Like a Dragon: Ishin explora o passado e entrega uma experiência tão boa quanto as mais recentes – Análise | Review

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Ishin chega ao ocidente de uma maneira nada acessível para os fãs brasileiros da franquia

Lançado originalmente em 2014 para PS4, Yakuza Ishin foi comercializado apenas no Japão e trouxe para a franquia uma nova aventura em uma Kyoto fictícia, no período de 1860. 

Além de regressar para anos antes da globalizada Kyoto, esta versão alternativa trouxe os famigerados personagens dos games anteriores, mas protagonizando novos nomes. Agora, após anos, a SEGA decidiu trazer o título a nível global, agora intitulado de Like a Dragon: Ishin, em uma versão atualizada com gráficos para o PS5/ PS4, Xbox Series/ Xbox One e PC.

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O título chegou ao mercado em 21 de fevereiro de 2023 e trouxe uma nova perspectiva para a franquia e adições de novas mecânicas. Porém, os fãs brasileiros terão que lidar com a presença de uma única localização: o idioma inglês. É frustrante, visto que Like a Dragon, o mais recente título da franquia, foi totalmente localizado em nosso idioma.

Sakamoto Ryoma é Kazuma Kiryu da era dos samurais?

Like a Dragon: Ishin

A Kyo de 1860 é assolada pela desigualdade – e um samurai, Sakamoto Ryoma, mudará o rumo da história em sua busca por justiça. No meio disso, os jogadores embarrarão em Kyoto para encontrar o assassino de seu pai, limpar seu nome da acusação de um assassinato e restaurar sua honra. Sua jornada, se concluída com êxito, também dará um fim à era dos samurais e mudará para sempre o futuro do Japão.

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Sem querer dar muitos detalhes, a trama de Like a Dragon Ishin, como sua temática expõe, é voltada para a era dos samurais. Assim, dogmas, política e honra são aspectos que se destacam na história de Ryoma. O personagem, por sua vez – embora carregando a skin de Kiryu – é dotado de ações e aspectos que se diferem do tão amado personagem do segmento principal da série. Contudo, se tem uma coisa que eles se assemelham é na pancadaria.

No entanto, eu não compreendi a decisão da SEGA em não localizar o título em mais idiomas, incluindo o nosso. Ishin traz uma narrativa forte, detalhada com mensagens importantes e de muita reflexão. Dessa forma, experimentar esta jornada sem ter o conhecimento no inglês é praticamente nula, e o que lhe restará será apenas o gameplay. Em suma, a falta de uma localização em PT-BR é um grande retrocesso.

Ishin leva o hack-and-slash para a franquia da SEGA

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Embora a franquia seja conhecida como um jogo de ação, este spin-off trouxe uma grande novidade para o tradicional combate da franquia: a adição de novos estilos. Ou seja, ele mescla o uso dos próprios punhos, a katana e um revólver. Essa combinação oferece uma versatilidade de combate que lembra o estilo de Dante em Devil May Cry, com posturas e abordagens distintas. 

Com 4 estilos de combate, cada um possui sua árvore de habilidades que entregam uma vasta opção de combos, porém a forma que o desbloqueio acontece é interligada por meio de orbes referente a cada estilo de combate – sendo que esses contam com poderes distintos e, para usá-los, é preciso esperar um tempo até que carregue novamente.

Em suma, Like a Dragon Ishin traz um combate versátil que oferece maneiras diferentes de se jogar, e embora você continue apertando o botão quadrado ou o triângulo como anteriormente, desta vez, você terá em suas mãos estilos e combos variados.

Like a Dragon Ishin não é um remake 

Like a Dragon: Ishin

Hoje a indústria de games banalizou o termo ‘remake’. Assim, o termo traduzido para o nosso idioma significa “refazer”. Diferentemente do remaster, que pega o jogo original e o adapta para que seus gráficos fiquem melhores, no remake o jogo inteiro é refeito. Isso dá a chance para os produtores atualizarem não só os gráficos, mas também jogabilidade e até mudarem um pouco o game, uma reimaginação.

Tendo isso como prévia, hoje a indústria ou esqueceu do significado da palavra, ou usa o termo para criar expectativa. No ano passado, The Last of Us ganhou uma versão para PS5 com o slogan de um remake, sendo que a Naughty levou o título em toda sua estruturação original em um visual semelhante, se não melhor, do que em The Last of Us: Parte 2.

Para ser um remake, deve haver mudanças significativas em arquétipos da obra original e não apenas mudar um motor gráfico ou trazer adições modernas. Like a Dragon Ishin, por exemplo, chegou ao mercado como um remake do game de 2014 que já desfrutava da tecnologia do PS4. Dito isso, a nova versão de Ishin está longe de ser um “remake” de fato. 

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O grande ponto que embasa esta tese é sua estrutura de level design, cuja estética se manteve em 2014. Em relação aos gráficos, no entanto, as animações são de uma qualidade formidável e isso se estende para os momentos in-game. Porém, durante alguns diálogos com NPCs é possível ver uma queda na qualidade. Por sua vez, as mecânicas de combate e todas as alegorias secundárias tiveram ótimas adições.

Em suma, Like a Dragon Ishin não é um remake, mas é uma remasterização com um visual formidável que irá agradar aos fãs da franquia.

Ainda é Yakuza

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Se você jogou todos os games da franquia, não se preocupe, você será consumido assim como foi com os títulos anteriores. A magia que faz Yakuza ser o que é está presente em Ishin, mesmo em uma época diferente. Você terá inúmeras atividades para fazer e missões secundárias tão interessantes quanto as principais. Assim, seja pescando ou participando de shows, Kyo está repleta de atividades e passatempos divertidos.

Afinal, Like a Dragon: ishin é tudo isso mesmo?

Like a Dragon: Ishin é um formidável prelúdio para tudo que já vivenciamos com a franquia Yakuza ao longo dos anos. A Kyo de 1860 é tão cativante como a Kyoto de Kazuma Kiryu.

Contudo, por se tratar de um relançamento com visuais atualizados, é perceptível as limitações da era do PS4 que foram mantidas no level design, no sistema da árvore de habilidades e na movimentação – adicionados a ausência de uma localização para o nosso idioma.

Em suma, Ishin chega ao ocidente mostrando que a franquia Yakuza ainda é relevante, independente da época que se passe.

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