Call of Duty: Black Ops Cold War traz uma evolução discreta para a série Black Ops | Análise

Call of Duty: Black Ops Cold War

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A série Black Ops teve sua última aparição em 2018 com Call of Duty: Black Ops 4. Nesta feita, a Treyarch embarcou fundo no Battle Royale – a qual estava em alta – apostando em uma experiência totalmente online e se desvinculando do modo campanha. Em adição, o título trouxe novos capítulos para seu modo Zombies, a qual fez do estúdio uma grande referência durante anos. 

Portanto, após o Call of Duty vindo da Infinity Ward, Modern Warfare (2019), novamente a Treyarch surge com um novo capítulo para o segmento Black Ops. Sem reboot ou continuação de BO4, o mais novo título se passará na Guerra Fria e após os eventos de Call of Duty: Black Ops (2010). Esta decisão põe em prova muitos aspectos do game que devem ser muito bem desenvolvidos para que no fim tudo se torne coerente a atual situação da série, tanto em campanha, multiplayer e Zombies.

Call of Duty: Black Ops Cold War – Novo trailer mostra os conteúdos exclusivos para o PS4 e PS5

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Dito isso, será que Call of Duty: Black Ops Cold War vai agradar a santíssima trindade do segmento Black Ops? Eu me chamo João Antônio e confira minha opinião em mais uma análise do Combo Infinito

Os mistérios da Guerra Fria

A Guerra Fria sem dúvidas foi um dos eventos que marcaram o mundo. Este evento histórico perdurou no início da década de 60 e teve seu fim na década de 80. Esta guerra ideológica entre os EUA e a URSS figurou uma disputa em diversos ambientes onde cada uma das ambas grandes potências, da época, tentavam se superar na área tecnológica, científica e em armamentos nucleares.

Assim, é nesse contexto histórico que o novo Call of Duty se figura. Call of Duty: Black Ops Cold War nos leva para meados de 1981- período que vislumbra o fim desta disputa entre EUA e URSS – em uma jornada repleta de mistérios, reviravoltas e crimes de guerra. Afinal, estes são os pilares que sempre acompanharam o segmento Black Ops. 

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Desta forma, Black Ops Cold War traz novamente Woods, Mason, Hudson e a adição de dois novos personagens: nós jogadores e Adler. Sim, nosso personagem é totalmente customizável. Pois bem, esta nova trama é regada da vibrante década de 80, mas também é seguida de ação e conspirações, que ganharam muito palanque neste período histórico. 

Contudo, a história, num todo, não traz toda a imersão, realismo e a empatia da campanha de Modern Warfare. De fato, o modo campanha de MW inovou e trouxe um novo parâmetro para a franquia Call of Duty. Assim, nada mais justo a comparação. Até porque, a série Black Ops e a MW, a partir de agora, estarão vinculados em termos narrativos, em seus modos e em seus conteúdos. Em adição, essa distinção também se dá no desenrolar da trama que em certo ponto desengrena e fica arrastada.

Call of Duty: Black Ops Cold War expande os elementos do modo campanha da Treyarch

O modo campanha de Black Ops Cold War está a cargo da Raven Software – a mesma responsável por desenvolver a versão de PS3 e Xbox 360 de Advanced Warfare (2014). O estúdio, que outrora agia como estúdio de suporte, agora está na comissão de frente de uma das séries mais adoradas da franquia Call of Duty.  

Dito isso, a Raven Software tinha um trabalho pela frente em agradar os cultuados fãs do modo campanha da série Black Ops. Assim, o que vemos neste novo modo campanha é uma expansão de tudo que já vimos nos Black Ops anteriores tanto em termos narrativos, mas, principalmente, no design de níveis. Primordialmente, a criação de personagem é algo nunca visto em BO e em nenhuma outra série pertence a franquia. De fato, essa feature pegou muitos fãs de surpresa. Juntamente com a criação do nosso personagem, habilidades para o mesmo agora são escolhidas onde, as mesmas, terão um impacto dentro do modo campanha.  

Call of Duty

Em seguida, as missões do modo história trazem nuances com a inclusão de missões secundárias, objetivos opcionais e escolhas de diálogos. Estas características embora empolgantes, não agregam em nada no rumo que a trama chegará. Assim, as opções de diálogos são mais um pretexto para inserir a criação de personagem; as missões secundárias – onde só existem duas delas em todo modo campanha – só servem para prolongar mais a história; quanto aos objetivos opcionais, eles dão uma quebra no foco principal e compensam serem feitos. 

Em conclusão, infelizmente, muitas das inovações para o novo modo campanha, embora figurando algo novo, não surtiram efeito e o que presenciamos é algo que já vimos nos títulos anteriores. 

Black Ops Cold War não é Modern Warfare (2019)

Uma das grandes discussões nos fóruns da comunidade de CoD é a respeito de um downgrade no visual que Black Ops Cold War teve em relação ao Modern Warfare. Essa diferenciação gráfica esteve nítida nos trailers de gameplay e durante as fases de alpha e beta. Durante os períodos de testes esta discussão ganhou mais força. 

