Jogamos aproximadamente duas horas de Resident Evil VII e contamos QUASE tudo!

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A franquia Resident Evil é conhecida por ter moldado o mercado no final da década de 90 e depois por seguir conceitos que estavam dando certo em outros jogos, adaptando para que funcionassem no universo do game da Capcom. Em Resident Evil de 1996, apesar de seguir alguns conceitos que existiam em jogos como Alone in the Dark, o maior mérito do jogo foi popularizar de uma vez por todas um gênero que, dali pra frente, seria um dos preferidos dos jogadores em todo mundo: o Survival Horror.

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O segundo jogo foi um marco, trazendo dois novos personagens e um cenário ainda maior, nos apresentando Racoon City, cidade que infelizmente hoje só faz parte de nossas lembranças. Lotada de zumbis, havia um charme inigualável naqueles cenários medonhos, unidos a delegacia que nos remetia à mansão do primeiro jogo. O terceiro game então nem se fala, com Nemesis na nossa cola como um gigantesco carrapato do mal que fazia de cada corredor uma surpresa.

A mudança repentina

Depois de Resident Evil 3 ainda tivemos Resident Evil Code Verônica, que também foi um excelente jogo trazendo mais da jogabiliade clássica e mostrando que mesmo em uma nova geração de videogames, no caso o Dreamcast, era possível elevar a qualidade daquele formato de jogatina. Porém, Resident Evil 4 mudou completamente a forma de se jogar Resident Evil e pra mim até hoje é um dos melhores por trazer novidades para a franquia, sem se esquecer de tudo que havia feito até ali. O problema foi quando em Resident Evil 5 a Capcom resolveu trazer um clima meio Call of Duty pro jogo, com muita ação e tiroteio, apesar de ainda ter elementos de horror e sobrevivência. A recepção foi mista, e mesmo sabendo que parecia mais uma mistura de Gears of War com Resident, muita gente gostava do jogo.

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Mas em Resident Evil 6 que os fãs acabaram ficando furiosos com a Capcom, com um jogo que trazia três campanhas diferentes, onde Leon tinha uma jogabilidade e clima dos Resident Evil mais antigos e Chris continuava na mesma pegada dos jogos mais recentes, com muita ação. Jack, filho de Wesker tinha uma campanha que mesclava os dois formatos. A história levou os zumbis e os outros vírus que a franquia tratou até então para outros lugares do mundo, mas mesmo assim não foi o suficiente e os fãs clamavam por mudanças. Resident Evil precisava mais uma vez passar por uma metamorfose, até porque outros jogos de terror e sobrevivência vinham fazendo muito sucesso, como é o caso de Outlast e P.T..

É hora do show de horror e sobrevivência

Nesta semana, a convite da Capcom, nós jogamos uma hora e meia de Resident Evil VII em uma build próxima da final e podemos dizer, sem dúvida alguma, que dois elementos que os fãs tanto pediam estão de volta. Resident Evil VII é um Survival Horror contemporâneo, que mescla mais uma vez conceitos de outros jogos de terror do momento, como os já mencionados Outlast e P.T. com tudo que a gente conhece dos Resident Evil mais antigos. Por conta de detalhes da história, nós não pudemos começar o jogo naturalmente do início. Então, começamos exatamente do local mostrado em um dos trailers que a Capcom havia divulgado, quando Ethan, o protagonista do novo jogo, está sentado a mesa junto da família Baker em um jantar extremamente apetitoso.

Assim como no trailer, Ethan não aceita comer as guloseimas que Marguerite Baker preparou, o que gera um desentendimento familiar sanguinolento. Ethan definitivamente não gostaria de estar ali. Quando as coisas poderiam ficar ainda piores, algo tira a atenção de todos, deixando Ethan sozinho na cozinha com uma senhora apagada numa cadeira de rodas. Então, finalmente começamos a jogar e a andar pela mansão da família Baker, tão horripilante ou pior que a vista em Resident Evil 1. Este já passa a ser um dos pontos que nos traz aquela nostalgia, por ficar zanzando por uma mansão em busca de resposta e de uma saída.

