Plants vs Zombies: Battle for Neighborville é uma grata surpresa, mas carece de melhorias | Análise

Plants vs Zombies

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Plants vs Zombies traz um novo cenário de guerra para a franquia

É um fato que Plants vs Zombies foi um fenômeno desde o lançamento, e hoje já é uma marca forte, assim como Angry Birds. Muitas pessoas ficaram desacreditadas quando a EA quis mesclar a fórmula de tower defense com tiro em terceira pessoa, mas Garden Warfare surpreendeu, mostrando que um jogo de tiro pode funcionar além do estilo de guerra convencional.

O primeiro Garden Warfare surpreendeu em todos os sentidos e garantiu dezenas de horas de diversão, o que gerou muitas expectativas para sequência. Garden Warfare 2 além de manter a essência do anterior, expandiu o conceito e aprimorou tudo, assim proporcionando ainda mais horas de diversão. Mas será que este novo título faz jus ao legado da franquia? Vamos descobrir agora.

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Plants vs Zombies: Battle for Neighborville é o sucessor de Garden Warfare 2, ambos desenvolvidos pela PopCap. Lançado para Xbox One, PS4 e PC, o shooter oferece novas plantas e zumbis jogáveis, diversos mapas inéditos e conteúdo de sobra nos modos PvE e PvP.

O PvP mantém a qualidade dos antecessores?

 

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Todos os modos retornaram: dominação territorial, gnomba, suburbination, mistureba, abate em equipe, abate confirmado, e derivados. A novidade é que existem eventos que tentam mesclar elementos dos modos clássicos para tentar criar algo inédito. Também temos tudo oficialmente dividido por classes: ataque, defesa e suporte. Lembra Overwatch, certo? E não é por acaso, a nova obra da PopCap se inspira bastante no jogo da Blizzard.

O dominação territorial é o que mais tenta imitar o estilo de Overwatch. Nele temos mapas enormes em que uma equipe precisa levar a carga até o objetivo final antes que o tempo se esgote, e a outra precisa impedir que isso ocorra. Aparentemente simples, porém, quem joga Overwatch sabe o quanto é necessário estratégia e trabalho em equipe pesado para obter a vitória. A adição de escudos e a maneira como as habilidades funcionam também é semelhante. Devido ao aumento considerável dos mapas, há a possibilidade de correr, segurando o analógico do controle.

As plantas e os zumbis continuam com o mesmo sistema de nível, ou seja, toda vez que o nível 10 for alcançado, o personagem subirá de patente, terá seu nível resetado e receberá melhorias. Melhorias essas que estão bem mais interessantes aqui. Em Garden Warfare 2 elas se resumiam apenas em aumento de dano, velocidade e vida. Agora elas envolvem as habilidades, requisitando que o jogador seja mais sábio na hora de escolher.

O PvE é isso tudo mesmo?

 

Definitivamente esta é a cereja do bolo. O título oferece ao jogador 4 mundos abertos repletos de missões, itens colecionáveis ​​e segredos. Dois são exclusivos das plantas e os outros dos zumbis, é possível fazer todas essas tarefas com até 3 amigos, o que torna tudo mais divertido. É importante deixar claro que o PvE deste game foi feito para ser jogado com pelo menos dois jogadores, você até pode jogar sozinho, porém, tudo fica bem difícil.

Tenho que destacar algumas missões, principalmente as que envolvem derrotar um chefão no final. Alguns deles são dignos de comparação com chefões dos games 3D do Mario. Os mesmo são muito bem elaborados, exigindo dos jogadores estratégias e trabalho em equipe.

Os segredos espalhados por esses mundos também é algo a se notar, e apenas os jogadores mais dedicados os encontrarão e resolverão os puzzles que concedem excelentes recompensas. Falando em recompensas, ao completar missões e derrotar inimigos você recebe moedas de ouro e tacos. Ambos servem para trocar por itens cosméticos e mapas de tesouros.

