Avatar: Frontiers of Pandora encanta no visual, mas desagrada em sua jornada – Análise | Review

Avatar Frontiers of Pandora

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Anunciado em 2021, Avatar: Frontiers of Pandora gerou muitas discussões devido à sua perspectiva em primeira pessoa e à sua estrutura semelhante à franquia Far Cry, também da Ubisoft.

Após muita expectativa, Avatar finalmente fez sua estreia nos games, e o impacto do mundo criado é tão imersivo, vibrante e vivo quanto nos filmes de James Cameron. No entanto, minha jornada em Pandora foi marcada por uma dualidade de sentimentos, oscilando entre o fascínio e o tédio.

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Lançado em 7 de dezembro de 2023 para as plataformas PS5, PC e Xbox Series, Avatar: Frontiers of Pandora oferece uma experiência que desperta emoções contrastantes.

A jornada do herói que, desta vez, me fisgou

Avatar: Frontiers of Pandora

Situando-se 15 anos após os eventos do filme lançado em 2009, Avatar: Frontiers of Pandora se alinha com o enredo de O Caminho da Água (2022).

Nessa narrativa, controlamos um Na’vi que foi sequestrado pela RDA quando pequeno, buscando transformá-lo em uma máquina de guerra para seu exército. Em determinado momento, nosso protagonista conquista sua liberdade, podendo finalmente abraçar sua natureza como Na’vi e tornar-se um líder na luta contra a ameaça da RDA em Pandora.

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Apresentando uma experiência totalmente original, independente dos filmes, Frontiers of Pandora consegue trazer drama e expansão positiva para este universo. O conflito entre os Na’vi e a RDA é habilmente ampliado, adicionando mais camadas aos alicerces estabelecidos pelo primeiro filme em 2009 e vistos na sequência de 2022.

Ao controlar um Na’vi (masculino ou feminino), a relevância atribuída ao personagem enriquece sua caracterização, tornando-o verdadeiramente relevante e cativante. Outro destaque significativo é a introdução de um novo elenco de Na’vi com personagens carismáticos, especialmente a exploração de novas culturas e tradições.

Em resumo, o grande encanto desta narrativa em Avatar é seu papel crucial em expandir o universo, prescindindo da dependência dos filmes de James Cameron.

Tão exótica e vibrante quanto nos filmes

Avatar: Frontiers of Pandora

Um dos meus grandes receios quanto a Avatar: Frontiers of Pandora era como o mundo (o grande protagonista da franquia de filmes) seria representado dentro do game. Após ver o belíssimo trabalho visual de O Caminho da Água, não esperava ver menos em Frontiers of Pandora.

Bem, eu não podia estar tão feliz em ter minhas expectativas atendidas. Utilizando o mesmo motor gráfico da franquia The Division (o SnowDrop), Pandora apresenta um dos melhores visuais de 2023 para um jogo de mundo aberto. A densidade de flora e fauna é algo impressionante.

Todo esse visual concentrado em uma flora encantadora reflete o excelente trabalho da Massive Entertainment. Além disso, a vivacidade dos detalhes em toda a extensão de Pandora é o ponto alto do jogo, sendo o principal protagonista desta experiência. Explorar este mundo tão vibrante proporcionará momentos únicos, como testemunhar a transformação noturna de Pandora em algo semelhante à Night City de Cyberpunk 2077, mas com uma perspectiva totalmente natural, graças à sua exótica flora que dá vida e embeleza todo o visual deste mundo recriado pela Ubisoft.

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Não somente no mundo, mas o visual de Frontiers of Pandora é agraciado também com um visual incrível dos Na’vi. O design dos NPCs traz uma credibilidade que não presenciei em outros games das franquias da Ubisoft. O reflexo nos olhos dos NPCs, além dos detalhes das manchas de seus corpos, são um dos aspectos que fazem desta experiência gráfica tão imersiva.

Minha análise aconteceu na versão de PC (desde já agradecer à Ubisoft por nos conceder uma cópia do jogo) e tudo rodou tranquilamente bem, embora com algumas quedas de FPS. Em toda minha aventura, não presenciei bugs e nem crashes. Tudo aconteceu devidamente bem.

Enfim, Pandora é o grande destaque de tudo que Avatar: Frontiers of Pandora tem a oferecer.

O belíssimo mundo de Pandora não superou o quão entediante é toda essa jornada

Avatar: Frontiers of Pandora

E chegamos no ponto de grande declínio de toda a experiência de Avatar: Frontiers of Pandora, sua progressão. Desde seu início lento até sua conclusão, fui guiado por um design de missões tedioso que muitas vezes me deu sono. E confesso que foi difícil concluir essa jornada.

Frontiers of Pandora, assim como Far Cry, oferece missões que se baseiam em conquistar postos dominados pela RDA. E isso será bastante recorrente em sua jornada. Além disso, as missões secundárias se esforçam em quebrar as contínuas e repetidas missões do segmento principal com experiências que visam expandir Pandora.

Além disso, a localização dos objetivos é uma dinâmica trabalhosa, pois a densidade da vegetação de Pandora obscurece a detecção rápida do local para onde devemos ir. Se isso foi algo intencional, um mapa intuitivo seria útil. Contudo, esse não é o caso. Além de nos perdermos nas densas florestas, o mapa é um enigma à parte, não nos fornecendo informações essenciais.

O segmento de criação dentro do jogo, que deveria despertar o senso de exploração, torna-se uma atividade complicada devido à incapacidade do mapa de destacar ou delinear a área onde devemos coletar certos itens.

E as habilidades?

Assim, com uma árvore de habilidades bastante discreta, o jogador tem duas formas de evoluir seu personagem: através de uma árvore de habilidades separada em diversos atributos ou por meio das memórias perdidas, onde se conecta com uma árvore específica e desbloqueia uma façanha específica.

Tudo isso agrega no gameplay, mas eu esperava algo mais denso e variado.

Infelizmente, esse aspecto é o calcanhar de Aquiles em toda a experiência de Avatar: Frontiers of Pandora. A todo momento, somos guiados por objetivos que não agregam em nada à experiência. Isso levanta questionamentos sobre a qualidade das missões de Star Wars Outlaws, também desenvolvidas pela Massive Entertainment.

Mas afinal, Avatar: Frontiers of Pandora é tudo isso mesmo?

A Massive Entertainment conseguiu capturar a grandiosidade de Pandora com um visual incrível que expandiu e representou cuidadosamente o protagonismo deste mundo criado por James Cameron. Contudo, a progressão em Pandora é tediosa. A Massive Entertainment trouxe todo seu know-how das missões em The Division para o mundo de Avatar, o que não funcionou bem.

Avatar: Frontiers of Pandora perde muito tempo com missões preguiçosas e sem objetividade. Isso resulta em um vai e vem de objetivos que, no final do dia, não contribuem para o progresso do jogador.

Embora Frontiers of Pandora tenha surpreendido com seu visual exuberante, não posso dizer o mesmo sobre suas missões. O grande ponto fraco dos jogos da Ubisoft está presente em Avatar Frontiers of Pandora. Se você está familiarizado com os jogos da Ubisoft, Pandora será como um cartão postal incrível.

NOTA: 7.0

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Uma resposta

  1. so um comentario mesmo, a aba de analises antigas era melhor , com as notas na frente , alem de ter a opçao de escolher a aba que vc quer ir para as analises mais antigas, hoje vc tem ficar carregando mais dezenas de vezes alem de ter mais as notinhas

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