Jogabilidade fiel às origens

Imagino que neste momento você está esboçando alguma reação, positiva ou negativa, por conta do subtítulo que viu acima. Como é possível que Resident Evil VII, com uma visão em primeira pessoa, possa ser fiel à jogabilidade que vimos na série lá no começo? A resposta mora na ambientação. Mesmo na visão do personagem, você deve andar devagar para não perder nenhum detalhe, item ou dica que possa ser útil para que você avance no jogo.

Existem gazuas espalhadas que serão muito úteis para abrir baús com itens e segredos, que pelo visto fatão a diferença, lhe obrigando a vasculhar cada canto. Estando em primeira pessoa, a imersão é ainda maior, possibilitando aos produtores colocar itens em locais bem escondidos, cabendo ao jogador procurar minuciosamente. Depois de jogar essa versão quase final do jogo, me convenci de que esta visão diferente pra série vai funcionar. Realmente me senti jogando um Resident Evil com uma forma completamente nova, algo que eu não consegui sentir jogando a demonstração do jogo.

Outro fator que nos remete à jogabilidade clássica é o retorno dos puzzles, os famosos quebra cabeças que limitam o seu avanço, sendo necessário encontrar alguma coisa no cenário para então usar em determinado ponto da mansão. Em busca desses itens especiais, você acaba encontrando munição, ervas, chaves, tudo exatamente como tem que ser em um Resident Evil. O elemento clássico de combinar itens está de volta e com um menu de atalho que facilita muito a nossa vida.

Usando armas, baú e salvando o jogo

A demonstração “The Kitchen” ou The Begining Hour em sua última atualização, nos traz um lampejo do que será usar armas em Resident Evil VII, mas no jogo em si é ainda melhor. Encontramos uma arma bem rápido após um evento surpreendente que ocorre na história, e daí pra frente há uma evolução semelhante a vista nos jogos antigos da série, em que você sai de uma pistola para uma espingarda e por aí vai. No começo deu certo usar somente a pistola, já que os inimigos comuns, ao que tudo indica, serão os chamados “Mofados”, que são difíceis de acertar porque se mexem desordenadamente e se você vacilar, te encostam no canto e daí já era.

Tudo tem algum segredo, algum quebra cabeça, algo que você deve pegar aqui e ali pra fazer dar certo, além de que munição não é algo que você encontra com muita facilidade, sendo necessário aprender a gerenciar muito bem o que você tem. Fora que o menu de acesso aos itens é em tempo real, então nem pense em querer fazer muita coisa no inventário estando perto demais dos inimigos.

Além disso, o gerenciamento de inventário está muito bom e mais uma vez nos remete aos jogos clássicos da franquia. A diferença é que agora alguns itens chave ou especiais são armazenados em uma posição diferente dos demais itens, pra tornar o acesso mais fácil também. Vira e mexe você acaba pegando tanta coisa no cenário que vai ser preciso guardar nos baús, que ficam nas salas de saves. Lembrou dos jogos antigos? Pois é, a premissa é exatamente a mesma de antes e nestas salas agora a gente salva a partida em fitas K7, ao invés da máquina de escrever. Mas mesmo que você perca antes de salvar, o jogo tem um bom sistema de checkpoint.

Personagens com muito potencial

Uma coisa ficou muito clara pra mim ao jogar Resident Evil VII: teremos personagens memoráveis. A família Baker é encantadora pro lado mais sombrio possível. Jack Baker aparece bastante nesta primeira parte do jogo e inclusive a gente o enfrenta numa batalha onde ele é uma espécie de chefão, na garagem da casa dos Bakers após um evento muito sinistro. Tudo funciona muito bem, tanto nas batalhas como fora delas e enquanto enfrentamos Jack ou corremos dele, ele fica falando com Ethan pra deixar ele com medo – no caso você – e ao mesmo tempo vai contextualizando o jogo de uma forma muito natural, jogando frases que te faz ficar pensativo sobre a história e o que virá a seguir.

Marguerite é um anfitriã de primeira, que adora ver todo mundo comendo a mesa e se não comer, ela fica puta mega decepcionada. Lucas, como vemos em um dos trailers do jogo, parece meio maluco assim como seus pais. Fora que vi coisas o suficiente para ter uma ideia de onde a história pode ir, mas infelizmente não podemos contar nada a respeito disso.

