Control é insano, maluco e surpreendente | Análise

Compartilhe

Você pode ler e assistir nossa análise de Control. O texto e o vídeo possuem conteúdos diferentes!

A Remedy é um estúdio bem conhecido atualmente. Primeiro por ter trabalhado com a Rockstar em nada mais, nada menos que Max Payne 1 e 2. Em seguida criou Alan Wake, um thriller de terror e suspense que, embora tenha saído apenas para PC e Xbox 360, carrega consigo até hoje uma quantidade enorme de fãs e órfãos da história criada pelo estúdio neste game. Mas o ápice da empresa foi a parceria com a Microsoft para criar um grande exclusivo, com atores e uma mistura de jogo e série, chamado Quantum Break.

- PUBLICIDADE -

Ainda que Quantum Break não tenha feito todo o sucesso que a Remedy e a Microsoft esperavam, o projeto tinha potencial para mais. Logo, sem a chance de um Quantum Break 2, a Remedy decidiu usar o que aprendeu com o projeto e expandir suas ideias de jogabilidade em uma nova propriedade intelectual. Assim nasceu o esquisito Control. Esquisito até você passar a entender que a esquisitice é algo para lá de bom nesse projeto.

Mas antes de falarmos do jogo em si e seus conceitos, temos que falar da parte técnica. O novo game da Remedy traz um ótimo voice acting e atores, além de uma trilha sonora bem empolgante, com direito a música exclusiva do game da banda Poets of the Fall. O visual é riquíssimo para quem joga no PC, uma vez que a Remedy abraçou o Ray Tracing como ninguém. O resultado é um jogo cheio de efeitos visuais que só veremos na próxima geração de consoles. Contudo, o jogo continua muito bonito no PS4 e Xbox One, mas os efeitos de reflexo conquistado com as placas de vídeo da Nvidia fazem uma grande diferença na experiência. Joguei em uma GeForce RTX 2080 e foi algo incrível de ver.

O que é Control?

control

- PUBLICIDADE -

Control conta a história de Jesse, uma personagem com intensões estranhas e que todo mundo chama de diretora. Ela fala consigo mesma, dando a entender que não é normal. Então ela chega no FBC – Federal Bureau of Control, uma organização focada em conter um mal chamado Ruído. Aos poucos vamos entendendo durante a história o que é este Ruído, o que acompanha Jesse e qual é o seu real objetivo.

O jogo foca em uma narrativa cheia de mistérios, com muito diálogo e vídeos explicativos. Afinal, algo complexo não pode ser explicado com poucas cenas não interativas. Assim, só os mais atentos vão conseguir pegar todos os detalhes do que é Control e sua história, ouvindo áudios, lendo arquivos, conversando com todo mundo e tendo bastante paciência. Mas tudo é bem divido, pois entre cada parte mais lenta de Control, há muito combate, exploração e mais mistérios. E é isso que mantém este game firme e divertido. O senso de descobrimento e exploração me faz compará-lo com Castlevania.

Controlvania?

Remedy

Por mais que possa parecer maluca essa comparação, bastam 20 minutos na frente deste jogo para entender que sim, há muito de Castlevania em Control. Na verdade, há muito de Castlevania em muitos jogos. Mas aqui é bem real esta comparação. Temos um mapa enorme para investigar e cheio de locais secretos. É preciso explorar cada canto para encontrar segredos e itens. Cada item pode ser usado para melhorar a arma ou a própria personagem. Muitas vezes o game te manda ir para a direita, mas se você vai para a esquerda consegue alguma recompensa muito interessante. Então isso passa a ser bastante comum em seu gameplay, desobedecer a ordem natural da história para ver se naquele canto escuro tem uma porta ou uma passagem aberta.

Assim, vamos completando o mapa e tirando as interrogações espalhadas por ele. Desta forma, podemos encontrar chefes opcionais, desafios aleatórios e inimigos mais poderosos. Tudo para evoluir Jesse através de pontos de experiência que ganhamos ao fim de cada missão.

Combate Paranormal

Como vimos nos trailers de Control, a jogabilidade é um dos fatores que mais chamava a atenção. Minha curiosidade sempre girou em torno do “como eles vão fazer essa jogabilidade funcionar com tiros, poderes e voo”. O design do game é muito bem feito, entregando momentos bem interessantes onde vamos conquistando mais habilidades dentro da aventura de Jesse. Muitas habilidades são requeridas em pontos iniciais do game. Assim, será natural voltar no mapa para encontrar caminhos e itens escondidos com o tempo.

A arma que Jesse carrega é um dos protagonistas do game. Além de ter uma grande importância dentro da história, tem o poder de mudar de forma, alterando completamente a dinâmica do jogo. Embora tenha balas ilimitadas, não é possível atirar insanamente com nenhuma variação da arma. Assim, somos obrigados a entender a mecânica de atire até próximo do final das balas e alterne com o lançamento de objetos usando o poder da mente. Acredite, com um pouco de treinamento, o resultado é uma jogabilidade frenética, gostosa e muito recompensadora. Ainda mais que precisamos percorrer muitos locais do mapa e cada batalha se torna um tempero a mais.

Control conta com poucos tipos de inimigos. São basicamente humanos tomados pelo ruído. Conforme a gravidade da “infecção”, maior o perigo que ele representa para Jesse. Mas cada inimigo tem sua particularidade e você não vai querer encontrar muitos deles por aí. Os mais perigosos são os inimigos que voam, uma vez que nem sempre você estará acompanhando todos os lados da ação. Então, a única maneira de sair vivo de cada batalha é se mexer. Ficar parado em Control é a pior das estratégias.

O Melhor jogo da Remedy?

Control

Eu adoro o trabalho executado pela Remedy em cada um dos seus jogos. Até Quantum Break, bastante criticado, tem para mim uma boa dinâmica de gameplay. Mas o grande game da empresa é Max Payne 2. Aquele jogo é insuperável. Mas Control é tão bom, que em alguns momentos me vi pensativo se ele poderia superar Max Payne 2. Pode até parecer um exagero essa comparação, mas hoje a Remedy é uma empresa com muito mais bagagem e ideias. Além disso, Sam Lake entra definitivamente para o hall dos grandes diretores e roteiristas dos games. Não pela história de Control, que é realmente bastante confusa. Mas por conseguir causar a curiosidade nos jogadores de um jeito pouco visto hoje em dia.

Assim, Control talvez não seja o melhor jogo da Remedy, mas está entre os melhores. Coloca a empresa de volta aos holofotes e o futuro parece brilhante. Se este futuro tem a 505, atual parceira da Remedy, a Microsoft novamente ou a Sony, ainda não sabemos. Mas tudo parece estar sob CONTROLe atualmente dentro do estúdio.

Compartilhe

- PUBLICIDADE -

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

LIVES

TODOS OS DIAS

O melhor conteúdo do mundos dos Games para você! São LIVES diárias com os melhores jogos de luta, Últimos Lançamentos, Notícias, Temporadas da “Guerra das Torres (Mortal Kombat)” e da “Guerra das Ruas (Street Fighter)” com os melhores players do momento e muito mais! É só colar e mandar aquele “Salve”