Dos mesmos produtores de The Office, série mistura reality show e documentário, numa experiência hilária e inteligente
“Jury Duty”, que no Brasil recebeu o nome de “Na Mira do Júri” e está disponível no catálogo do Prime Video, é uma série de humor e conta com três indicações ao Emmy – incluindo melhor série de humor, melhor elenco e melhor ator coadjuvante.
Sucesso de público e de crítica desde o seu lançamento, a série mistura conceitos de reality show e documentário, para retratar a rotina de um corpo de jurados de um julgamento nos Estados Unidos, a partir da perspectiva de um jurado específico – o Ronald, também conhecido como jurado #6. Isto porque, tudo no julgamento não é real: o caso não existe, o juiz é um ator, bem como todos os outros jurados. Apenas Ronald acredita de fato, ter sido convocado para um julgamento de verdade.
A partir desta premissa, muitas situações são impostas à ele, desde reviravoltas no caso, passando por conflitos entre vítima e acusado, até a própria relação dele com os demais jurados. As situações ora são engraçadas, ora exageradas, ora colocam Ronald diante de dilemas complexos.
“Jury Duty” ganho destaque na crítica especializada, e alguns motivos ajudam a explicar o porquê esta é a série do momento:
HUMOR
Que existem diferentes tipos de humor, não é novidade para ninguém! Que o humor se inspira na vida real para fazer rir, todo mundo também já sabe! A verdade é que o humor é uma forma de gerar conexão e, muitas vezes, tratar assuntos sérios de forma leve.
Em “Jury Duty”, o humor é uma ferramenta de entretenimento, mas é também uma forma de gerar reflexões sobre caráter e resiliência.
EPISÓDIOS
“Jury Duty” é altamente “maratonável”. Possui oito episódios com pouco menos de trinta minutos cada. O tempo total da série é de quatro horas e, por isso, fácil de assistir num final de semana ou dividida em curtos intervalos de tempo.
UM NOVO HERÓI
É da natureza do ser-humano buscar referências e projetar-se em personagens e figuras emblemáticas. Uma das funções dos super-heróis na cultura pop é esta e, não por acaso, tantas crianças gostariam de ser o Homem-Aranha.
Ronald, o jurado #6, é este novo herói. Se num primeiro momento, o fato dele estar participando de uma grande “pegadinha” pode gerar sentimentos parecidos com dó ou empatia, ao longo dos episódios, a forma com que ele reage às situações move também a percepção do espectador sobre ele, colocando-o em outro patamar.
Em tempo, vale dizer que ele acabou selecionado depois de vários testes, sob o pretexto de participar das gravações de um documentário que acompanharia, de fato, a rotina de um corpo de jurados.
GENIALIDADE
A proposta de “Jury Duty” pode não ser original – é inspirada em pegadinhas, trollagens, jogos de sabotagem. No entanto, a construção da ideia é genial: um roteiro vivo, repleto de caminhos alternativos, elenco afiado na arte da improvisação, desenvolvimento de personagens e situações que, ao mesmo tempo que precisam ser caricatas, não podiam ser muito evidentes (para que Ronald não desconfiasse da experiência), o aparato técnico de produção, cenografia, câmeras. Tudo isto faz de “Jury Duty” um programa de humor que não subestima a inteligência do espectador e a qualidade esperada do gênero.
O que você faria se recebesse a convocação para atuar num corpo de jurados de um julgamento? Como são suas ações e comportamentos quando não sabe que está sendo observado ou avaliado? Assista “Jury Duty” (ou “Na Mira do Júri”), pense sobre isso e divirta-se!
