League of Legends: dicas para seguir carreira no cenário competitivo

League of Legends, ao longo dos anos, tomou os holofotes (junto a games como CS:GO e outros) dentro do E-Sport, e em todo bom “lolzeiro” sempre surgem aquelas famosas dúvidas: será que eu deveria investir na carreira de jogador? Como eu deveria fazer isso? Realmente vemos que na atualidade o game arrecada bilhões em patrocínios, contratos e afins e, obviamente, os jogadores acabam valendo tanto quanto profissionais do futebol.

Mas, por onde começar? Como tentar seguir carreira com isso? Calma que o tio Guru aqui vai explicar um pouco de como pode ser essa jornada – até porque eu mesmo me envolvi nela, e se quiser tirar maiores dúvidas sobre a minha experiência, basta me adicionar pelo nick GuruLacerda.

Elo não é tudo

Ah Guru, como que eu posso me tornar pro player se eu sou bronze? Calma meu caro gazebo, elo definitivamente não é o que te define como jogador profissional (parem de encher o saco dos bronzes, eles sofrem). Primeiro de tudo, é óbvio que sim, o elo faz uma grande diferença, mas não em si pelo peso da famosa “bordinha”, mas sim pela bagagem e experiência que o jogador acaba adquirindo ao aumentar a sua habilidade. Veja pela seguinte questão: chegar ao elo Desafiante (ou challenger se preferirem) demanda um certo tempo e uma certa dedicação, mas demanda ainda mais do próprio jogador aprender com seus erros. Infelizmente a comunidade de jogadores de LoL tem o péssimo hábito de culpar sempre os outros que estão ao redor, ao invés de olhar para os próprios erros – o que gera esse ciclo vicioso de trolls e rages que parece que não tem fim.

Entenda, seu elo vai subir uma hora ou outra (não sozinho obviamente, e muito menos por elojob) com todo seu esforço e dedicação. Estude o meta atual, reveja partidas de campeonato e tente atribuir algumas das coisas já vistas no cenário competitivo para o seu jogo, e provavelmente você notará a diferença de forma gradual no jeito como você se comporta durante as partidas.

Entenda sua função

Esse acaba sendo um dos principais quesitos para seguir carreira no cenário competitivo. No meu caso, eu decidi seguir como suporte (sou main Braum) e para que eu decidisse isso, foram necessárias diversas partidas, diversas derrotas e vitórias ao longo de mais de 1 ano jogando pra finalmente decidir que essa é a posição em que eu me encaixo melhor. Porém, existem alguns requisitos para suporte, como por exemplo entender a hora em que se pode ou não dar engage no adversário, ou até mesmo a hora em que você será necessário para o disengage por conta de uma team fight que não saiu como o planejado. Acompanhei diversos jogadores tanto do cenário competitivo brasileiro quanto do mundo afora, justamente pra entender quais eram as funções básicas de todo o suporte.

E essa é uma boa base. A partir do momento em que você entende a sua função como um todo, e o que você pode ou não fazer, se torna mais fácil de jogar em equipe – independente se são amigos ou completos estranhos.

Entenda os campeões e fique atento ao meta

Durante meus primeiros dias jogando League of Legends, eu não fazia ideia do que era “meta” e do porque de eu não poder fazer um Darius suporte. Até que pouco a pouco eu comecei estudar um pouco mais os campeões, um por um, afim de entender o que cada um fazia, suas habilidades, fraquezas e etc (especialmente os suportes). No fim das contas, há um motivo para o tal “meta“, e ele serve justamente para determinar campeões que estão em alta, e que podem ser usados para adquirir vitórias de forma mais segura. Óbvio que você não é forçado a usar sempre os campeões que estão em alta só porque são do gosto e das estatísticas gerais, porém, recomendo que volta e meia use ao menos 5 da especialidade da sua rota, pra justamente se adequar ao que o próprio cenário competitivo está propondo.

