O que o futuro reserva para o mercado nacional de Games?
É fato que o Brasil está caminhando bem para o reconhecimento internacional frente a indústria de desenvolvimento de games. Com o passar dos anos, o ritmo de produção e quantidade de estúdios cresceu em larga escala em território nacional. Tudo isso devido a vários fatores, incluindo a criatividade que temos espalhada pelo país.
Durante o BIG Festival, a associação Abragames trouxe uma pesquisa detalhada a respeito desse crescimento. Entre os fatores, temos por exemplo, o fato de que grande parte dos estúdios hoje utiliza o motor Unity, enquanto a Unreal Engine segue em segundo lugar como preferida dos estúdios.
Após a divulgação da pesquisa, pude conversar com o presidente da associação, Rodrigo Terra. Além de administrar a Abragames, Rodrigo Terra também atua como CTE do estúdio Arvore, focado em títulos VR dos mais diversos.
Ao questionar Rodrigo sobre a dominância da Unity no mercado, ele diz que o motor realizou um trabalho de “evangelização” sem igual no Brasil. Assim, diferente da Unreal Engine – de propriedade da Epic – a Unity se estabeleceu com muito mais afinco. Sendo assim, por conta da gama de conteúdo disponível especificamente para o Brasil, acaba se tornando mais prático recorrer a Unity. Mas não somente isso, como o mercado latino-americano é de extrema importância para a Unity.
Também questionei Rodrigo sobre o prospecto futuro de produção de games no Brasil. Hoje, o estúdio Aquiris conta com um enorme investimento por parte da Epic Games, que acabou por criar um movimento em cadeia. Portanto, fatalmente outros estúdios estarão na mira de empresas das mais diversas no mercado internacional. Para o presidente da Abragames, é apenas questão de tempo até que alguém seja adquirido ou se envolva com outra parceria de grande porte.
Mas e quanto a noção de trabalho atual, onde o cenário se divide entre Outsourcing – serviços como QA e traduções – e produções originais?
Neste assunto, Rodrigo alegou:
“Isso depende da nossa vertente mercadológica. A variante [do prospecto futuro] depende dos dois pilares, tanto serviços quanto produções originais, e ambos caminham juntos.“
Rodrigo diz que não há um “carimbo” específico quanto a forma que o exterior enxerga o talento nacional. E isso porque, como cita, tanto serviço quanto produtos originais são de suma importância para os games no Brasil. No entanto, o fator que realmente pode ditar nosso futuro se trata da tendência mercadológica, que está pouco a pouco sendo definida pela vontade dos próprios estúdios. Neste caso, não há um risco negativo à criatividade dos brasileiros. E tudo vai depender de como os estúdios demonstram seus produtos e capacidade em geral.
Por fim, após o movimento iniciado pela Epic Games, resta apenas aguardar para descobrir qual será o rumo do cenário brasileiro no mercado de games. É interessante notar que a Epic está cada vez mais caindo no gosto dos estúdios, dado os recursos que a UE5 oferece hoje em dia. Logo, podemos imaginar um leque maior de produtos com, por exemplo, a UE5 nos próximos anos.
Fonte: Entrevista com o presidente da Abragames
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