Análise – Game of Thrones Episódio 2: The Lost Lords

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O segundo episódio do jogo baseado em uma das séries de maior sucesso da atualidade chegou! Nossa análise de Game of Thrones: The Lost Lords contém spoilers do primeiro e do segundo episódio, mas não contamos detalhes tão grandes da história, apenas usamos alguns elementos para demonstrar o que o jogo possui de bom e ruim. Portanto se você ainda não jogou nada do game, acesse a análise de Game of Thrones: Iron From Ice para ter uma ideia geral de como está a adaptação da Telltale para a série da HBO, principalmente por conta dos quesitos técnicos, que estão praticamente idênticos. Porém, saiba que muitos avanços foram alcançados pela desenvolvedora neste segundo episódio, que consegue ser melhor que o primeiro em vários aspectos, principalmente no ritmo do jogo.

Novamente, CUIDADO COM OS SPOILERS caso você não tenha jogado o segundo episódio ainda. Vamos lá!

The Lost Lords indica de uma vez por todas pra onde o jogo quer ir, mas ainda não deixa claro como todos os acontecimentos vão se misturar com a série em si, já que tudo se passa entre a terceira e a quinta temporada (que ainda nem saiu na TV). Todos os eventos da série possuem influência dentro do jogo e neste segundo episódio novos cenários e personagens conhecidos foram introduzidos.

O jogo continua o mesmo na questão gráfica, muito bem adaptado e realmente com cara de Game of Thrones, mas ainda com as limitações técnicas que os jogos da Telltale possuem e obviamente será assim até o final da temporada. Entretanto, nada disso atrapalha a experiência, que está ainda mais rica. Os gráficos mais simples não tiram o brilho artístico do jogo em nenhum momento, apenas alguns glitches que podem surgir em algumas cenas atrapalhando um pouco a imersão.

Garred, após os acontecimentos do primeiro episódio, é mandado para a muralha e já podemos perceber que sua adaptação ali não será nada fácil. Ele não é um exímio guerreiro, mas demonstra que com vontade pode se tornar um. Ele tem seu primeiro contato com John Snow, que pela primeira vez aparece no jogo. Garred vai por um caminho muito bacana de se acompanhar, justamente porque a muralha é um cenário chamativo e tudo que ali se passa também. Porém, a importância dele para a salvação da casa dos Forresters ainda é um grande mistério. Garred se mostra mais determinado que no primeiro episódio e confesso que ele disputa a posição de meu personagem favorito com outro importante membro da casa Forresters, mas conhecendo a série e vendo como a Telltale está direcionando o game, é complicado se apegar ao personagem.

A grande surpresa de The Lost Lords é Rodrik Forrester. Dado como morto logo no começo do primeiro episódio, ele surge vivo, totalmente acabado em uma carroça que levava os mortos em batalha durante Casamento Vermelho. Entre os corpos, seu pai, Lord Gregor. Rodrik já entende ali mesmo em meio aos vermes que já se alimentavam da carne de seus companheiros que sua importância será enorme para sua família a partir dali. O que ele ainda não sabia é que Lord Gregor era apenas um dos Lords perdidos em batalha.

Rodrik mesmo totalmente inabilitado pelos machucados sofridos precisará agora de um exército para enfrentar os inimigos que pretendem tomar conta das riquezas que o Forresters possuem, mas sua principal estratégia ainda não deu certo. Neste núcleo em que está Rodrik, Talia e Lady Elissa é onde o segundo episódio de Game of Thrones mais mostra evolução, principalmente por nos envolver ainda mais com os personagens e ver o quanto Lady Elissa tem influência em seus filhos. É aqui também que o jogo nos força a tomar as decisões mais difíceis de The Lost Lords e os próximos episódios prometem grandes emoções para estes personagens.

Mira continua pisando em ovos, tentando aliar sua necessidade de ajudar a família com sua lealdade com Lady Margaery.  Até que ponto isso será possível, principalmente após os acontecimentos finais de sua participação neste episódio 2? E o que dizer de sua aliança com Tyrion Lannnister e os segredos que ela vem guardando? A situação dela pode ser a pior de todos nos próximos capítulos, ao mesmo tempo que Mira poderá ser a carta na manga da família Forrester.

Asher Forrester, conhecido como um cara mais esquentado se comparado a seus irmãos, é apresentado logo no começo do episódio e recebe a notícia da situação da casa de sua família. Mesmo estando longe deles há anos, fica bastante evidente que ele se mantém preocupado com a família e fará o que for necessário para ajuda-los, mas obviamente seus interesses também podem ser pessoais, já que seu mundo agora é outro e a vida que ele leva em busca de riquezas pode tomar conta de suas decisões. Ele será o responsável por nos levar até Daenerys Targaryen e seus dragões e mais uma vez tudo é bastante incerto de como teremos a integração dos acontecimentos com a série.

Não gosto de pensar que o jogo é um filler da série. Prefiro imaginar que a Telltale vá trabalhar junto com a HBO para ter os Forresters como parte integrante do universo de uma maneira mais rica, citando-os durante o show na TV e quem sabe, com a presença deles. Mas mesmo ainda com tudo correndo em paralelo, não dá pra negar que o que estamos vendo é sim Game of Thrones e a Telltale captou o clima ideal da série para inserir no jogo. A parte final do episódio e toda a carga dramática que envolveu a cena é apenas uma pequena parcela do clima criado até aqui e que tem tudo pra se expandir nos próximos episódios. Game of Thrones da Telltale simplesmente já me fisgou e a espera por novos conteúdos e tão grande como a espera por um novo episódio da série.

Outro grande destaque vai para a parte sonora impecável, com dublagens excelentes e ainda melhores que no primeiro episódio, talvez pelos personagens estarem ganhando forma de maneira definitiva. Em um jogo como este, que praticamente não jogamos muito, a interpretação conta demais e sem dúvida nenhuma GOT conta com uma equipe de primeira aliada aos atores da própria série e suas contrapartes virtuais, muito bem realizadas.

The Lost Lords não possui o mesmo impacto que o primeiro episódio, mas consegue ser melhor que Iron From Ice pelo constante ritmo de jogo, apesar da fraca jogabilidade, que não possui nada novo e deixa transparecer que a Telltale está com medo de arriscar mais. Os combates são divertidos, mas deixam a sensação de “só isso?”. É como se realmente estivéssemos assistindo Game of Thrones e a parte do jogo se limitasse às escolhas. Quando estamos livres para explorar, pouco temos pra fazer e os cenários são limitados, diferente de The Walking Dead ou até mesmo o recente Life is Strange, que vai até mais além que a Telltale no quesito de jogabilidade nos dando mais liberdade nas ações e exploração. Claro que se todos os capítulos de Game of Thrones seguirem a mesma linha adotada até aqui não irá tirar o brilho do game, mas bem que algo novo não faria mal a fórmula consagrada e premiada da Telltale.

Galeria de imagens: Game of Thrones – Telltale Games

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