Pense fora da caixa

Um detalhe bastante peculiar e que ajuda de forma geral um jogador se destacar, é o fato do mesmo ter pensamento um pouco fora do senso comum. Ah Guru, como funciona isso? Na prática, seria pensando em jogadas ou “baits” (Armadilhas) inusitados por exemplo. Talvez combinações entre ults (último golpe) diferentes, ou até mesmo lanes com personagens que geralmente não são comuns – uma vez quando o Ziggs estava na free week, eu não lembrava como era jogar com ele, e resolvi fazer ele APC (uma espécie de adc voltado pra habilidade) e no fim das contas acabou dando certo.

Pensar fora da caixa acaba se tornando uma espécie de dica valiosa, pelo fato do cenário competitivo estar precisando de um pouco mais de “ousadia e alegria” – e digo isso após analisar as diferenças entre o CBLOL e a LCS EU por exemplo.

Rage, ficar AFK e culpar os outros não ajuda em nada

Acho que agora eu fui bem específico né? Bom, sabemos que a comunidade de jogadores de League of Legends possui uma boa parcela “tóxica“. Mas sério, não se irrite (por mais que seja difícil, eu sei) tente manter a calma e ao invés de pedir para o outro time reportar o cara que acabou de morrer, pergunte a ele se ele quer alguma dica ou até mesmo se ele está com problemas com o próprio equipamento. Por diversas vezes fui jogar com alguns amigos que ainda são low Lv (que ainda não chegaram no lv30) e tive de ver geral do time mandando reportar porque a pessoa não sabia o que tava fazendo. “- Mas é óbvio que ela não sabe o que está fazendo seu animal, a pessoa ainda está aprendendo a jogar!” – não chamem o amiguinho de “animal”, isso também não ajuda em nada.

Tente tomar medidas positivas sempre que algo não der certo. A própria Riot colocou uma nota que volta e meia aparece dizendo que “x% de jogadores ganham mais partidas quando ajudam seus companheiros” e isso é pura verdade (não me recordo da porcentagem, fico devendo).

O jogo em si é baseado em comunicação

Então, lembra que eu falei pra tomar atitudes positivas? Imagine você tentando dar alguma chamada – seja para um Dragão ou Barão – em um time onde o Jungler (Selva) não para de discutir com o Top. Bem complicado né? Mas aí é que eu novamente enfatizo, mantenha uma comunicação saudável com seu time. Tente indicar sempre que algo estiver acontecendo ou quando precisar de ajuda. Só não seja aquele cara chato que fica pingando em cima do mapa a esmo, tá? Aquilo atrapalha muito.

Lembre-se: tudo vai depender apenas de você

Sim, essa é uma frase extremamente clichê, mas que se adequa bem ao caso de seguir no ramo profissional de League of Legends (ou de qualquer outro game do cenário de E-Sport). É necessária dedicação, é necessário suor, lágrimas e muita força de vontade pra seguir com esse tipo de profissão, porém, diversos jogadores comprovam que valeu a pena todo o esforço. Um jogador profissional não surge do dia pra noite e serão necessários treinos contínuos e até mesmo estudos aprofundados sobre tudo aquilo que poderá um dia se tornar seu famoso “ganha pão”.

A Riot disponibiliza uma sessão no fórum oficial do jogo, onde você poderá encontrar diversos times que buscam por jogadores, técnicos, analistas e afins, e lá é um ótimo lugar para começar a se envolver com o cenário. Não tenha medo de arriscar, se envolva em campeonatos menores por RP, por skins ou o que for, e conforme o tempo for passando você verá que todo o trabalho árduo, uma hora ou outra, vai gerar seus frutos.

E para finalizar, vou deixar abaixo um vídeo feito pelo renomado DrPuppet, que já atuou como técnico em diversos times do competitivo de League of Legends (inclusive a Kaos Latin Gamers), onde ele mesmo pode dizer, em poucas palavras, como é chegar a esse patamar tão sonhado por milhões de jogadores – e caso precise de ajuda in game ou queira tirar dúvidas também, o próprio DrPuppet promove conteúdo adicional em sua página no Facebook.