Muitos problemas técnicos

 

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No momento, talvez essa seja a grande pedra no sapato do jogo da PopCap. Vamos começar pelo o que está mais incomodando a comunidade. Além da instabilidade constante nos servidores, temos uma jogabilidade que está muito estranha, e não é tão fluída como a dos antecessores. Os tiros estão muito lentos, e os mesmos não saem das armas e sim de uma espécie de drone por trás de você. Isso tudo certamente torna acertar um alvo uma tarefa extremamente frustrante, principalmente com o Cacto e o Pirata que são atiradores de elite.

Outro detalhe envolvendo jogabilidade é o desbalanceamento gritante entre os personagens. O Touquinha-  que é um cogumelo ninja – é um exemplo perfeito. Ele tem uma hitbox muito pequena, é ágil demais, consegue ficar invisível, tem como tiro principal rajadas grandes que são muito fáceis de acertar, e uma habilidade em que ele realiza uma série de socos. Além do valor de dano ser alto, ele é executado em área.

Apesar de Battle for Neighborville estar graficamente lindo, o fator desempenho passa por transtornos. Estes sãos os principais: quedas de frame significativas e o game simplesmente fecha sozinho. E os bugs? Eles também estão presentes: o som sendo cortado repentinamente, bombas de feijões que desaparecem ao serem lançadas, plantas de suporte, quando curadas, começam a bater cabeça como se estivessem num show de rock, e por aí vai….

Preocupante com certeza, principalmente se levarmos em consideração o modo competitivo que vai estar disponível em breve. Lembrando que isso tudo pode ser consertado com atualizações futuras.

Problemas com microtransações de novo, EA?

 

É importante deixar claro que as únicas coisas que poderão ser adquiridas com dinheiro real são itens cosméticos, nada que influencie o gameplay. Dito isso, vamos aos detalhes. Com as moedas de ouro obtidas jogando, é possível usá-las em uma máquina de capsulas para desbloquear cosméticos para os seus personagens. O problema é que são necessárias 30 mil moedas para desbloquear uma capsula, e nela há chande de vir: uma skin inteira, um pedaço de uma skin, emotes, figurinhas e falas.

É realmente frustrante o jogador usar isso tudo de moedas para no final receber um único item e ainda correr o risco de ser uma fala, que é algo totalmente dispensável neste jogo, já que as plantas e os zumbis sequer falam, e se trata apenas de uma frase que surge na cabeça dos mesmos.

E como se isso não fosse o suficiente, ainda tem o passe de batalha que lembra o de Fortnite, e é por meio dele que conseguimos os melhores itens cosméticos e exclusivos de eventos temáticos. Desafios diários e semanais dão a oportunidade de obter o passe de graça, mas são extremamente exaustivos e chatos de serem completados.

Pela primeira vez na história da franquia temos skins que mudam totalmente o conceito do personagem, o que é algo muito bom. Entretanto, é uma pena ter isso por trás de uma sistema que claramente pede para os usuários abrirem a carteira. Se fosse free-to-play tudo bem, mas estamos falando de um título pago.

Veredito

 

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A EA diz ter pretensão de deixar Plants vs Zombies: Battle for Neighborville vivo durante muitos anos com atualizações gratuitas que trarão novos personagens, mapas e modos. O que de fato pode ser concretizado a médio e longo prazo. O mesmo tem potencial para ser o melhor título da franquia, mas tudo depende das decisões que a empresa tomará com os passar do tempo.

Se o jogo tivesse sido lançado em Dezembro deste ano ou no começo de 2020, provavelmente a maiores desses problemas teriam sido evitados. Seja você fã ou não da franquia, o recomendado é aguardar um pouco e ver como Electronic Arts vai lidar com essas situações. Porém, se estiver muito ansioso sugiro aproveitar o que Plants vs Zombies Battle: for Neighborville tem de melhor no momento, que é seu PvE.

 

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