Rainbow Six: Extraction é um co-op desbalanceado e incoerente | Análise

Rainbow Six Extraction

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Rainbow Six com modo horda

Depois de Left 4 Dead 2, o mundo dos games se tornou órfão de jogos cooperativos com modo horda. Assim, após Guerra Mundial Z e, o mais recente, Back 4 Blood, esta experiência voltou a ganhar destaque. Assim, a Ubisoft decidiu levar Rainbow Six, sua franquia tática, para este cenário caracterizado por inúmeras hordas de inimigos que possibilitam aos jogadores bastante desafio.

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Dito isso, Rainbow Six: Extraction reciclou todos os conceitos de seu mais recente título da franquia, R6: Siege, e levou para um modo horda com a adição de objetivos e uma ameaça alienígena. Portanto, com a estreia no dia 20 de janeiro para PS5/PS4, Xbox Series/One e PC, será que Extraction terá o apreço dos fãs do gênero co-op ou conseguirá se manter enquanto Rainbow Six: Siege ainda é recorrente?

Abaixo confira minhas impressões acerca desta entrada da franquia R6.

Rainbow Six: Extraction oferece uma experiência descomprometida com sua progressão 

Primordialmente, diferentemente de Siege, Extraction traz uma experiência PvE herdando mecânicas e features do game competitivo lançado em 2016. Assim, basicamente, a Terra é invadida por uma presença alienígena que pôs em risco a vida humana. Dito isso, em resposta a essa iminente ameaça, um esquadrão super preparado composto por agentes e uma estrutura bem acabada de outros profissionais, a REACT, será a responsável por restabelecer o controle enquanto tenta aprender mais sobre este invasor.

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Rainbow Six

Partindo deste conceito, nossa experiência em Extraction baseia-se apenas em concluir objetivos, num total de 3, de forma randômica, enquanto evoluímos nossos agentes e elevamos nosso marco, e desbloqueamos novos locais. Seguindo essa trindade, teremos nossa progressão em Extraction, já que em nenhum momento há uma obrigatoriedade para se avançar pelos os mapas disponíveis. Por exemplo: Um dos nossos primeiros locais é o de Nova York, que possui três mapas. Porém, você pode acessar todos esses três mapas enquanto seu marco aumenta e novos locais são desbloqueados. E é aí que está o grande problema de Rainbow Six: Extraction, o de ser descompromissado com sua progressão.

Assim, não há um desafio na progressão, onde teríamos que concluir um mapa para desbloquear outro e assim sucessivamente. Ademais, a ausência de uma animação que nos mantenha atualizado com a trama só comprova este descompromisso com a progressão.

O conceito tático de Rainbow Six não deu certo com a ação frenética do modo horda

Como citei anteriormente, Extraction é uma mescla de conceitos, onde temos o modo horda com as mecânicas de Rainbow Six, onde temos o realismo dos movimentos dos operadores e das armas, por exemplo. Assim, juntar estes conceitos tornou da experiência de Extraction um co-op desbalanceado e incoerente. Pois, é impossível tornar dinâmico toda a freneticidade dos inimigos, e a ação proposta, com a lentidão dos operadores, o recoil das armas e a demora na hora de se carregar a arma, algo característico da franquia. E o resultado destes conceitos conflitantes é uma experiência desbalanceada e árdua, não por ser desafiadora em sua essência, mas por levar, para um modo que requer muita ação, mecânicas de gameplay cadenciado. Ademais, além deste conflito de conceitos empregados em Rainbow Six: Extraction, a dificuldade é algo bastante desbalanceada com inimigos nos derrubando com apenas dois golpes e spam de inimigos.

Em resumo, Extraction é desafiador e difícil pelos piores motivos.

Uma experiência online consistente

Mediante a tudo que mencionei acima, Rainbow Six: Extraction me proporcionou uma experiência online consistente em todos os aspectos. Começando pelos servidores, estes se mantiveram firmes até então sem nenhuma queda. Outro grande destaque de Extraction é seu tempo de loading, que não nos deixa na mão durante o carregamento das partidas. Em adição, não posso deixar de destacar a fluidez e os gráficos do game, que estão seguindo o que a Ubisoft vem trazendo nesta nova geração. Por fim, a dublagem e efeitos de sons dos tiros, dos inimigos e dos personagens é algo que a companhia apresentou com excelência. 

Mas afinal, Rainbow Six: Extraction é tudo isso mesmo?

A franquia Rainbow Six quis embarcar na experiência que Left 4 Dead se tornou influência. Porém, levar seu estigma tático, cadenciado e estratégico trouxe uma incoerência durante o gameplay, o que tornou sua experiência desbalanceada. Ademais, jogar Extraction na companhia de mais dois amigos é um dogma a ser seguido, caso contrário seus dias no game não serão muitos. Outro detalhe está no que, de fato, Extraction poderia ter sido. Seu desapego na progressão torna desestimulante e insatisfatório sua experiência, o que nos leva a pensar que o título caberia, sem nenhum problema, em um modo adicional em Rainbow Six: Siege, visando aqueles jogadores que não se adequaram a natureza competitiva do game.

Por fim, o que é alarmante é como a Ubisoft vai fazer para dar a este título uma vida útil decente, já que o gameplay é um conflito de conceitos e temos uma lore sem nenhum peso. Ao que parece, o que veremos é a adição de novos locais com um resquício de trama e de novos operadores. Se isso fará de Extraction um co-op recorrente, sinceramente, acho difícil. Mas, veremos!

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2 respostas

  1. Belo texto, bro! Sintetiza uma série de percepções e sentimentos que compartilhamos no game. Essa sensação de desequilíbrio na colisão de dois mundos está presente o tempo todo e não deixa de ser um pouco frustrante mesmo.

    E fico honrado em aparecer ali no print do gameplay… rs.

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