Tem tudo pra dar certo

Resident Evil VII tem tudo pra dar certo e é agora um dos jogos que mais aguardo para o ano que vem. Felizmente o game será lançado logo no começo do ano, dia 24 de janeiro de 2017 e finalmente muitas de nossas dúvidas serão sanadas, como quais personagens clássicos podem estar no jogo e como os novatos poderão se incluir na cronologia.

Gostei muito do visual, adorei a parte sonora, te colocando medo a cada corredor com sons e efeitos extremamente realistas e a ambientação está excelente. Algumas coisas como a inteligência artificial de Jack me pareceu meio fraca e sempre que ele chega perto de você, trata de te virar para ele para então tentar te acertar um golpe, algo que deve ser proposital pra quem estiver jogando com o Playstation VR ou Óculus Rifit, mas ainda é cedo pra julgar pois não se tratava da versão final do jogo. Torço demais para que Resident Evil VII seja o início de um grande arco na história da franquia e que faça jus a espera que vem causando até agora. A primeira impressão foi excelente!

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10 respostas

  1. parece que será ótimo, mais eu ainda não consigo olhar pra esse jogo é enxergar como um resident evil

    1. Cara, eu tinha essa dificuldade, mas jogando vc se sente jogando um Resident, por conta da ambientação, puzzles e tudo mais.

  2. Lembro que o Street Figther V era dito como incrível e é um lixo! Resident Evil VII será a mesma coisa, só o fato de ser em primeira pessoa para mim isso nunca será RE, posso comprar em alguma promoção depois de um ano. Agora o texto está incrível, parabéns pelo texto!!

    1. Não é bem assim, Street Fighter V continua sendo o melhor jogo de luta da geração, bem balanceado, técnico, personagens muito bons. A falha foi na maneria com a qual ele foi vendido e a falta de modos essenciais para muitas pessoas, como o modo arcade. Mas como gameplay não tem nenhum jogo que supere no momento.

      Resident Evil VII vem se provando um jogo muito respeitoso com a história da franquia, a ambientação está ótima, acredite. Quero ver pra onde vai a história, pq depois de ter jogado essa é a única coisa que pode fazer o jogo ser ruim, caso não retrate nada que já vimos até agora.

      1. exatamente isso que iria falar sobre Street Fighter V, eu não ligo para modo arcade, e acho a jogabildiade, fluidez e curva de aprendizado que é o que realmente importa 5x melhor que do 4, e mesmo adicionando novos personagens o jogo ainda continuar bem equilibrado e fácil se adptar com eles, em 1 hora eu que sou jogador casual conseguir fazer todos desafios de combos do Akuma que lançou dia 20 ja no streeet 4 e uma merda fazer desafio e combos grandes se você perde 1 quadro e um milimitro do personagen ele defende e combo não flui ja fiquei quase 1 hora passando raiva pra fazer um combo simples com murro fraco e chute fraco bem frustrante pois não sei por que diabos o cara defendia enquanto um combo com Ex cancel e especial que era para ser mais difícil passei bem mais rápido….

  3. Eu realmente gostei de tds outros jogos dá franquia, para mim, o melhor foi RE6. Eu entendo os fãs, sei que eles preferem suas origens, o problema é que eu enxergo estes outros jogos como uma evolução de suas origens, como se eles tivessem saído daquilo que era o começo, para aquilo que era o desenvolvimento, saímos dá sobrevivência e partimos para o combate. Eu entendo o ponto de vista de cada pessoa, mas preferiria que o jogo continuasse de maneira à seguir a trama, a Neo-Umbrella acabou de aparecer, o que será dela? Ele acabou no jogo em que começou? Eu não estou gostando muito de RE7, pelo motivo de que gostaria de saber o que aconteceu com os antigos protagonistas e com mais outras coisas das quais há rumores, como o rumor sobre Piers Novas ainda estar vivo, por enquanto não posso dizer nada pois ainda não joguei, mas espero não me decepcionar, uma coisa que gostava bastante era o Coop dos dois últimos jogos, mas fico aguardando!!!!!!!!

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