Final Fantasy XVI é o novo game de uma das principais franquias da história do mundo dos games. O gênero de RPG sempre foi um dos mais aclamados pelos jogadores por vários motivos e talvez o principal deles é por trazer histórias e narrativas memoráveis. A franquia FF com certeza está entre os principais nesse quesito e a cada jogo da série, vem com uma abordagem diferente, uma investida diferente.
Com o FFXVI não seria diferente. Dessa vez uma abordagem mais pesada, mais profunda, mais soturna, principalmente no que diz respeito ao rumo da narrativa. De qualquer maneira, esse título busca trazer uma experiência que, provavelmente, será marcante na tua vida gamer.
Aspectos técnicos de FF XVI
A Square Enix não é uma empresa que só faz jogos com aspectos técnicos primorosos. Muitas das vezes há projetos espetaculares e outros muito abaixo. Final Fantasy XVI está próximo de uma das coisas mais bonitas que a Square pode proporcionar pro seu jogador. Os modelos de personagem, cenários, texturas, criaturas, Eikons (Summons) enfim, aliado a uma direção de arte fenomenal, fazem desse jogo um deleite para os olhos.
Contudo, a Square peca na performance do jogo. Não é algo que vai atrapalhar a tua experiência, mas incomoda. Momentos de batalha não sofrem tanto, por incrível que pareça, ele causa quedas mais bruscas quando você está andando pelo cenário vazio. Isso é algo que a Square já determinou que irá trabalhar pra arrumar, entretanto é um ponto a se ressaltar.
História de FFXVI é digna da franquia?
A franquia é conhecida por trazer narrativas de altíssima qualidade e FF XVI não faz diferente. Não só a trajetória dos personagens e tudo aquilo que envolvem os rumos deles, mas também a maneira com a qual ela é revelada. Isso se dá muito ao carisma que os personagens possuem, bem como a decisão de colocar o Eikons como centro da narrativa, ou seja, fazendo eles terem uma relevância muito maior do que apenas uma ajuda de gameplay.
Pois bem, o protagonista Clive Rosfield é o primeiro filho do regente de Rosaria. Contudo ele não é um dominante da Fênix (Eikons que são passados em determinadas gerações da família), mas sim seu irmão mais novo, Joshua. Porém, Clive tem muita habilidade com a espada e torna-se o escudo do teu irmão, jurando protege-lo custe o que custar. Enquanto isso há uma guerra acontecendo para a posse das terras que possuem os cristais Máter, que é a energia motriz do continente Valisthea. Rosaria sofre baixas e a vida de Clive e Joshua muda drasticamente o que os leva a um destino sombrio.
O jogo busca ter um tom muito mais sério e soturno do que estamos acostumados e há cenas em FFXVI que, tenho certeza absoluta, que você jamais imaginou ver em Final Fantasy.
Trilha, efeitos sonoros e dublagem/Voice Acting
A trilha sonora de Final Fantasy é simplesmente PRIMOROSA. Todas as músicas, sejam elas ambientes ou dinâmicas de batalha, são feitas com um esmero espetacular. A seleção de músicas feitas pra esse jogo, na minha visão, foi uma das melhores nos últimos tempos, graças a Masayoshi Soken, também responsável pela trilha do FFXIV.
Os efeitos sonoros de inimigos, ambientes, de golpes e da loucura toda também está coerente e sem negativas.
Por fim, o Voice Acting – joguei em inglês – também está muito bem feito. Algumas ressalvas pra um personagem criança que tem voz de adulto fumante (não é piada), porém de resto estão excelentes. Há muitos, MUUUITOS personagens e muito diálogo, pois lembre-se, ainda é um jogo de RPG e conversas e mais conversas acontecem em boa parte do game – talvez na mesma proporção do que as batalhas.
Seria épico poder jogar esse jogo dublado, realmente é uma pena que a Square Enix não optou por isso, de qualquer maneira, as vozes em inglês não fazem feio.
Gameplay geral
Os próprios FFs são completamente diferentes entre si em praticamente todos os aspectos e o gameplay é um deles. FFXVI também segue essa máxima e traz coisas bacanas, mas nada que você não vá reconhecer – AINDA NÃO ESTAMOS FALANDO DO COMBATE.
Como todo bom jogo de RPG, diálogos longos e constantes farão parte da tua jogatina. Por isso uma das suas principais atividades será a de encontrar pessoas que possam te ajudar em certos momentos; Os pontos de habilidade não se conquistam apenas quando você sobe de nível, mas em boa parte das batalhas e algumas missões extras te ajudarão nisso. Os Pontos de Habilidade servirão pra você comprar e upar Golpes dos Eikons que você encontrará por teu caminho.
Clive só pode customizar 6 equipamentos – Uma espada, um cinto, um bracelete e 3 amuletos. Dessa maneira você é obrigado a pensar em estratégias certeiras, pois não consegue apoiar muitas habilidades. Há também opções de melhorar seus equipamentos, comprar nos comerciantes e encontrar em caixas de loot no cenário.
Combate de FFXVI é simplesmente BRILHANTE
Vamos separar aqui em duas partes pra ficar fácil de compreender. Em Final Fantasy XVI há o combate com “humanos” e com Eikons. O combate dos humanos, dos personagens comuns, é o que você irá encontrar a todo momento e é a energia base do game. Dessa maneira você tem algumas mecânicas pra faze-lo se tornar memorável. Uma delas já começa com a defesa/contra-ataque; Nessa feature, quando você ativa o escape na hora certa, teu personagem faz um movimento e um ataque especial em seu oponente. Vale destacar que a IA do game, quando o assunto são minions menores, precisa de melhorias. São inimigos passivos apenas aguardando o abate. Mas quando você vai para o combate franco a coisa muda.
Clive pode escolher controlar 3 poderes de Eikons por vez e com isso, há alguns golpes especiais que ele pode utilizar. Cada Eikon te proporciona o Elemental de magia (Ifrit – Fogo, Garuda – Vento, etc) e te dará 3 opções de golpes especiais, e dois deles pode ser alterados. Quando o golpe especial for usado, um tempo de cool down entra em ação e dependendo da força e potência dele, o tempo pra você utilizar novamente muda.
Torgal, seu dog, é o seu companion. Há alguns comandos que você pode acionar e torgal irá atacar, levantar seu inimigos ou te curar.
Eikons
Essas são as grandes principalmente em narrativa, porém isso reflete diretamente no gameplay. Existem humanos escolhidos para “comandar” esses Eikons. Então, há alguém que é o dominante da Fênix, da Garuda, Do Titã, Ifrit e assim por diante. Dessa maneira, apenas essa pessoa pode sumonar, ou até mesmo se transformar nesse elemental. Assim sendo, você, pela primeira vez, assumirá o papel de um Eikon e entrará na porrada de um jeito nunca antes visto.
Aí o Gameplay muda, pois você está controlando gigantes elementais, ou seja, teus poderes e tudo o que você costuma praticar com Clive darão lugar pra golpes massivos e explosões descomunais. E é aí que o jogo se torna uma das coisas mais épicas e um dos FFs mais grandiosos. Enfim, essa será uma experiência única e digo desde já, vale a pena.
Conclusão
Final Fantasy XVI é um jogo de altíssimo nível, aquele que pertence àquela prateleira especial. Uma trilha sonora incrível, combate maravilhoso, Eikons participando brilhantemente de lutas e da narrativa, carisma dos personagens fazem desse jogo indispensável pros amantes da franquia e do gênero de jogos de RPG. Vale destacar que escorregam na performance e poderiam trazer uma Inteligência Artifical pra inimigos comuns melhores. Nota 9.9
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