Game of Thrones acaba de apresentar o seu último capítulo, o 6º, da 8ª Temporada. O Season Finale foi transmitido através da HBO e finalizou uma trajetória que conquistou uma legião imensa de fãs e tornou-se uma das principais séries da história da TV. E o que vimos, foi, enfim…
GOT 8ª Temporada Episódio 1 – Episódio 2 – Episódio 3 – Episódio 4 – Episódio 5
Esse texto contém spoilers de Game of Thrones 8ª Temporada
A Rainha das Cinzas
Daenerys finalmente conseguiu seu objetivo. Matou seus inimigos, porém com um alto custo; aniquilou uma cidade inteira. Crianças, cidadãos indefesos, animais, todo o tipo de vida foi dizimado no mar de fogo. Dany, sem perceber, tornou-se tudo aquilo que estava lutando contra. Em nome da justiça e da bondade, a garota cometeu uma atrocidade que mudou o seu destino e de toda Westeros.
Após o acontecimento, Tyrion percebeu a bobagem que fez e sabia que Varys tinha razão. A nova rainha dos 7 reinos o condenou pela libertação de Jaime, mas naquele momento, a antiga mão, só pensava no estrago. Tyrion sabia que ia morrer, mas ao mesmo tempo, sabia que tinha falhado ao tentar aconselhar a menina Targaryen.
A última cartada do anão foi tentar convencer Jon que a sua rainha não era apropriada e que o mundo sofreria se ela continuasse no cargo.
A mudança do Game of Thrones
O jogo do trono sempre foi algo muito complexo. Desde o início, conspirações, mortes, acusações, poder e muita política foram a tona da narrativa. Vimos uma série de mortes acontecendo por causa daquela cadeira de ferro. Mas todas tinham uma coerência inquestionável, pois a base de qualquer atitude dos personagens, era pelo reino.
Acontece que um personagem veio para quebrar essa equação. Jon Snow sempre foi conhecido por ser habilidoso na guerra, corajoso e, acima de tudo, justo. Entretanto, nessa última temporada o personagem estava um pouco aquém do que foi construído ao long da série. Estava mais calado, mais retraído, sem pulso. O amor que sentiu por Daenerys conseguiu afetar completamente o seu senso de retidão. Porém, após ele ver a cidade em chamas, o alerta, que já estava ligado, explodiu.
Tyrion, agora prisioneiro, sabe que Jon é o único que pode fazer o que deve ser feito, e o Imp sabe que ele também o quer.
A última dança draconiana
Ao longo da jornada em Westeros, aprendemos a amar os Dragões. Daenerys controlava Drogon, porém outros dois faziam com que voassem por música. Vimos esses bichos sendo essenciais nas tomadas de poder da menina Targaryen. Também os vimos sendo assassinados, ressuscitados e mortos novamente. São criaturas mágicas encantadoras, que destruíam exércitos inteiros em segundos.
Contudo, a grande arquiteta de suas ações era a mãe dos Dragões. Agora no poder, Daenerys tinha força suficiente para botar o MUNDO abaixo e era isso o que ela pretendia fazer. Ciente disso, o pior acontece: Jon Snow crava uma faca no peito da nova rainha. O Dragão, em um acesso de fúria, parecia que ia estraçalhar Snow, mas não, derrete a cadeira mais desejada de todas, colocando assim, um fim na luta/guerra pelo trono. Essa atitude, que poderia até ser considerada um pouco estranha, pois parece que o Dragão sabia o que estava fazendo EFETIVAMENTE, nos fez acreditar o seguinte; “A partir de agora, não há mais trono, cada Lorde de cada pedaço se organize como julgar necessário”. Mas não, simplesmente queimou a cadeira e quase nada mudou.
O Novo Rei
Lordes reunidos para decidir o destino de Jon Snow e das nações. Uns sugeriram algo próximo da democracia, outros achavam que eram merecedores. Mas, Tyrion, o prisioneiro, teve uma ideia genial e, rapidamente, convenceu a todos que Bran era o rei ideal. Se não fosse por todo o seu comportamento diferenciado e seu cargo de corvo, seria realmente a melhor opção. Porém a história foi construída para que tirássemos essa opção da frente.
Primeiras medidas do rei foi Libertar de vez o norte; nomear Tyrion como mão; Mandar Jon Snow para a Patrulha da Noite. A partir daí, o que estava estranho, começou a descer desgovernadamente ladeira a baixo.
Cada personagem que aprendemos a admirar ganhou um destino que foi, no mínimo, indigno de sua trajetória. Bran, Corvo de 3 olhos, personagem super misterioso e poderoso, tornou-se rei. Até aí, tudo bem. Jon, Patrulha da noite – O Verdadeiro Herdeiro do trono e último Targaryen vivo. Arya, “Deusa” das mil faces, não utilizou sua habilidade quando todos achavam que ela o faria (e deveria). Sansa, a nova Lady Stark, era tudo o que sempre queria. Tyrion, parecia que seria seu fim, mas o último dos Lannisters conseguiu se safar, e ganhou mais uma chance de fazer o mundo funcionar.
Em Game of Thrones, o lobo solitário sobrevive volta pra matilha
Os Starks “venceram”. A guerra dos tronos tinha uma polarização muito delineada. Lannisters lutavam contra os Starks, principalmente quando ned descobriu a verdade sórdida de Cersei. Vários da família de Winterfell foram caindo, um por um. E o número de Lannisters, na contagem, ganhando mais poder. Até que o jogo virou. O problema é que o jogo virou de uma maneira tão rápido e com pouca explicação, que ficamos parados esperando, com os queixos caídos.
No momento que parecia que veríamos Arya sendo relevante de novo…not today. A menina disse que viajaria onde os mapas terminam, e aparece com cabelos ao vento no mar. Sansa, com um olhar meio prazer, meio evil, comandará o norte. Enquanto isso, Bran é o Rei. O que Ned diria sobre isso?
Veredito
Esse foi um dos capítulos que mais está causando controvérsia no povo. Destinos ruins para personagens, fim da história fraco, sem alma, sem identificação, sem lógica com o que vinha sendo apresentado. Game of Thrones, para mim, foi a melhor série que já vi. Cheio de energia na política, batalhas insanas, mortes absurdas, mas no final, não conseguiram manter acesa a chama que tanto nos fez apaixonar. Foi um final que poderia ser muito melhor, mas, como dizem, o que vale é a trajetória. Portanto, fica aqui a nossa saudade por tantos personagens incríveis e que marcaram a nossa vida.
