Guardiões da Galáxia Vol 3: Uma última aventura cômica, sombria e sentimental | Crítica

Guardiões da Galáxia

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Dirigidos por James Gunn, os filmes dos Guardiões da Galáxia sempre tiveram uma personalidade distinta em relação às outras produções da Marvel. Quando surgiram nos cinemas em 2014, boa parte do público sequer os conhecia, sendo vistos na época como heróis improváveis de “segundo escalão”. No entanto, após a grande surpresa que foi o primeiro filme e a recepção mediana do segundo, temos então o terceiro – e talvez último capítulo da franquia -, que dá continuidade à fase 5 do Universo Cinematográfico da Marvel (UCM).

Depois de uma série de lançamentos cada vez mais interconectados e decepcionantes da Marvel, Guardiões da Galáxia. Vol 3 é uma despedida dramática e comovente de seus predecessores com muito humor, mas com um tom sombrio que aborda temas importantes como trauma e redenção. E, embora cada Guardião tenha seu momento sob os holofotes, é acima de tudo o filme de Rocket (dublado Bradley Cooper). 

Uma missão de resgate 
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Dando sequência aos eventos catastróficos de Vingadores: Guerra Infinita, a trama acompanha os Guardiões em “Lugar Nenhum”, uma comunidade que vive na cabeça decepada de um celestial que serve como sua base. Com a morte de Gamora (Zoe Saldana) em Vingadores: Ultimato (2018), Peter (Chris Pratt), também conhecido como Senhor das Estrelas, ainda está de luto, sem saber do fato de que de alguma forma Gamora – ou melhor, uma variante – está viva, mas sem suas memórias dele e dos Guardiões. 

Quando, alguns minutos depois das cenas iniciais do filme, Rocket se torna vítima de um ataque mortal de Adam Warlock (Will Poulter), a equipe se reúne com essa nova Gamora hostil – e parcialmente amnésica – para invadir um mega-laboratório espacial que Nebulosa (Karen Gillan) identifica como sendo a fonte dos problemas que o guaxinim vem enfrentando para se recuperar, com os heróis logo afrontando o grande antagonista, o Alto Evolucionário (Chukwudi Iwuji).

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O vilão da vez

O Alto Revolucionário é adequadamente cruel com motivações semelhantes a Thanos. Enquanto o Titã Louco tinha crenças de que a superpopulação é a raiz da miséria, aqui o novo vilão é um cientista louco que quer criar uma utopia habitada por seres sem falhas. Para tanto, vem fazendo experimentos cruéis em animais e outros seres para criar híbridos que, a seu ver, seriam o apogeu da existência. 

É o mal em sua forma pura, mas apesar de seus experimentos e ideias insanas, o antagonista representa um dos problemas centrais que a Marvel vem enfrentando pós “Ultimato”: personagens e motivações “pobres” em comparação com Thanos e seu multi-arco cataclísmico e conclusivo. O personagem é interessante até certo ponto, mas rapidamente torna-se mais um vilão cujo poderes e história são irrelevantes – ou apenas pouco explorados. 

Visualmente, Guardiões da Galáxia vol. 3 é o filme melhor acabado da Marvel Studios dos últimos anos. Os cenários espaciais são belíssimos e é difícil tirar os olhos das impressionantes cenas no espaço e das criaturas. O cineasta ainda enche a tela com cenas de ação deslumbrantes e bem coreografadas, com muitos desmembramentos, explosões, corpos queimados e um grau absurdo de violência – o que nos faz questionar se realmente estamos assistindo um filme para o público infanto-juvenil.

O último Mixtape

Apostando em músicas dos anos 1990, os temas musicais que conhecemos e amamos ressurgem. No entanto, não espere sair do cinema cantarolando os sucessos do Volume 3 como ocorreu com Guardiões da Galáxia de 2014. Apesar de contar com sucessos como “No Sleep Till Brooklyn” dos Beastie Boys ou “Crazy On You” do Heart, a intenção aqui é trazer músicas sentimentais – como Creep, do Radiohead – na introdução e no desfecho de algumas cenas marcantes, algo menos alegre no geral. 

Dessa forma, as músicas conseguem resumir perfeitamente o estado emocional que encontramos a equipe e, embora a triste história de Rocket seja a força motriz do Volume 3, isso não impede que os demais Guardiões também ganhem destaque. Todos têm os seus próprios dramas pessoais que se somam ao ar mais sério da narrativa, carregada de uma energia melancólica. A dinâmica entre eles brilha aqui, com Gunn reforçando o tempo todo o quanto esses desajustados se amam e se complementam.

Heróis imperfeitos, mas amados

Saindo de sua postura alegre e sarcástica, o Senhor das Estrelas está quase totalmente diferente nesta sequência. Já sentimos um pouco de sua dor no final da Saga do Infinito após perder Gamora, mas aqui ele mostra raiva genuína, luto, tristeza e, acima de tudo, o peso de ser o líder dos Guardiões. 

Nebulosa e a versão alternativa de Gamora tentam superar os abusos de seu pai e os muitos choques que vieram com a guerra pelas Joias do Infinito. Para a primeira, o caminho a seguir pode ser proteger aqueles que sofreram como ela. Enquanto isso, após a enorme confusão de saber que morreu na realidade em que agora está presa, Gamora encontrou refúgio com a tripulação de Ravagers liderada por Stakar Ogord, de Sylvester Stallone

Por sua vez, Drax (Dave Bautista) e Mantis (Pom Klementieff) ainda são a melhor dupla cômica dos Guardiões, capazes de atrapalhar quase qualquer conversa séria – seja com piadas ruins ou comentários hilários. Groot (Vin Diesel), Kraglin (Sean Gunn) e Cosmo (Maria Bakalova) tiveram seus curtos momentos em cena, mas brilharam sempre que apareceram. 

Adam Warlock (Will Poulter) e Ayesha (Elizabeth Debicki) também surgiram como antagonistas secundários, embora infelizmente acrescentem mais como um alívio cômico. No entanto, sobre esse primeiro em particular, seu arco é quase irrelevante ao ponto de nem fazer diferença que ele seja um dos personagens mais fortes desse universo. É um coadjuvante “bobão” e metido a besta, que aparece apenas para cumprir seu papel. 

O que esperar do futuro?

Nem mesmo esses leves tropeços diminuem a história de Guardiões da Galáxia Vol. 3. Com um enredo envolvente, cômico e emocionante, o último filme dos Guardiões apresenta novas promessas para o futuro do UCM, fechando alguns arcos de personagens e preparando o terreno para novas aventuras. Corações serão quebrados e consertados várias vezes antes da rolagem dos créditos, e o público deve levar para casa um punhado de ótimas lembranças dos heróis. 

Após orquestrar por nove anos este grupo de heróis improváveis, o Vol 3 deve deixar o público entusiasmado com o que vem a seguir para Gunn em sua nova posição como co-diretor da DC Studios. Quanto à Marvel – bem, será a perda deles. 

Guardiões da Galáxia Vol. 3 está em cartaz nos cinemas do Brasil.

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