecerem conteúdos que agradem os jogadores. Talvez seja a hora da ESA se atentar para esse detalhe e reformular sua programação para edições posteriores.

“Se já era menos custoso levar seus grandes anúncios para um evento de premiação de games, imagina você mesmo criar seu evento e apresentá-lo em um dia aleatório”

Por outro lado, pode ser que as empresas possam não estar vendo mais a E3 com um lugar para seus anúncios bombásticos. Afinal, a E3 é um evento caro que gera expectativa global e às vezes não compensa o investimento. Prova disso, são os grandes anúncios que presenciamos no evento de Geoff Keighley, The Game Awards, de 2017 em diante. Refrescando a sua memória, em 2017 tivemos o anúncio de Bayonetta 3;  2018, Mortal Kombat 11 deu o ar de sua graça pelo o próprio Ed Boon; em 2019, Phil Spencer foi ao palco do TGA para anunciar o Xbox Series X juntamente com o primeiro olhar em Hellblade 2; por fim, em 2020, tivemos Perfect Dark, The Callisto Protocol, Ark II, Crimson Desert, teaser do novo Mass Effect e um novo trailer do novo Dragon Age, entre outros. Todos estes anúncios estiveram fora da E3 em seus respectivos anos.

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Assim, fica claro que as empresas estão optando por levar seus anúncios para este tipo de evento [o The Game Awards], pois é um investimento menor que o da E3 e tem a mesma atenção, quiçá maior, do evento do meio do ano. Outro expoente, que ajudou na irrelevância da E3 foi o surgimento dos eventos digitais em decorrência da pandemia. Se já era menos custoso levar seus grandes anúncios para um evento de premiação de games, imagina você mesmo criar seu evento e apresentá-lo em um dia aleatório. Imaginou? Assim, esta possibilidade deu aos estúdios uma menor pressão na hora de trazer conteúdos para o público e um menor custo se comparado com sua participação na E3.

O que a E3 precisa fazer para seu evento voltar a ser o que eu antes, mediante a atual realidade da indústria?

E3

Já ficou claro que fazer parte da E3 requer muito investimento e um período de tempo que não contribui para as empresas preparem seus anúncios. Assim, a ESA precisa rever sua programação e se adequar a realidade da indústria de games, que agora está focada em eventos digitais, pelo simples fato de ser mais barato e só acontecerem quando, de fato, as empresas têm algo para mostrar. A EA e a Sony levaram isso para si, ao invés de arriscar em fazer parte da E3 trazendo poucas novidades e anúncios nada empolgantes, e herdarem uma recepção negativa por apoiarem o evento, mas que no momento não tem nada de grande para compartilhar.

De todo modo, as empresas, que participaram da edição deste ano, não deixarão de participar do show nas edições seguintes. Contudo, elas estão cientes que eventos próprios em formato digital é a tendência atual da indústria. Além disso, Geoff Keighley, e seus respectivos eventos, vem sendo uma das grandes alternativas desses estúdios por acontecer apenas no final do ano e ser um palco de grande visualização. E que a cada novo ano o TGA se mostra mais relevante justamente pela presença de grandes revelações e participação de grandes empresas.

“a ESA precisa rever sua programação e se adequar a realidade da indústria de games, que agora está focada em eventos digitais, pelo simples fato de ser mais barato e só acontecerem quando, de fato, as empresas têm algo para mostrar.”

Em suma, a ESA deve urgentemente buscar um meio de mudar seu calendário e oferecer mais tempo para os estúdios preparem seus conteúdos e, sobretudo, fechar exclusividades, para que as empresas tragam anúncios impactantes para seu evento. Por fim, tudo que vimos na E3 2021 e nas edições anteriores foi decepcionante. Contudo, tenha em mente que o evento não é o culpado para as deploráveis apresentações das empresas participantes. Afinal, o anúncio que esperamos vem destes estúdios e não da ESA, a qual serve de vitrine. Entretanto, o evento precisa se adequar a realidade da indústria e trilhar estratégias, fechar parcerias ou mudar seu calendário como forma de fazer da E3 o evento que tanto amamos e um lugar sinônimo de grandes anúncios dentro do mundo dos games.

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