The Witcher: 1ª Temporada é empolgante, mas faltou algo | Análise

The Witcher

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Uma nova adaptação para The Witcher

The Witcher é uma obra criada pelo o escritor e romancista polonês Andrzej Sapkowski. Originalmente nascida dos contos e romances criados por Andrzj, suas obras não conseguiram alcançar um público que não fosse o polonês. No entanto, após um acordo entre, a recém-nascida, CD Projekt Red e o escritor – para fins de adaptação de seus vindouros games – foi quando a obra de Sapkowski ganhou um maior alcance.

Em consequência, a CD Projekt Red produziu três belos jogos usando todo o vasto material dos livros. Porém, o estúdio polonês não adaptou seus jogos aos contos originais. Por sua vez, seus games foram criados com base na mitologia já criada por Andrzej, e, assim, apenas deram continuidade aos eventos do último livro – cronologicamente falando – A Senhora do Lago.

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Vale destacar, que houve adaptações cinematográficas, adaptadas nos livros, nacionais e internacionais, porém sem sucesso algum. De fato, foram os games que fizeram os leigos pela a obra original a ganharem maior interesse pela a tal.

Até então, os games são as melhores referências da obra original. Prova é, que muitos jogadores só passaram a conhecer os livros depois de jogar os jogos. Embora os games tenham feito um exímio papel de expandir e dar continuidade a esta mitologia, carecemos, mesmo, é de uma adaptação cinematográfica de respeito, à altura dos jogos.

Assim, partindo desta carência e do grande apelo da imensa comunidade de fãs, The Witcher vai ganhar uma adaptação. Esta nova adaptação será em forma de uma série produzida pela a Netflix com a consultoria de Andrzej Sapkowski. A séria conta com a presença de Henri Cavil como Geralt e um elenco não muito conhecido, mas a promessa é de uma fidelização aos livros.

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Mas afinal, será que a tão aguarda adaptação cinematográfica de The Witcher vai agradar? Será que irá superar os famigerados games? Me acompanhe e descubra o que achamos.

Foco na origem dos principais personagens

A série de The Witcher terá como base o primeiro livro: O Ultimo Desejo. Romance este, que dera origem a muitos personagens vitais nesta mitologia medieval. Tais como: Geralt, Ciri e Yennifer, além de eventos de grande importância. E seguindo esta linhagem, a série da Netflix assim se estruturou, embora não podendo trazer pra si todos os acontecimentos. Motivo este, segundo a Showrunner da série, Lauren Schmidt Hissrich, tudo de relevante e crucial no primeiro livro não caberia em 8 episódios.

Sendo assim, foi decidido que a primeira temporada da série focaria nas histórias de origem de Geralt, Ciri e Yennifer. De fato, esta decisão foi muito bem executada, porém faltou algo. Em suma, a primeira temporada trouxe consigo em seus 8 episódios, de quase 60 minutos, três histórias que ao longo de seu término se conectam. Contudo, o desfecho deste desenvolvimento não consegue alcançar o clímax de todos os eventos demostrados nos respectivos episódios.

Esta falha foi o grande deslize da série em sua estreia. Digo isso, porque nos oitos episódios disponíveis somos apresentados a um contexto tão simples de se resolver, mas os capítulos atrasam o grande momento que sempre somos lembrados e apresentados. Este deslize se deve a algumas decisões de roteiro que se preocupou tanto em apresentar que se esqueceu de concluir. Assim, tornando esta experiência totalmente um linha reta sem fim.

Assistir a todos os episódios na expectativa de ser impactado ou surpreendido, e no final fui alimentado com momentos desnecessários. E este ciclo vicioso se mantém até o capítulo 8 onde já nos perguntamos se o que eles construíram desde o primeiro episódio irá, de fato, irá acontecer. Infelizmente, a série se preocupou mais em nos encher de informações e se esqueceu de seu foco principal, seu desfecho. Certamente, iremos aguardar a segunda temporada sem nos lembramos de algo marcante da primeira temporada.

Sem sombra de dúvidas uma ótima adaptação, embora com falhas.

Embora com falhas no desenvolvimento de seu roteiro, a série de The Witcher é uma ótima adaptação. Tanto na área artista, quanto na conceitual, ela foi capaz de imprimir a visão dos livros. Aspectos como: vestimentas, trilha sonora e a temática cultural replicam todo o senso apresentado pela a obra original.

Como um grande fã e leitor dos romances, me senti confortável em visualizar toda a estrutura artística interpretada, embora com algumas licenças poéticas. Liberdade esta, de roteiro, não chega a distorcer ou fugir da obra original, mas poderia ser melhor – como é o caso da Floresta de Brokilon.

A priori, nos livros este local é descrito com tamanha hostilidade e inúmeros detalhes. Já na série, presenciamos algo totalmente diferente onde aspectos significativos da floresta não foram incorporados. Assim, toda a relevância que este ambiente tem neste universo foi deixada de lado na adaptação.

Em contrapartida, partindo para o âmbito dos personagens, também ouve um grande esmero em adaptar a personalidade dos atuantes, bem como os aspectos culturais da mitologia de The Witcher. Embora havendo uma licença poética na caracterização dos personagens, o conjunto da obra entregou um excelente trabalho. E parte deste acerto se estende as coreografias dos combates e confrontos contras os monstros.

