Testamos o Playstation VR, Oculus Rift, HTC VIVE e contamos o que achamos deles

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A realidade virtual invadiu o Brasil na BGS desse ano, onde muitas pessoas esqueceram da vida normal e imergiram em um novo universo que promete ser o futuro dos games e do entretenimento. Mesmo que ainda sejam grandes, cheios de fios e desajeitados, os óculos de realidade virtual já mostram a que vieram, mas cada um deles tem vantagens e desvantagens.

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Nós testamos o Playstation VR no Stand da Sony e logo depois o HTC Vive no stande da Nvidia. O Rift nós já havíamos testado em outros eventos, mas também voltamos a ter contato com o gigante do VR que hoje é do Facebook e podemos então, comparar cada um deles.

A ânsia é coisa do passado

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Desde que você não tenha jogado a demonstração de um jogo de asa delta no stand da Gigabyte, é muito provável que você não tenha sentido o que chamamos de Motion Sickness, ou a famosa ânsia, ao jogar com um dos três aparelhos de realidade virtual. Mas saiba que sentir-se mal era algo comum até pouco tempo atrás, quando o VR ainda estava em testes. Apesar de não haver uma definição concreta do motivo desse fenômeno acontecer, alguns fatores foram explicados pela AMD quando estivemos nos escritórios da empresa aqui em São Paulo em um tour de realidade virtual.

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Sasa Marinkovic – Chefe de Marketing em VR na AMD – nos contou que para a realidade virtual ser realmente o que promete, é necessário um avanço tecnológico muito grande, já que precisamos de 144 FPS/ 16K / latência zero e 743 TFLOPS de potência para reproduzir a realidade virtual com a qualidade que os desenvolvedores precisam – segundo Sasa.

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Sasa Marinkovic

Mas vamos demorar um pouco pra chegar até lá e ao menos a questão da ânsia pôde ser solucionada quando os desenvolvedores de softwares para realidade virtual conseguiram fixar os quadros por segundo dos jogos em VR em 90FPS. Se para rodar um game a 60FPS (as vezes até mesmo a 30) os consoles da nova geração já sofrem um bocado, imagina a 90FPS.

Em nossos testes com o Playstation VR, HTC Vive e o Rift não sentimentos absolutamente nada. Podemos mexer a cabeça com velocidade e nada de anormal acontecia. Então podemos ao menos ter a confiança de que esse problema não irá acontecer com nenhum destes três aparelhos, considerados os principais do ramo de VR. Apesar que tudo pode depender também do software em questão, que precisa ser bem programado.

Os Jogos

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Então, entramos num campo complicado para a realidade virtual, que é o visual e a qualidade dos jogos, já que nesta questão o VR ainda não mostrou a que veio. Aqui, o jogo ou a experiência precisa ser convincente e colaborar com a imersão. No stand da Nvidia tínhamos o que há de mais top em PC Gaming, tanto no Rift quanto no HTC VIVE. No HTC, jogamos três games: Um de boxe, que apesar de simples, era bem divertido. Graficamente era “ok”, com poucos detalhes, mas exigia uma movimentação insana pra desviar dos golpes do adversário e logo depois, levá-lo ao chão.

Faltava torcida e parecia um jogo de Playstation 3 (da primeira geração) em 360º. Neste mesmo aparelho, jogamos um de terror baseado no filme Atividade Paranormal, que tinha um cenário bem detalhado, mas as mãos do personagem eram bem estranhas, apesar do jogo ainda parecer estar em desenvolvimento. A imersão foi o ponto mais forte desse game de terror, o que nos leva a crer que este será o gênero preferido para o VR.

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O que mais impressionou dos três jogo que testamos no HTC foi o Nvidia VR Fun House, pela qualidade gráfica e pela diversidade de atividades. Parece um Wii Sports ou aquelas coletâneas do Kinect, justamente pra mostrar o que a Nvidia pensa para o VR. Inclusive é o primeiro game produzido pela fabricante de placas de vídeo em toda a sua história. Como jogo, o Fun House é bem legal, com um bom visual, apesar de você ficar parado num local e poder se mover em 360º e não conseguir andar nem usando o controle. Mas parece ser daqueles games que você vai largar rápido e serve mesmo é pra mostrar como se joga num aparelho destes.

