Análise: Gunpoint

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Em um mundo onde Watch_Dogs é um dos games mais aguardados do momento, por seu gráfico espetacular digno da nova geração, novas físicas e possibilidades, hackeando tudo que é propício a um acesso remoto via smartphone, um game surge do nada, tímido, mas com praticamente todos os elementos de seu irmão maior. Seu nome é Gunpoint, o game que vai fazer você rir, se impressionar e quebrar muito a cabeça até seu final.

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Gunpoint, game desenvolvido pelo jornalista Tom Francis do site PC gamer, agora da desenvolvedora Suspicious Developments, além de ser o primeiro game da carreira de Francis também é mais um filho de uma geração indie de produtores que chega demonstrando mais uma vez o porquê tanto barulho é feito em torno deles. Os desenvolvedores indies podem colocar a cabeça pra funcionar com uma liberdade ímpar, já que não sofrem com toda a pressão que uma Ubisoft por exemplo, e sempre deixam um tom de simplicidade no primeiro momento, mas tudo muda ao começar a jogar, e com Gunpoint não é diferente.

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Os gráficos de Gunpoint são bastante simplórios, mas logo de cara lhe conquistam

A genialidade é demonstrada logo que o game começa, mas basicamente sem dar spoiler, um assassinato acontece e você, por ironia do destino foi o último a falar com a vítima. Mas isto não chega a ser um problema, o grande empecilho é o fato de uma câmera ter filmado sua presença no local. Sua missão então é, através da ajuda de uma policial amiga da vítima, utilizar de suas habilidades de informática e espionagem para hackear portas, câmeras, e principalmente computadores que possuem os dados referentes ao assassinato. Você deve então limpar os rastros de sua presença e encontrar o real culpado. Imagine tudo isto em um cenário 2D de primeira classe.

Parece clichê, mas o tom Noir do game lhe transfere rapidamente para a proposta que os desenvolvedores tiveram em mente, e logo o jogador compra a ideia. Além disso, os diálogos são no mínimo sensacionais, com diversas opções para o jogador escolher na hora de responder a alguma coisa, resultando sempre em conversas longas, mas sempre muito bem escritas. Além disso as escolhas do dialogo podem resultar em alguns acontecimentos diferentes, mas nada que saia do rumo principal do game.

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Visão de Gunpoint que não existe no game, apenas para ilustrar como seria caso os gráficos fossem 3D.

Os gráficos 2D não são espetaculares, até porque o raio de ação do jogo sempre é dentro de algum prédio, não trazendo necessidade de muita arte em torno do título. Mesmo assim o gráfico ajuda em toda a ambientação de forma muito positiva e sua simplicidade se torna um dos carismas. O som é muito bom, principalmente as músicas que mesmo que não sejam tantas, são tão boas que não enjoam.

A jogabilidade é definitivamente o ponto alto do jogo. Mesmo em 2D, você precisa ser cauteloso em todos os momentos, caso contrário leva bala. Mas para se manter vivo você conta com um dos equipamentos mais legais já vistos nos games, o Crosslink. Esta ferramenta possibilita à Conway (o protagonista) invadir qualquer equipamento elétrico, desliga-lo ou direcionar sua funcionalidade para qualquer outro dispositivo  ligado a mesma rede elétrica que o primeiro. Imagine um interruptor de luz que é interligado a uma câmera e que por sua vez é interligada a uma porta. Ao usar o interruptor, ele desativará a câmera e abrirá a porta, em um único movimento. É um sistema tão genial que eu não posso enfatizar a altura da importância do Crosslink e como a ferramenta define Gunpoint, além de todas as possibilidades que ele traz à jogabilidade durante todo o game.

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Exemplo da tela quando está no Crosslink, da parte central até a parte superior direita. As linhas vermelhas são hackeáveis.

Além do Crosslink, Conway pode utilizar muitos gadgets e entre eles o primeiro que você conquista, logo no começo do game, que se chama “Calças HyperFrog”, algo como “Calças Hiper Sapo”. Com estas calças pular de um prédio é brincadeira de criança, já que o impacto será consumido pelas calças de nome engraçado, e é ainda mais hilário a forma como Conway cai, parecendo uma barata, levanta e continuando sua missão como se nada tivesse acontecido.

Conforme avançamos, podemos comprar outras bugigangas, já que a cada missão Conway ganha uma recompensa em dinheiro e cada novo item muda a jogabilidade de forma sensível, mas todos muito bem bolados. Existe também um editor de levels, que promete dar vida linga ao título, com os jogadores criando e compartilhando novas fases.

Apesar de curto, o Gunpoint possui uma história muito bacana, engraçada, mecânicas únicas e se torna uma das gratas surpresas do ano, com um carisma único e totalmente bem vindo, num momento em que todas as atenções estão voltadas para a próxima geração de consoles, com gráficos maravilhosos e mecânicas complexas. E mais uma vez, podemos comprovar o quanto os desenvolvedores indies estão fazendo bem para nosso querido hobby. E ficará difícil jogar Watch_Dogs sem me lembrar de Gunpoint, o que de certo modo, é muito bom!

*Fique ligado que no Combo Infinito nós estamos dando todo o espaço possível para os desenvolvedores indies e suas criações. Logo mais material sobre o assunto, além de novos reviews!

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