Call of Duty

De fato, Call of Duty: Black Ops Cold War é inferior ao que a Infinity Ward mostrou em MW no ano passado. Contudo, um detalhe deve ser evidenciado: são propostas diferentes e engines diferentes. Ano passado a Infinity Ward fez um reboot da série Modern Warfare e trouxe um novo olhar para a série em todos os âmbitos: visuais, narrativos e na jogabilidade. Já Black Ops Cold War, não estava sendo desenvolvido com o mesmo intuito da IW. A Treyarch tem uma visão totalmente adversa da Infinity Ward e este extremos de ideias é notória na estrutura que ambos os jogos apresentam.

E no PC?

Além da versão de PS4, tivemos a oportunidade de jogar Call of Duty: Black Ops Cold War no PC em uma GeForce RTX 3080, graças a nossa parceira com a Nvidia, com a todas as vantagens da mais recente placa com DLSS e ray tracing.

Não a há como negar o salto que o game dá em relação a versão de consoles. Tudo se torna mais fluído e mais realístico. De fato, a presença do ray tracing proporcionando sombras e reflexos mais fiéis juntamente com texturas mais realista dão uma novo olhar para Black Ops Cold War.

 De todo modo, as devidas comparações são mais do que justas, pois Modern Warfare (2019) é o mais recente CoD e o mesmo foi um divisor de águas dentro da franquia. Logo, Call of Duty, agora, tem duas vertentes: a experiência voltada para o realismo, criado por MW a partir de 2019, e a experiência tradicional pela a Treyarch e outros estúdios que venham a desenvolver novos títulos. Portanto, este extremo de ideias irá perdurar bastante na franquia a partir de então.

Contudo, a diferença de BOCW em relação a MW não está apenas graficamente, mas no contexto técnico num todo. O título sofre com uma IA medíocre, delays render e uma queda visual das animações para o gráfico in-game. Assim, todo este demérito só reforça que Black Ops Cold War é um retrocesso gráfico em relação ao Modern Warfare.

Multiplayer e Zombies

Eis o segmento online de CoD: Black Ops Cold War. Ambos os modos passaram por melhorias que agregam e dão continuidade a excelência que o segmento vinha entregando. Sobretudo, entregam a experiência “raiz” de Call of Duty.

Primeiramente, o multiplayer trouxe mapas com map design “no ponto”, que entregam uma dinâmica satisfatória sem mais janelas, portas para se abrir e sem margem para campers. O que vemos são mapas que estimulam a movimentação tornando a experiência constante e frenética. Contudo, há alguns mapas reaproveitados do modo 12v12 como o Armada e o Crossroad, por exemplo, que não conseguem entregar o feeling proposto. Quanto ao Create a Class e o sistema de Scorestreaks, ambos permanecem os mesmos. E eu continuo dizendo que o sistema de streaks não me agrada, porém esperemos que a Treyarch consiga balancear o sistema. Já os novos modos 12v12 e o 40v40, Bomba Suja, não terão uma longa vida útil, pois o modo 6v6 é a grande pedida do segmento. 

Quanto ao Zombies, Black Ops Cold War facilitou o modo com mecânicas acessíveis que ajudarão em muito os novatos na conclusão dos famosos easter-eggs. Em adição, o modo, pelo menos com esse primeiro mapa , Die Machine, trouxe um filtro bem semelhante aos que vimos no multiplayer. 

Call of Duty Black Ops Cold War Zombies

De todo modo, ambos os modos são atualizados ao longo da vida útil do título. Assim, não há como julgar apenas o conteúdo inicial. De antemão, o que pode ser destacado é que o segmento online traz poucas opções se comparado com o CoD de 2019 onde tínhamos inúmeras modalidades.

Afinal, Call of Duty: Black Ops Cold War é tudo isso mesmo? 

https://youtu.be/ZOxWQGkho4E

O retorno da série Black Ops vinha sendo bastante aguardada pelos fãs. O mais novo título é um produto que visou uma inovação dentro do que já se tinha apresentado. Porém, esta extensão só teve um bom êxito no segmento online com o tradicional multiplayer e o modo Zombies. Seu modo campanha traz toda a essência da série como super soldados invencíveis e reviravoltas regados a grandes problemas de IA e quedas na qualidade gráfica.

Em contrapartida, Call of Duty: Black Ops Cold War é a consumação da total integração que a Activision iniciou em 2019 com os modos de Modern Warfare e que agora leva essa unificação para dentro de suas séries. Assim, Modern Warfare, Black Ops Cold War e Warzone terão suas histórias conectadas e como prometido o recente game compartilhará seus conteúdos com Warzone, assim como fez MW .  

Em suma, num modo geral, Call of Duty: Black Ops Cold War traz uma evolução discreta para a série Black Ops. 

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