Estes jogos foram todos no HTC VIVE, que precisa de dois sensores na sala, um em cada canto. No Rift é necessário uma câmera somente, assim como o Playstation VR, e talvez esses sensores sejam a maior diferença do HTC VIVE para os demais, além de seus controles, que falaremos adiante.

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No Rift jogamos The Unspoken, feito pela Insominiac (Sunset Overdrive, Ratchet and Clank) e nos surpreendeu bastante pela qualidade gráfica e a maior diversidade na jogabilidade, sendo possível alterar a sua posição através de teleportes. O game é um PVP pra dois jogadores onde cada um deve tirar dano um do outro jogando magias, enquanto é possível defender com a outra mão e um escudo de energia. Todos os jogos devem ser compatíveis entre o Rift e o HTC e a experiência de ambos foi muito satisfatória.

No Playstation VR jogamos dois games. O primeiro foi RIGS, uma espécie de esporte entre robôs onde as regras eram bem complexas. Ao mesmo tempo em que deve fazer a pontuação principal do game, você deve atirar nos robôs inimigos. Parece um Titanfall onde você só usa o titã.

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Inicialmente recebemos a instrução de que era pra atirar mirando com a cabeça, mas depois que descobrimos que dava pra mirar usando o controle, fizemos uso do VR pra encontrar os inimigos no cenário, podendo mirar pra um lado e olhar para o outro. A experiência foi bem legal e é um jogo que promete, que tem um bom visual, mas você percebe que não é no mesmo padrão dos jogos atuais do PS4 por conta dos FPS que precisam ser bem constantes e muito altos, tirando qualidade das texturas em geral.

Jogamos também Batman VR, mas este vamos trazer a experiência de forma separada em outro artigo e vídeo. No geral, o Playstation VR demonstrou um ótimo potencial, assim como o Rift e o HTC, mas vale lembrar que os dois últimos são pra PC e contam com o poderio de máquinas de ponta, enquanto que o Playstation VR nós vimos rodando no PS4 normal, o que é uma boa segurança pra quem tem o console hoje em dia. Mas não sabemos se todos os jogos que virão conseguirão rodar nele no futuro, como a Sony diz. Ainda mais agora com a chegada do PS4 Pro.

Controles

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Todos os aparelhos possuem controles muito diferentes. O HTC tem um misto de controle do Wii com uma das pontas circular vazada, que torna o controle bem grande. Há um tempo de resposta muito bom em todos eles e o que manda aqui talvez seja a facilidade de acesso aos botões. O do Rift tem analógicos que o deixam semelhante aos dos consoles e ele tem uma grande vantagem de ser bem pequeno e ergonômico. O Playstation VR usa dois Playstation Move, que finalmente a Sony parece ter achado uma serventia para ele.

No geral todos os controles parecem ótimos, exigindo um tempo de adaptação.

Conforto

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Tanto o HTC quanto o RIFT são bem confortáveis, com a sensação de que se você virar a cabeça muito rápido acabará sentindo um pouco do peso deles. O Playstation VR foi o que mais nos surpreendeu neste quesito, pois é bem leve e possui um ajuste através de um botão e uma presilha bem diferente dos outros dois concorrentes. Quando ajustado, você percebe que ele é todo almofadado e não pressiona tanto o seu rosto. Dos três, podemos dizer que é o mais confortável por uma pequena diferença de qualidade do material.

O futuro parece brilhante

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Até agora a realidade virtual é uma promessa, e deve ficar assim por algum tempo. O Playstation VR deve ser o mais acessível, pois não dependerá de um computador mega forte pra rodar e já possui uma base instalada importante de 40 milhões de consoles. Porém, o PC é um aparelho que pode ser usado pra muita coisa e pode receber a preferência do consumidor por conta dos updates de hardware, que no VR pode ser algo constante pra acompanhar a evolução. Além disso, os computadores devem receber vários games experimentais de fácil acesso, onde bastará o usuário ter um dos aparelhos pra poder rodá-los.

A realidade virtual está entre nós e o futuro parece brilhante. Tudo depende do rumo que os desenvolvedores darão em termos de softwares e games, pois o público já parece ter abraçado a causa, inclusive nós do Combo Infinito, que estamos bem empolgados com tudo que vimos!

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