Entretanto, assim como a representação da Floresta de Brokilon, a adaptação errou em um dos personagens, Triss Merigold. Esta, considerada peça fundamental para todo o seguimento narrativo desta mitologia, não foi bem adaptada na série. Este caminho longe da curva para a personagem não agradou os fãs. Simplesmente, sua adaptação tanto em visual, quanto na personalidade passou longe de tudo aquilo que conhecemos nos livros e nos games. Portanto, este detalhe incomodou muito nos episódios em que participava, pois não víamos a personagem, de fato, lá.

E quem disse que não trouxe aspectos dos games?

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O prisma de toda a série foi, de fato, os livros, assim como mencionado em algumas entrevistas. E, certamente, foi o que presenciamos em sua totalidade. Porém, a série trouxe aspectos, mesmo que sutis, presentes nos games. Em especifico, uma cena onde Geralt entra em uma taverna e os presentes no local tem intimidá-lo. Esta determinada cena embora não sendo idêntica com a do game, sua construção lembra bastante com a ocorrida em The Witcher 3.

É bem verdade, que foram os games que nos fizeram enxergar e tornou palpável tudo que foi descrito nos livros. Assim, tudo que conhecemos quanto à trilha sonora, combates, magias se remetem aos jogos. E isso é inquestionável. Deste modo, é impossível não ter como base de comparação os games da CD Projekt Red. E assim se fez, e por meio desta ótica presenciamos alguns detalhes semelhantes aos apresentados nos games.

Primordialmente, o combate e o uso das magias é o aspecto que mais se assemelham aos interpretados pelos os games. Ver Geralt em ação com toda sua brutalidade e em momentos específicos se beneficiando de magias e elixires é algo bastante familiar – visualmente falando. Em seguida, Jaskier (nos livros) ou Dandelion (nos games) é a grande atração da série e o maior acerto. A adaptação do bardo está impecável conseguindo mesclar as duas versões do personagem – tanto nos games, quanto nos livros.

Ver o poeta cantado musicas de suas aventuras com Geralt é como se mergulhássemos nos livros ao mesmo tempo que  ouvíssemos as trilhas sonoras de The Witcher 3. Certamente, o combo perfeito. Além disso, todo o visual e sua atuação imprimem a verdadeira personificação do personagem.

O melhor Geralt?

Embora cada uma das mídias tenha interpretado o personagem segundo suas visões, este “novo” Geralt teve o grande desafio nas mãos. Criar um personagem em 3D ou em um livro e fazê-lo ter carisma vai depender dos aspectos que o criador irá depositar no mesmo. Já em uma atuação física, este conceito possui nuances. Primeiramente, há a escolha do ator que deve se encaixar com o conceito apresentado na obra original. Segundamente, os aspectos do personagem devem ser interessantes e profundos. Partindo deste principio, este novo Geralt teria um grande desafio pela a frente.

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Assim, o nome escolhido para dar vida ao bruxo mais conhecido no mundo dos games, e fazer jus ao personagem original, foi Henri Cavil. Conhecido por protagonizar o deus kriptoniano, Superman, sua nova atuação seria algo mais “pé no chão”, embora que ainda fora da realidade. Em suma, ao longo dos 8 episódios da série esta nova versão de Geralt de Rívia se saiu muito bem. A atuação de Henril Cavil e seu empenho foram capazes de trazer uma versão nova e reconhecível do bruxão.  Falo reconhecível por este Geralt ter traços do que foi apresentado em The Witcher 3.

De acordo com Henri, ao longo das filmagens, ele inspirou toda sua atuação no Geralt dos games, principalmente jogando The Witcher 3. E este trabalho de interpretação fez bem ao ator, pois ele conseguiu mesclar as duas versões do bruxo e o resultado foi incrível. Henri Cavil nos entrega um Geralt conselheiro, que faz de tudo para evitar o caos e se mostra um ser humano cheio de sentimentos armazenados em uma postura fria de um bruxo. E, de fato, é a persona que conhecemos nos livros e nos games. Embora os games deem uma parcela subjetiva do caráter do personagem nas mãos do jogador, alguns aspectos sólidos se fizeram presentes na série. Em suma, Henri Cavil trouxe o melhor do personagem tanto dos livros, quanto dos jogos.

O Veredito

A primeira temporada de The Witcher é o convite a este universo mitológico criado por Andrzej Sapkowski. Esta adaptação pode ser descrita como o pontapé inicial para quem ainda não conhece o universo. Sobretudo, uma expansão deste mundo iniciado pelos livros e que ganhou seu renome com os jogos.

Independente do público, a série traz uma ótima adaptação sendo fiel em sua estrutura artística, nos combates e afins. Porém, sua falha está em seu roteiro que não consegue alcançar um clímax. Toda a construção dos oito episódios alimentam expectativas que não são alcançadas. E isso é o grande deslize da série The Witcher, quer sim, quer não, há frustração narrativa. Assim, nossa expectativa para a segunda temporada vai ficar no “quase lá” até o retorno da série, que não chegará tão breve assim.

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